“Samantha”
Voltamos do mar no domingo à noite e fomos para a casa do Heitor. Eu estava cansada e nós não conseguíamos nos desgrudar. Tomamos um banho e nos deitamos abraçadinhos, apenas fazendo carinho um no outro.
- Rouxinol, quero que você aceite a segurança de novo. – Heitor me chamava de Rouxinol em momentos de carinho e intimidade e me chamava de ‘minha deusa’ em momentos mais obscenos e descontraídos, eu estava adorando isso.
- Meu lindo, eu não preciso de segurança. O Rômulo está preso e não sabe onde eu moro e nem onde eu trabalho. Inclusive, faz bastante tempo que não recebo nenhuma carta. – Heitor soltou um longo suspiro.
- Rouxinol, o seu ex maluco não é o nosso único problema. – Heitor passava o nariz na minha orelha.
- Meu lindo, o Junqueira já foi preso. – O lembrei, fechando os olhos para sentir melhor o seu carinho.
- Rouxinol, eu estou falando do Reinaldo. – Quando ele disse isso eu fiquei tensa.
- Por que eu preciso de segurança por causa do Reinaldo?
- É uma história longa e horrível, prefiro te contar amanhã, fora da nossa cama, mas, por favor, aceite o segurança. – Isso parecia importante pra ele.
- Nossa cama? – Sorri.
- Só prestou atenção nisso, Rouxinol? – Ele riu no meu pescoço. – Sim, nossa cama. O que me lembra de te perguntar quando vai acabar de decorar a nossa casa e se mudar pra cá?
- Nossa casa? – Me virei de frente pra ele sorrindo.
- Sim, você sabe disso, sabe que eu quero construir nosso lar e nossa família aqui. – Heitor me olhou nos olhos. – A menos que você queira escolher outro lugar.
- Não, eu amo essa casa! Vou retomar a decoração amanhã. – Falei empolgada.
- E quando você vem morar aqui? – Heitor enterrou o nariz e os lábios entre meus seios.
- Podemos ir devagar? – Perguntei. – Primeiro eu decoro. Depois a gente vê. Acabamos de voltar. – Ele nem se abalou, continuou beijando meu pescoço.
- Você está adiando o inevitável. – Ele dava muitos beijos em meu pescoço e meu colo e na linha do meu maxilar. – Você voltou pra mim e isso é definitivo, não vou te perder de novo.
- Me dá um tempinho? – Insisti.
- Hum. Eu quero você comigo todos os dias. – Ele resmungou.
- Se eu aceitar o segurança você me dá um tempinho? – Tentei negociar.
- Você vai aceitar o segurança! – Ele suspirou. – Quanto a isso não tem condição.
- Por que essa insistência, Heitor. Seu pai nem lembra mais que eu existo. – Reclamei e me afastei dele, me apoiando sobre os cotovelos.
- Amanhã a gente conversa. Vem só quero curtir um pouco mais o nosso fim de semana perfeito. E não quero trazer problemas para a nossa cama. – Heitor me puxou de volta para os seus braços e dormi com ele me acariciando.
Quando acordei pela manhã, Heitor já não estava no quarto. Tomei um banho, me arrumei, peguei minha caixa com as fotos e bilhetes que haviam sido organizados e deixados no quarto, e desci o encontrando na cozinha.
- Bom dia, meu rouxinol. – Heitor se levantou e me deu um beijo delicioso com gosto de café. – Deixa eu te apresentar a Maria. Ela cuidava do apartamento e cozinhava pra mim. Agora ela está aqui para te ajudar com a casa, ela conhece todos os funcionários e quando você puder ela vai te apresentar a todos.
A revelação do Heitor me deixou de olhos arregalados e boca aberta. Meu coração palpitava no peito. Heitor começou a contar sobre as coisas que o pai dele já havia feito, sobre a investigação policial, as denúncias que a polícia estava investigando, a prisão dele que não durou nem vinte e quatro horas. Eu estava horrorizada com o que eu ouvia.
- Meu deus, ele é um monstro. – Sibilei.
- Sim, ele é um monstro. – Heitor concordou. – Por isso quero te manter segura. Por favor!
- Está bem. Vamos fazer do seu jeito. – Quando aceitei percebi o medo em seu olhar ser substituído por alívio. – Como você quer fazer as coisas?
- Segurança o tempo todo e em qualquer lugar. Eu te levo para o trabalho e te busco e quando eu não puder te buscar o motorista da Hebe irá. E, você vem morar comigo. E essa última parte é para sua segurança, mas também porque eu quero você comigo. – Ele enumerou e não seria tão difícil.
- Mas, Heitor, nós combinamos de ir devagar. – Protestei.
- Se depois que o Reinaldo for preso e nós tivermos certeza que seu ex não é mais uma ameaça, você quiser voltar para o seu apartamento, eu vou aceitar. – Isso foi muito fácil até.
- Simples assim? – Achei estranho.
- Simples assim. Se você quiser voltar eu vou aceitar. Faço a minha mala e me mudo pra lá com você. – Ele abriu um grande sorriso e eu não contive minha risada, ele é impossível! – Você não vai mais se livrar de mim, Samantha! – Ele deu uma piscadinha pra mim.
Me pendurei em seu pescoço e lhe dei um beijo rápido.
- Eu não quero me livrar de você. – Garanti a ele. – Se vai ser assim, depois do trabalho a gente vai lá no apartamento buscar umas coisas. E podemos almoçar juntos e comprar a mesa da sala de jantar, o que acha?
- Mulher, você é perfeita! – Ele me agarrou pela cintura e me deu um beijo longo e pecaminoso.
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