Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Manuela”

Olhei para o pai do Flávio por sobre a xícara que eu tinha na boca. Baixei a xícara e o encarei.

- Sr. Moreno, eu saí de casa para vir cursar a faculdade. Como eu lhe disse da outra vez, meu pai sempre me apoiou. Mas a minha mãe, assim como sua esposa, preferia que eu tivesse ficado em casa e me casado, o que não estava nos meus planos. – Respondi com um sorriso e de forma polida, ele estava me tratando bem, não tinha porque eu não ser educada.

- Ah, sim. Você veio com um propósito. E você também trabalha com o Alessandro Mellendez, pelo que sei é secretária dele. Foi por meio do Flávio que conseguiu o emprego? – Da forma como ele perguntou, soou como se eu tivesse me aproveitado do Flávio.

- Não, senhor. Eu conheci o Flávio no casamento do Alessandro, sou amiga dele e da esposa e fui madrinha no casamento, o Flávio foi o meu par. Eu trabalhava para o Heitor Martinez. – Não me deixei abalar, era só uma pergunta capciosa.

- O Martinez é famoso pelas suas conquistas. Você foi uma delas? – Isso foi claramente uma provocação. O Flávio fez menção de se levantar, mas discretamente eu segurei a mão dele.

- Sr. Moreno, eu trabalhava em uma loja de um shopping, foi onde conheci o Heitor e ele me ofereceu um emprego, nunca fui uma de suas conquistas, mas somos amigos. Depois ele me cedeu para o Alessandro que precisava de uma pessoa de confiança. Sou muito grata aos dois por terem me aberto as portas das suas empresas. Além disso, sou amiga das esposas de ambos, bem como do Ricardo, da Melissa, do Fernando. O senhor deve saber exatamente quem são todos eles, imagino. E quando eu conheci o Flávio, eu já era amiga de todos eles. – Respondi com calma e pelo canto do olho vi o sorriso orgulhoso do Flávio.

- Me desculpe se pareci indelicado, parece que hoje eu não estou em um bom dia. – Pelo menos ele teve a decência de parecer sem graça. – Eu já deveria imaginar que você é bem relacionada, afinal você é dona da metade de um laticínio muito bem posicionado no mercado.

- O senhor está enganado, eu tenho apenas trinta e cinco por cento das ações. É um negócio de família e o meu avô deixou a empresa dividida dessa forma, trinta e cinco por cento pra mim, trinta e cinco para o meu irmão mais velho e trinta para o meu pai. Mas são eles quem administram, meu irmão apenas deposita o que ele diz que me cabe em uma conta, contudo eu nem toco nesse dinheiro, já que o meu salário é suficiente para me manter. – Respondi.

- Não, Manu, eu não me engano com negócios. Pelo que eu soube você possui metade das ações da empresa e seu irmão a outra metade. Bem como a fazenda produtora que fornece ao seu laticínio é metade sua e metade do seu irmão. Aliás, uma propriedade valiosíssima. Quanto a isso eu não estou enganado. – Ele sorriu e eu sorri de volta, pois tinha certeza que ele estava enganado.

- Ele não está enganado, Manu, ele não se engana com números. Você a investigou. – Flávio falou e eu o olhei aturdida e percebendo a raiva em seus olhos. – Com que direito?

- Ora, Flávio, não faça drama! Eu não a investiguei de início, mas eu investiguei a empresa, estou interessado no negócio e queria fazer uma oferta, mas fiquei surpreso ao descobrir que a Manuela é dona da metade do negócio. Por isso, eu investiguei a Manuela. São negócios, você sabe como funciona. – Ele respondeu.

- O senhor não precisava ter se dado ao trabalho de me investigar, eu responderia a qualquer pergunta que me fizesse. – O encarei.

- Responderia mesmo, Manu? Por que eu ainda tenho algumas perguntas. – Ele sorriu e de repente eu achei aquele sorriso frio.

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