Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Melissa entrou em minha sala com o celular na mão, parecia estar falando em uma chamada de vídeo. Fez sinal para eu escutar e eu fiquei perplexo com o que ouvi. A Manu contava de uma reunião que o Rick, o Patrício, o Alessandro e o Flávio armaram para pressionar a Samantha sobre as cartas de ameaça que ela tinha recebido.

- Não acredito que eles fizeram isso! – Eu estava muito puto com os quatro agora.

- Heitor, eu vou com as garotas atrás da Sam e vou levar a Taís. – Melissa falou.

- Claro, Mel. Eu vou com vocês.

- Melhor não. A Sam deve estar péssima, ela precisa das amigas agora.

- Mel, não me faz ficar nessa agonia. – Pedi.

- Eu vou te dando notícia, mas por agora eu te deixo a vontade para arrancar as cabeças daqueles quatro.

- Pode apostar que eu vou fazer isso. E se a Virgínia e a Manu quiserem voltar a trabalhar aqui, pode dizer que as portas estão abertas.

- Obrigada, Heitor. – Melissa estava saindo, mas se virou novamente pra mim. – No fim das contas você é o melhor de todos.

Sorri com o que ela disse. Mas agora eu precisava saber da Sam. Peguei o celular e liguei para o Alessandro que me atendeu no primeiro toque.

- Você já sabe. – Ele suspirou.

- Ah é, eu já sei. – Falei irritado. – Que grande amigo você é. Eu pedi pra cuidar dela e o que você fez, a jogou para os leões.

- Heitor, as coisas saíram um pouco do controle, estavam todos nervosos.

- Alessandro, quando a Catarina precisou de ajuda e eu cuidei dela. E faria de novo, não só porque ela é uma mulher incrível, mas porque você é meu amigo. Mas você não teve a mesma deferência com a Samantha, comigo.

- Heitor, eu já estou me desesperando aqui. E não pensei, o Flávio assumiu o modo delegado troglodita e falou sem pensar, o Rick e o Patrício, como a Manu disse, foram coniventes, e deu uma merda muito grande.

- É, deu uma merda muito grande. Grandes amigos vocês são. – Desliguei o telefone antes que perdesse a cabeça, eu estava chateado demais.

O dia estava passando e a Sam não aparecia, ela não estava em lugar nenhum. Pedi a Julia que ativesse todos os contatos que tinha e tentasse descobrir onde o Reinaldo estava e com quem. Ainda tinha que me preocupar com esse traste indo atrás da Sam.

Eu estava enlouquecendo, quase furando o chão da sala quando os quatro idiotas entraram com aquelas caras de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Eu queria arrancar a cabeça deles.

- Heitor, me desculpa, a culpa foi minha. Eu perdi a cabeça. – O Flávio se adiantou.

- Perdeu a cabeça? – Falei irritado. – Deixa eu te dizer, a Sam sumiu, não está em lugar nenhum e aquele louco do Junqueira está a solta por aí, ameaçando todo mundo. E o Junqueira, que eu saiba, é um problema do Alessandro e você não fez esse escândalo.

- Você tem razão. – Alessandro falou. – É muito mais provável o Junqueira fazer alguma coisa contra elas que um pobre diabo que está preso.

- Então, porque vocês fizeram isso com ela? – Eu tentava me controlar, mas estava difícil.

- Porque nós somos idiotas! – Patrício falou.

- Heitor. – Julia entrou na sala. – Seu pai saiu do hotel hoje pela manhã e ainda não voltou. Ninguém o viu hoje, nenhum dos amigos, ele não foi aos lugares de sempre, simplesmente não consigo encontrá-lo.

- MERDA! – Gritei e me sentei completamente desesperado. – Esse filho da puta pode fazer alguma coisa com ela. Eu preciso achá-la.

- Calma, Heitor, nós vamos encontrá-la. – Rick falou e eu quis enforcá-lo.

- Ainda não, mas enquadramos os rapazes, todo eles, até o Nando que nem participou dessa palhaçada.

- Vocês são ótimas. – Sorri pra ela. – Mel, eu estou muito preocupado. Eu preciso saber dela.

- E nós vamos saber, Martinez.

- Meu pai vai atrás dela, Mel.

- Como assim?

- Anteontem, quando estava jantando com os caras, ele apareceu e disse que se eu não fizer o que ele quer ele vai atrás dela até ela ficar com ele. Ele me deu sete dias para resolver.

- Faz o que ele quer, Heitor. – Julia vinha entrando na sala e ouviu o que eu disse. – Você conhece esse demônio, ele vai acabar com ela, você não pode permitir.

- Eu sei, Julia, mas não sei o que fazer. Ele está pedindo muito e eu acho que posso protegê-la dele, pelo menos eu achava... – falei realmente preocupado.

- Gente, o seu pai só conseguiria alguma coisa com a Sam se a obrigasse. – Melissa falou e vendo a cara de pânico da Julia e o meu olhar desolado ela se preocupou. – Não, ele não faria o que eu estou pensando, faria?

- Ele faria pior. – Julia falou e saiu da sala.

- Heitor. – Melissa me chamou.

- Meu pai é um monstro, Melissa. Eu só não sei como detê-lo. – Falei e segurei sua mão. – Preciso que você encontre a Sam e faça ela voltar pra mim, só assim poderei protegê-la, com ela do meu lado.

- Nós vamos protegê-la, Heitor. – Melissa me garantiu, mas eu estava com medo de falhar.

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