Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Manuela”

- Flávio Moreno, eu posso saber que espetáculo foi esse? Aliás todos vocês, podem me explicar? – Falei irritada e querendo matar todos eles.

- Manu, eu me estressei, tá bom. A gente já está lidando com o Junqueira ameaçando a Cat, aí aparece outro lunático? Eu fiquei muito puto mesmo! – Flávio tentou se justificar.

- E você acha que a culpa é dela? Sério mesmo, Flávio? Que tipo de macho escroto do caralho você é? – Eu estava cada vez mais nervosa. – E vocês todos? Isso foi uma emboscada em um ambiente hostil que pressionou uma mulher que já está sendo vítima da porra do ex namorado e vocês ainda a assediam desse jeito?

- Eu não falei nada. – Patrício levantou as mãos se defendendo.

- Exatamente, não falou nada. Foi conivente com essa merda toda. – Reclamei. Eles estavam me olhando sem falar nada.

O elevador se abriu de novo e a Mariana saiu de lá nitidamente preocupada.

- Eu posso saber o que aconteceu para a Samantha pedir demissão? O recursos humanos acabou de me enviar a previsão de acerto dela marcado para daqui a dois dias. – Mariana questionou e todos estavam mudos.

- Vamos lá, bando de machões, contem pra Mari o tamanho da merda que vocês fizeram. – Falei e peguei minha bolsa. – Estou indo atrás da Sam e se quiser, Alessandro, me demita, eu não ligo. Quanto a você Flávio, conversamos mais tarde.

- Isso virou uma bomba atômica! – Ouvi o Patrício falar.

- Eu estou me perguntando por que deixei vocês tomarem frente dessa merda. – Alessandro completou.

Entrei no elevador e desci no andar em que a Virgínia trabalha, fui até ela rapidamente e ela já percebeu que tinha algo errado.

- O que foi, Manu? Sua carinha não tá boa. – Virgínia logo me perguntou.

- Vi, será que o Alencar te libera hoje? A Sam precisa da gente. – Falei tentando parecer calma.

- Pelo visto é grave. Me dá um minuto. – Virgínia foi até a sala do Alencar e quando voltou já pegou a bolsa. – Cadê a Sam?

- Deve estar em casa. – Falei e já estava quase chorando de tanta raiva.

- O que aconteceu, Manu? – Virgínia notou meu nervosismo.

- Você está de carro? – Ela confirmou. – Então vamos, no caminho eu ligo pra Taís e pra Mel e conto pra vocês três de uma vez.

Assim eu fiz, entramos no carro e fiz a chamada de vídeo, comecei a contar o que aqueles idiotas fizeram e as meninas ficaram tão indignadas quanto eu.

- Não quero que você me toque agora. – Falei com sinceridade. – Na verdade, eu nem queria te ver agora.

- Manu, para com isso. – Flávio falou num tom calmo.

- Sério, Flávio, o que você fez com a Sam hoje foi horrível. Você praticamente disse que a culpa é dela pelo que o idiota do ex namorado faz. – Reclamei.

- Manu, não era a minha intenção, mas eu fiquei louco com a possibilidade de um lunático te ferir e acabei extravasando. Mas a Sam também se ofendeu demais e não era pra tanto.

- Não acredito que você está dizendo isso.

- Manu, eu sou delegado, eu vejo muito disso. Esse tipo de cara é maluco, não fica só na ameaça. Eu me preocupo com você e acabei perdendo a calma, mas eu vou me desculpar com a Samantha.

- Duvido muito que ela te escute, já que ela nem mesmo está falando com as amigas dela por culpa de vocês. – Bufei. – Vou te dizer uma coisa, delegado, você não conhece a história dela. Você nem se deu ao trabalho de escutá-la. A Sam está sendo ameaçada, ela precisa de apoio e segurança e o que você fez? Você tirou a rede de apoio dela com a sua atitude de merda.

- Manu, me desculpa! – Flávio parecia arrependido.

- Não é pra mim que você tem que pedir desculpa. – Eu estava cansada. – Vou dormir num dos outros quartos. Não se aproxime de mim até resolver esse estrago que você fez!

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