Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Depois de abrir a porta vi que todo o ambiente era iluminado por pequenas luminárias espalhadas por todo o ambiente. No teto, havia um mar de balões transparentes perolados, enchidos com gás hélio, de cada um pendia uma fita branca e na ponta tinha uma variação entre fotos minhas e do Heitor, ou bilhetes com pedidos de desculpas ou declarações românticas, ou corações vermelhos em papel cartão. Eu fui passando e vendo cada mensagem e cada foto de um momento feliz que tivemos juntos e foram muitos.

Cheguei à sala já com o rosto banhado em lágrimas e ao olhar pra frente vi o Heitor ali parado, naquela sala onde assistimos o nascer do sol e onde ainda estavam nossos tapetes felpudos e nossas almofadas coloridas. Ele estava simplesmente ali, de pé, com as mãos nos bolsos e um olhar ansioso. O teto da sala também estava coberto de balões com fotos, mensagens e corações. E as mesmas pequenas luminárias deixavam o ambiente com uma iluminação aconchegante.

Na mesa de apoio que ficava próxima as almofadas havia vinho, queijos e frutas e chocolates. Ao redor da sala notei que as janelas tinham uma espécie de cortina feita de fitas brancas e corações brancos, rosas e vermelhos. Eram muitos corações.

- Nem uma rosa? – Perguntei sorrindo enquanto as lágrimas ainda caiam.

- Hoje não! – Ele sorriu e caminhou em minha direção, tocou o meu rosto e vi que ele também tinha os olhos lacrimejantes. – Você não imagina a falta que me faz!

- Eu também sinto tanto a sua falta! – Coloquei minha mão em seu rosto.

- Sam, me perdoa, por todos os meus erros? Eu não posso viver sem você! – Ele segurou minhas mãos junto ao seu peito.

- Me perdoa por ser orgulhosa demais e não perceber que te fiz sofrer? – Falei olhando em seus olhos.

- Eu não tenho o que te perdoar! Volta pra mim, Sam. Eu vou passar o resto da vida adorando você, não vou mentir e nem fugir nunca mais, vou tirar todas as suas dúvidas, mas volta pra mim. – Ele suplicava com a ansiedade pela resposta evidente em sua voz e em seu olhar.

- Eu estou aqui, Heitor, e eu não vou embora nunca mais! Eu não posso ficar nem um dia mais sem você! – Respondi e vi seu sorriso surgir no seu rosto lindo.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e roçou seus polegares pelas minhas bochechas. Se aproximou lentamente e tomou minha boca em um beijo lento e apaixonado. Aos poucos e com movimentos sutis, enquanto me beijava, suas mãos deslizaram para a minha nuca, se enroscando de uma forma gostosa em meus cabelos, enquanto as minhas subiram por seus braços fortes.

Nosso beijo foi se aprofundando gradualmente, sua invasão a minha boca foi se tornando mais exigente, mais inescusável. Suas mãos desceram dos meus cabelos, passeando pelas minhas costas, me prendendo em seu abraço e me puxando para mais perto. Nossos corpos se tocaram e minhas mãos subiram por seus ombros se acomodando em sua nuca e entrelaçando os curtos fios do seu cabelo.

Meu corpo estremeceu ao sentir o seu calor junto a mim, minha respiração estava ofegante pela urgência que se transformou o nosso beijo e o meu coração acelerou de emoção por saber que esse homem lindo estava voltando pra mim. Me senti em casa dentro do seu abraço e não queria me desfazer dele, queria realmente morar ali, entre os seus braços fortes.

Depois de separar nossas bocas, ainda ficamos abraçados em silêncio por longos minutos. Senti se esvair de mim todo o nervosismo e a ansiedade das últimas vinte e quatro horas em que estive a sua procura. Todo o mal estar e a tristeza que ocupavam a minha vida nos últimos meses foram me deixando a cada expiração do meu corpo.

Aos poucos fomos soltando nosso abraço e fui sentindo uma onda de amor e segurança tomar conta de mim. Heitor deu um beijo em minha testa e segurou minhas mãos.

- Por que você demorou tanto, rouxinol? – Heitor suspirou, olhando nos meus olhos e sorrindo.

- Porque eu estava procurando você! – Sorri pra ele.

- Todos esses meses? – Ele brincou e eu ri.

- Heitor, ela fez questão de me mandar uma foto dela pendurada em seu pescoço. E eu sei que foi quando você voltou porque o Nando estava ao seu lado com o braço engessado. – Soou mais como uma reclamação do que eu gostaria. E ouvi seu suspiro pesado.

- Eu deveria ter desconfiado. Rouxinol, eu fui jantar com os caras, precisava saber de você, mas nenhum daqueles idiotas sabia nada. Aí aquela puta, como você mesma diz, apareceu do nada com a Vanessa e se jogou no meu pescoço, me pegando desprevenido, mas eu a afastei imediatamente. Pode perguntar para os caras ou pedir a minha mãe para te apresentar a amiga dela que estava no restaurante. – Ele bufou.

- Não precisa. Eu acredito em você! Eu fui idiota e por duas vezes acreditei nas fotos que essa puta mandou. Assim como você. Temos que prometer nunca mais acreditar em nada que vá nos separar sem conversar um com o outro primeiro. – Pedi angustiada que isso pudesse acontecer novamente.

- Eu prometo. Você tem razão, nós temos que nos comunicar melhor. – Ele beijou a minha mão.

Depois do jantar, entre beijos e carícias, Heitor me levou para a sala, colocou uma música tocando baixo e começamos a dançar. Era uma balada romântica e dançamos em silêncio, aproveitando a presença um do outro. Heitor me aconchegou em seu peito e suspirou.

- Quero te levar pra cama, já faz muito tempo! – Sua voz era um fio, mas carregada de desejo e ansiedade. – Eu quero amar você, Sam, nos conectar de novo de todas as formas.

Dei um beijo suave em seus lábios antes de responder, passei a mão em seu rosto e olhei em seus olhos.

- É tudo o que eu mais quero agora, sentir o seu corpo sobre o meu, ouvir os seus gemidos e ver seus lindos olhos verdes nublados de prazer quando estiver dentro de mim. – Respondi e foi como acender uma fogueira.

Heitor me tomou em seus braços e marchou em direção ao quarto. Por todo o caminho haviam os balões com mensagens e fotos e muitos corações pelo chão.

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