“Manuela”
O café com as garotas foi muito animado, embora elas quase tenham me matado de vergonha com tudo o que perguntaram, foi muito divertido.
Eu estava nas nuvens com o meu delegado. Ele me mandou flores! Foi a primeira vez na minha vida que eu recebi flores. Aliás, ele tem sido a primeira vez de muitas coisas na minha vida. E só coisas lindas. Também foi a primeira vez que alguém me levou o café na cama. Ele estava me mimando muito. Eu queria fazer algo para agradá-lo.
Eu estava com o meu delegado na cabeça e o meu celular vibrando em cima da mesa, mas eu não reconheci o número, então apenas atendi formalmente. Era da concessionária avisando que eu poderia buscar meu carro no dia seguinte. Isso era ótimo, eu teria mais mobilidade e independência e o Flávio não se preocuparia tanto.
Ah, o Flávio. Esse homem virou a minha cabeça e o meu coração de pernas pro ar. Lindo, atencioso, gostoso, me deixava de pernas bambas e coração acelerado. Eu estava pensando em fazer uma surpresa para o meu delegado, uma coisinha para retribuir o tanto que ele foi gentil e atencioso comigo. Uma idéia que a Melissa me deu martelava a minha mente. Ela é meio maluca? Ela é meio maluca com certeza, mas ela dá as melhores idéias.
Organizei tudo e dei um jeito para que o Flávio não me buscasse no trabalho hoje, disse que a Melissa me deixaria no apartamento dele, como ele me deu uma cópia da chave pela manhã, eu não teria problema para entrar. Contei para a Catarina a minha idéia e ela me mandou sair um pouco mais cedo, para que eu tivesse tempo de preparar tudo antes dele chegar.
Como previsto cheguei no apartamento antes do Flávio. Eu havia planejado uma noite de fondue, comprei um monte de coisas, preparei o fondue e arrumei a mesinha de centro da sala, assim poderíamos comer juntinhos no sofá. Ao invés de acender velas eu usei as luminárias do apartamento, deixando a meia luz e fui tomar um banho.
Depois do banho, coloquei a lingerie que comprei no shopping hoje, um conjunto de calcinha e sutiã de renda pretos, com cinta liga e meias, coloquei por cima um negligê preto transparente com mangas e calcei o sapato da noite anterior. Fiz uma maquiagem leve e deixei o cabelo solto. Eu reuni toda a minha pouca coragem ganhada com uma dose de whisky, sugestão da mentora pra eu não ficar nervosa, para usar esse modelito.
Eu pensei em tudo, estava organizado e perfeito, aí eu percebi que eu não pensei em tudo. E se ele chegasse com algum amigo? Droga, e agora? O que eu deveria fazer?
- Só tem um jeito, vou ligar pra minha mentora. – Falei pra mim mesma e peguei o telefone.
Melissa atendeu no primeiro toque.
- Fala, Chaveirinho. O que deu errado com a sua surpresa?
- Mel, preciso de ajuda. E tem que ser rápido. Já arrumei tudo, mas e se o Flávio trouxer um amigo pra casa? Mel eu tô de calcinha no meio da sala.
- Só de calcinha, Chaveirinho? Quê isso, hein?!
- Não, maluca. Calcinha, sutiã, negligê, meias e sapatos.
- Ah, claro, os sapatos fizeram toda a diferença. – Melissa riu divertida com o meu apuro. – Nando, liga aí pro Flávio e pergunta o que ele está fazendo e com quem.
- Mel, o Nando está ouvindo a nossa conversa? Ai que vergonha!
- Relaxa, Chaveirinho. Peraí. – Melissa ouviu o que o Nando disse e depois voltou a falar comigo. – Chaveirinho, ele está estacionando na garagem e está sozinho.
- Ai, obrigada, Mel! Só mais uma coisa, você acha que eu fico de pé perto da porta ou fico sentada no sofá?
- Meu deus, Chaveirinho, você virou um robô aspirador de pó pra ficar parada num canto? Não mulher, faz uma pose bem sensual aí nesse sofá.
- Mas hoje eles não me escapam.
- E como foi o seu dia?
- Difícil, porque eu passei o dia inteiro desesperado para voltar pra você. E o seu?
- Eu passei o dia nas nuvens pensando em você. – O sorriso dele ficou maior.
- Fico muito feliz em saber disso.
Sorri e tomei coragem, era hora de colocar em prática o que eu planejei o dia todo. Melissa até me mandou um vídeo tutorial, então eu estava preparada. Comecei a beijá-lo e tirei a gravata. Depois fui abrindo os botões da camisa. Ele se levantou comigo em seu colo, com uma facilidade que me deixava perplexa, e me levou para o quarto.
- O que você quer, Baixinha?
- Quero que você fique paradinho.
Saí do colo dele e tirei o seu paletó, o jogando sobre a cama. Ele me olhava com um misto de curiosidade e surpresa. Fui desabotoando a camisa até chegar ao cós da calça que eu abri, acabei de tirar a sua camisa, depois me abaixei e puxei a calça e a cueca para baixo, o deixando completamente nu, ele já estava ereto, o que me deixou ainda mais confiante. Voltei a ficar de pé e o beijei o empurrando para a poltrona no canto do quarto, o fazendo se sentar.
Me sentei em seu colo e o beijei por um momento. Suas mãos ficaram ansiosas e começaram a passear pelo meu corpo. Ele desfez o laço do negligê e o tirou dos meus ombros o fazendo cair ao chão. Então saí do seu colo e me ajoelhei à sua frente. Nesse momento comecei a ficar nervosa e com medo de fazer tudo errado, mas olhei o seu membro lindo e duro em minha frente e tive uma vontade inexplicável de senti-lo em minha boca.
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