“Manuela”
Entrei no quarto e vi o Flávio sentado na poltrona lendo um livro, ele estava usando uma calça leve e uma camisa de malha. Ele suspendeu os olhos e me viu passar direto por ele e ir para o banheiro sem dar uma palavra. Fechei a porta para que ele não entrasse atrás de mim, eu tinha um plano.
Depois do banho vesti uma lingerie rosa, de renda transparente, peguei uma echarpe no closet e fui até o quarto, deixei a echarpe sobre o criado mudo, ciente dos seus olhos sobre mim, e me virei para ele. Ele havia deixado o livro de lado e estava me observando, quando me virei ele abriu um meio sorriso. Fui até ele e me abaixei, deixando meus olhos na altura dos dele.
- Agora, me explica, delegado, você chegou no quarto daquela vaca e ela estava só de calcinha e sutiã. – Ele suspirou, desfazendo o sorriso e confirmou o que eu disse com um aceno de cabeça. – E o que aconteceu depois?
- Manu... – Ele não queria voltar ao assunto, mas eu tinha um plano e ele não o estragaria.
- O que aconteceu depois, delegado? – Insisti e ele bufou.
- Ela ficou nua...
- Passo a passo, delegado, nós vamos reconstituir o seu delito e depois eu vou decidir a sua punição. – Ele me olhou confuso. – O que ela fez primeiro?
- Ela tirou primeiro sutiã e deixou ele cair ao chão. – Me ergui, dei um passo atrás e tirei o sutiã o jogando ao chão. Os olhos dele brilharam, como se começasse a entender o que eu estava fazendo.
- E depois?
- Ela tirou a calcinha. – Ele olhava fixamente para mim. Eu tirei a calcinha e a empurrei com o pé para o lado.
- E o que você fez, delegado? – Os olhos dele passeavam por todo o meu corpo. – Você olhou pra ela desse jeito?
- Eu não olhei pra ela desse jeito. – Ele bufou. – Ela me perseguiu pelo quarto até me encurralar contra a parede.
- Me mostra delegado. Reconstituição, lembra? Você sabe como se faz. – Eu o instiguei e ele se levantou, eu me aproximei e ele se afastou, eu fui me aproximando e ele se afastava.
- É muito difícil não agarrar você agora, baixinha. – Ele falou com um sorriso safado.
- Você disse isso pra ela, delegado? – Me segurei para não rir da cara frustrada dele.
- Não, baixinha, eu fugi dela. – Ele se afastou e eu fui atrás, até que ele encostou na parede e eu cheguei bem perto.
- E agora, o que aconteceu nesse ponto?
- Ela colou o corpo no meu e começou a passar a mão em mim.
- Passar a mão onde?
- No meu abdômen.
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