Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Já tinha uma semana que eu tinha estado com a Sam. Eu não resisti a procurá-la e eu entreguei meu coração e minha alma a ela de uma vez por todas. Eu me joguei nos braços dela, foi a melhor noite da minha vida, porque eu senti que ela também se entregou a mim totalmente. Mas meu celular tocou e eu tive que sair correndo no meio da noite.

O Reinaldo havia sido preso e minha equipe de relações públicas precisava de mim para fazer a contenção de danos que toda a mídia sobre o assunto pudesse causar. Conseguimos abafar sua prisão e manter ainda o sigilo da investigação, mantendo a imprensa distante do assunto, mas ele conseguiu um bom advogado que o tirou da cadeia em vinte e quatro horas. E isso me irritou profundamente.

Eu tinha deixado um bilhete para a Samantha no apartamento, pedindo que me procurasse se tivesse alguma chance de consertar o nosso relacionamento, mas ela simplesmente me ignorou. Tudo que eu conseguia sentir agora era dor, física e emocional, eu sentia tristeza, frustração, raiva e até remorso, por ter me deixado enganar pelo cretino do Reinaldo. Eu sentia dor no peito constantemente, as vezes era mais intensa, quase como se eu estivesse sofrendo um enfarto. A dor de perdê-la era na alma e também no corpo.

Combinei de almoçar com os caras, desde a reunião com os delegados na sala do Alessandro eu não os via e agora eu realmente precisava dos amigos. Minha vida estava caótica. Fomos a um restaurante perto do escritório do Alessandro e foi bom encontrá-los. Mas quando estávamos saindo, notei a mesa ao fundo no lado oposto onde estávamos.

Samantha, estava lá, acompanhada do mesmo homem com quem eu já a tinha visto na portaria do seu prédio. Ela estava linda, sorria pra ele. Por um breve momento nossos olhares se encontraram e eu apenas balancei a cabeça. Me custava acreditar que, mesmo sendo totalmente minha, como foi naquela noite, ela estivesse com outro. Não entendia mais se era orgulho, capricho ou se ela queria só me fazer sofrer. Desviei o meu olhar e saí do restaurante.

- Heitor, está tudo bem? – Patrício me perguntou.

- Não está nada bem, Patrício. – Alessandro respondeu por mim. – Eu sei o que você está sentindo. Quer saber o que eu acho?

- Não. – Falei simplesmente.

- Vou dizer assim mesmo. Por mais que te doa, você não deveria desistir dela. Se arraste, se humilhe, se rebaixe, mas não desista dela. – Alessandro me aconselhou. – Se desistir dela, você não vai agüentar. Eu sei o que digo.

- Você já passou por isso. – Suspirei.

- Sim eu passei. Eu atravessei o inferno e o purgatório pela minha mulher. Mas valeu a pena! – Alessandro me sorriu.

- Quer que eu descubra quem é o cara? – Rick perguntou.

- Não. O que eu já sei já é suficiente. – Respondi.

Me despedi dos meus amigos e fui para o hotel que tinha virado minha casa, já que eu não conseguia voltar para lugar nenhum. Bebi até desmaiar naquele quarto, sozinho.

Cheguei no escritório no dia seguinte, tentando não transparecer o mar revolto que tinha dentro de mim. Melissa apenas me olhou, mas nada falou. Eu estava tentando trabalhar, quando recebi a ligação da minha mãe.

- Mãe, como você está?

- Mãe, eu preciso ficar um tempo sozinho. Não me leve a mal.

- Heitor, deixa eu ajudar você. – Minha mãe suplicava.

- Me ajuda se deixar eu ficar um pouco sozinho e o hotel é o melhor lugar pra mim agora.

- Está bem. Vou aceitar isso. Mas, por favor, só me fale onde você está ficando, para eu saber onde procurar se precisar de você.

- Está bem, mãe. Vou te mandar uma mensagem com as informações.

Me despedi da minha mãe e quando levantei a cabeça vi os olhos inquisitivos da Melissa. Mas ela não falou nada, apenas se sentou e começamos a trabalhar. Esse silêncio da Melissa não era normal.

Os dias viraram semanas e as semanas viraram meses. Quatro meses haviam se passado desde minha última noite com a Samantha. Eu estava cada dia mais afundado em dor e tristeza. Cheguei a encontrar a Samantha algumas vezes na casa do Alessandro, mas ela sempre saia assim que eu chegava. Eu tentava trabalhar durante o dia e depois do trabalho ia para o hotel e bebia até dormir.

Chegava no escritório parecendo um morto vivo, fedendo a álcool e muitas vezes atrasado. Passava para a Melissa as reuniões com clientes e basicamente apenas assinava documentos conforme ela me instruía. Eu até estava estranhando o silêncio dela, mas ela apenas me observava e falava só sobre o trabalho. E assim, os dias se arrastavam e a minha vida estava acabada.

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