“Manuela”
Acordei sentindo a boca do Flávio na minha, ele me acordou com um beijo e os beijos dele eram a coisa mais deliciosa que eu já experimentei na vida. Eu não viveria mais sem eles.
- Bom dia, minha Baixinha! – Ele falou depois que separou nosso beijo.
- Bom dia, grandão! – Sorri pra ele e então coloquei a mão na boca me lembrando que ainda não tinha escovado os dentes.
- O que foi? – Ele perguntou confuso.
- Ainda não escovei os dentes. Nossa, eu devo estar horrível, descabelada, com a cara inchada e com bafinho. Droga! Eu tinha que ter acordado um pouco mais cedo pra você não me ver assim. – Falei colocando as duas mãos para esconder meu rosto. Flávio deu uma gargalhada.
- Baixinha, você não está horrível. Está descabelada, mas está linda. E não tem bafinho! – Ele riu de novo. – Relaxa! Eu pretendo te ver acordando muitas vezes. Aliás, eu pretendo te acordar com beijos todos os dias.
Flávio rolou pra cima de mim, se apoiando nos cotovelos e afastando as mãos do meu rosto começou a me beijar novamente. Era irresistível. Me entreguei aos seus beijos, sentindo sua pele quente tocando o meu corpo. Minhas mãos pareciam ter vontade própria e subiram por seus braços, passando por seus ombros e, como estavam muito curiosas, começaram a descer por suas costas, explorando cada músculo daquele corpo perfeito.
- Baixinha, que delícia! – Flávio falou entre beijos. – Adoro sentir suas mãos em mim.
Depois de mais alguns minutos de beijos eu já nem queria sair daquela cama, mas eu precisava ir trabalhar. Flávio, como um perfeito cavalheiro, deixou que eu tomasse banho primeiro e quando voltei para o quarto, já vestida e com os sapatos nas mãos, o vi na cama, encostado na cabeceira e com as mãos cruzadas atrás da cabeça, como se fosse um modelo em uma sessão de fotos. Seu olhar pra mim era intenso e ele abriu um sorriso preguiçoso.
- Vem cá. – Ele chamou e esticou a mão pra mim. Fui até ele, que me puxou para os seus braços e me beijou mais uma vez. – Baixinha, tem certeza que quer ficar comigo?
- Absoluta! – Sorri em seus braços.
- Eu quero que você saiba que nós podemos continuar só com os beijos pelo tempo que você quiser.
- Hum, tomando a inicativa, eu gostei disso! Faça sempre que quiser. – Flávio me incentivou e voltou a me beijar.
Cheguei ao escritório essa manhã caminhando nas nuvens. Eu estava suspirando o tempo todo. Não via a hora de encontrar o meu grandão à note. Mas isso ainda demoraria muito, pois eu ainda iria para a faculdade depois do trabalho.
As meninas e eu havíamos combinado de tomar um café juntas para contar como tinham sido as nossas noites. Aproveitei antes das outras chegarem e conversei um pouco com a Sam. Samantha era muito mente aberta, ela me ajudou muito quando nos conhecemos no shopping, pois eu era muito tímida e no início perdi muitas vendas por não conseguir interagir com o cliente. Mas a Sam me deu dicas e à medida que ficamos amigas ela me aconselhava muito e me ajudou a ir saindo do casulo, como ela dizia.
Mas às vezes ela dizia umas coisas que me faziam morrer de vergonha, como hoje, quando ela me disse que eu poderia tomar a iniciativa e que tinha que falar o que queria, essas coisas. Eu fiquei muito sem graça. Mas aí ela falou uma coisa que fez sentido e que o Flávio já havia me dito, porem de outra maneira, ela disse que o que desanima qualquer um é ficar com frescurinha. Então eu comecei a pensar nisso e decidi que eu não seria uma frescurinha, eu seria uma mulher decidida. Mas eu estava me tremendo de medo do Flávio não gostar de ficar comigo, porque eu já estava apaixonada por aquele grandão.
Mas aí uma outra coisa me preocupou, à medida que o dia foi passando, e só uma das meninas poderia me ajudar com isso de forma simples, minha “criadora” como ela mesma gostava de se intitular, Melissa Lascuran. Desde que ela mudou o meu visual ela dizia que eu era o projeto dela que ela mais tinha orgulho e eu achava isso muito engraçado.
Melissa mudou o meu cabelo, mandou o dentista tirar o aparelho fixo dos meus dentes e colocar o móvel, me ensinou a usar lentes para não precisar dos óculos, mudou meu guarda roupa e, confesso, eu tinha amado cada parte do processo. Agora eu precisava que ela me preparasse para o que me aguardava essa noite. Então eu liguei pra ela.
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