Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 3

“Patrício”

Eu estava tentando demais entender onde foi que as coisas deram errado entre a Virgínia e eu. Nos últimos tempos, o que eu fiz foi tentar consertar sei lá o quê que tinha se quebrado entre nós. E o problema era exatamente esse, eu nem sabia qual era o problema, a única coisa que eu sabia era que ela estava constantemente irritada e sem paciência. A todo instante algo a incomodava e estressava.

Eu estava tão sobrecarregado com isso, que estava trabalhando no automático, tanto que eu nem me dei ao trabalho de me entrosar com a minha nova assessora. Vagamente me dei conta de que ela me lembrava alguém, mas talvez fosse só impressão, pois eu não conseguia me lembrar quem. Contudo, ela parecia bem eficiente, nos dois dias que estava aqui, foi como se nem estivesse, eu mal a vi, mas o trabalho estava sendo feito e eu sempre encontrava tudo muito organizado sobre a minha mesa.

Talvez eu devesse convidá-la para almoçar e conhecê-la melhor, já que ela seria a minha mão direita aqui na empresa. Eu gostava de conhecer bem quem trabalhava comigo e gostava muito de ter o Rick como assessor, ele me conhecia bem. Mas aí o Alessandro pediu que eu o cedesse, pois não queria ter que lidar com um novato. Não me importei, mas eu teria que ser mais atento ao meu novo assessor e aí chegou essa moça. Eu não prestei muita atenção, nem me lembro o nome dela que só ouvi uma vez, mas eu precisava me inteirar melhor sobre a minha nova funcionária ou eu teria problemas no trabalho também.

Eu já estava prestes a me levantar e convidá-la para almoçar, mas um funcionário da minha casa ligou me dizendo que a Virgínia tinha feito as malas e recolhido todas as coisas dela. Um alarme soou dentro de mim. Nem tinha desligado o celular e o Alessandro entrou em minha sala.

- Patrício, porque a Virgínia pediu demissão? – Alessandro estava perplexo, mas eu fiquei apavorado.

- Quando eu descobrir eu te conto. – Peguei as chaves do carro e saí em disparada. Eu precisava chegar rápido em casa. E cheguei em tempo recorde.

Havia um taxi parado na calçada e o motorista colocava as malas no carro. Olhei pra ela que entregava a última mala para o motorista e quando me viu ela congelou. Com certeza ela não queria que eu estivesse aqui. Me aproximei sentindo o meu coração ser esmagado no peito.

- Não sou digno nem de um adeus? – Perguntei a ela com toda a calma, não querendo acreditar no que ela estava fazendo.

- Patrício, não torne as coisas mais difíceis do que já são. – Ela me olhou e tinha até certa piedade em suas feições.

- Mais difíceis? Não, Virgínia, eu estou tornando as coisas mais dignas pra você. – Respondi mantendo a minha voz baixa. – Vamos entrar e conversar.

- Não tem o que conversar, Patrício! Eu estou indo embora. – Ela parecia ansiosa para me deixar.

- Sério? Você não acha que eu mereço pelo menos saber por quê? Fui tão ruim assim pra você? – Eu queria segurá-la ali, queria que ela percebesse que era bom estarmos juntos, queria que ela sentisse o que eu sentia. Mas nada disso era possível, eu sabia que nada a faria mudar de idéia.

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