Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Depois de receber a mensagem da Melissa eu resolvi tomar uma providência, cansei de esperar. Fui pra casa, tomei um banho, fiz uma maquiagem bem bonita, me perfumei e escolhi um vestido que eu ainda não tinha usado, calcei uma sandália de salto altíssimo e estava pronta pra recuperar meu homem, seja lá em qual inferninho ele estivesse metido. Então liguei para o meu mais fiel aliado, o Enzo.

- Tia, sua linda! Como você está? – Enzo me atendeu com o jeitinho de sempre.

- Estou ansiosa e preciso da sua ajuda. – Falei sem rodeios.

- O que aconteceu. – Ele ficou sério.

- Preciso encontrar seu tio, mas parece que ele não está em lugar nenhum. Há meses não aparece nem na casa e nem no apartamento. – Falei quase sem respirar.

- Peraí, tia. – Ouvi o Enzo caminhar pra longe do telefone. Pouco depois voltou. – Tia, minha mãe disse que ele pode estar na casa da minha avó. Onde você está?

- Estou em casa.

- Então se arruma que eu passo aí daqui a pouco pra te pegar e nós vamos lá na vovó.

- Eu já estou pronta. E não quero dar trabalho, Enzo.

- Tia, também estou preocupado com o meu tio. E se você quer falar com ele, vamos rápido antes que você mude de idéia.

- Obrigada, sobrinho, você é incrível!

Desliguei o celular e fiquei esperando o Enzo chegar. Ele me mandou mensagem da portaria e eu desci feito louca. Na cobertura da avó dele fomos recebidos por uma governanta e logo Dona Haydèe apareceu.

- Nossa, que alegria! – Ela juntou as mãos na frente do peito. – Meu neto e minha nora vieram me visitar.

- Vó, você está uma gata! Está com um brilho diferente, o que você anda passando no rosto? – Enzo perguntou e notei um leve rubor na face da Dona Haydèe.

- São seus olhos meu neto. – Ela o beijou e depois me abraçou. – Entrem. Vão jantar comigo, claro.

- Ai, Dona Haydèe, outro dia, mas agora eu preciso mesmo saber do Heitor. – Falei apressada.

- Menina, você parece ansiosa. – Ela perguntou vendo eu esfregar as mãos.

- Bastante! Estou procurando o Heitor desde ontem e não o encontro em lugar nenhum e o celular está desligado.

- Hum. – Ela me avaliou. – Você decidiu perdoá-lo?

- Eu não posso mais ficar nem um dia sem ele. – Uma lágrima escorreu em meu rosto. – Preciso encontrá-lo, Dona Haydèe. E se ele estiver com outra eu não vou desistir.

- Gosto dessa atitude! – Ela sorriu. – Sam, o Heitor está há meses em um hotel. Disse que não consegue ficar na casa sem você e que se voltar para o apartamento você não o perdoará. Mas ele também não quis ficar aqui em casa e eu respeitei a decisão dele. – Ela explicou e eu fui ficando um pouquinho aliviada, pelo menos ele não foi viajar de novo.

- Minha mãe vai matá-lo quando souber que ele não pediu asilo pra ela! – Enzo balançou a cabeça.

- Vou te dar o endereço do hotel. Ele te ama, Sam. Não teve outra depois de você. – Dona Haydèe saiu da sala e quando voltou me entregou um papel com o endereço anotado. – Estão me devendo um jantar!

Enzo e eu nos despedimos dela e saímos literalmente correndo porta afora do apartamento. Demos o endereço ao motorista e minutos depois paramos no hotel.

- Tia, vou com você, se ele não estiver aqui a gente procura em outro lugar. – Enzo desceu do carro comigo e eu o agradeci por isso.

No hotel fomos informados que o Heitor fez o check out naquela manhã, de acordo com o funcionário, ele estava acompanhado por uma loura muito bonita e que o chamava pelo sobrenome com um tom muito autoritário.

- Só pode ser a Melissa! E eu esperando ela me ligar o dia todo! – Reclamei.

Tentei ligar pra ela, mas não atendeu. Insisti e caiu direto na caixa postal. Eu fiquei meio brava com ela.

- E agora, tia? – Enzo me perguntou.

- Agora vamos atrás dos amigos, Enzo. – Respondi quando entramos no carro.

Liguei primeiro para o Nando que não sabia nada do Heitor e disse que a Melissa ainda não tinha chegado em casa. Depois liguei pro Rick que também não sabia do Heitor. Liguei para o Alessandro e ele disse que há dois dias o Heitor não aparecia para ver as crianças. Então liguei para o Patrício e não atendeu. Liguei para o Flávio e ele não sabia de nada. Então liguei para o Patrício de novo e não atendeu, assim como a Virgínia.

- Finalmente! – Patrício e Virgínia falaram juntos.

- Nossa, parece que todo mundo concorda que eu já deveria ter feito isso! – Reclamei.

- Deveria mesmo, há meses atrás! – Virgínia falou. – Depois você vai contar tudinho pra gente. Parou com esse negócio de nos excluir de tudo.

- Ah, eu também quero saber dos detalhes sórdidos. – Patrício riu abraçado a Virgínia.

Meia hora depois a casa do Patrício já estava cheia. Virgínia espalhou a notícia de que eu iria perdoar o Heitor e estava lá na casa deles, então nossos amigos acharam uma boa idéia ir pra lá. Parece que minha reconciliação com o Heitor era um evento muito aguardado. E por fim, Melissa deu as caras!

- Querida, cheguei! – Entrou toda saltitante pela sala.

- Você sabe que eu quero te matar, né?! – Falei um pouco irritada. – Me deixar correndo pela cidade igual uma doida, isso não se faz.

- Sam, você pode até querer me matar agora, mas não vai demorar a me perdoar. Me desculpa, mas o motivo de eu fazer isso foi justo. – Melissa me abraçou.

- Tá, te perdôo. Mas cadê ele, Mel? – Perguntei aflita.

- Está te esperando na casa de vocês. Vou te levar. – Melissa pegou minha mão.

- Mel, deixa comigo. O motorista está aí e eu preciso ir pra casa. – Enzo falou.

- Tá bom, gatinho. Aqui a chave, Sam. – Melissa me entregou a chave e falou no meu ouvido. – Deixa o passado no passado e vai ser feliz.

Saí dali com o Enzo segurando minha mão. A medida que o carro se aproximava da casa, meu coração batucava mais forte no peito, parecia que ia saltar pela boca. Quando o carro parou, notei uma iluminação fraca vindo de dentro.

- Vai lá, tia. Seja feliz. Eu tenho certeza que meu tio te ama! – Enzo falou e eu o abracei agradecendo por todo o apoio.

O segurança abriu o portão pra mim e eu entrei cautelosamente. Abri a porta e mal pude acreditar em tudo que meus olhos viam.

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