Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Eu nem acredito no que a Samantha fez comigo, ela colocou um estimulante sexual no suco. Eu senti que tinha alguma coisa errada, eu estava suando, meu coração estava acelerado e a porra da ereção sem sentido nenhum. Quando ela subiu para o quarto eu fui até a lixeira e achei a cartela jogada no meio do lixo, bem disfarçada por baixo. Meu sangue ferveu.

Mas o que me consumia de fato era ela estar indo embora, de novo! Eu a amo demais, mas estou farto desse joguinho, estou cansado dela ficar fazendo hora comigo com esse “ainda não te perdoei, mas quase”. Porra, se não vai perdoar desocupa a moita logo, não fica me fazendo de idiota!

Eu estava verdadeiramente arrependido, já tinha explicado mil vezes, pedi desculpas milhões de outras vezes e ela estava brincando comigo. Isso estava me ferindo muito. Então dei um ultimato e saí de casa, eu precisava ir a um hospital porque não estava me sentindo bem.

Falei para o médico que tomei o remédio por acidente. Ele me fez uma lavagem estomacal, drenou o sangue no meu pênis, o que doeu pra caralho, e me colocou no soro. Me explicou que algumas pessoas não se dão bem com esse tipo de medicação e que era melhor eu evitar e se fosse tomar de novo, deveria ser com prescrição médica. Porra! Como se eu precisasse de estimulante!

Passei o resto da noite em observação no hospital, sozinho. Quando saí no dia seguinte eu estava exausto. Fui pra marina, chamei o piloto e disse a ele que queria ir pro mar, só navegar sem me importar com o destino. Passei o dia e a noite no iate. Eu estava cansado e sofrendo, mas se a Sam queria me deixar eu não podia fazer mais nada.

No dia seguinte pela manhã voltei pra casa e não achava meu celular em lugar nenhum. Eu o desliguei depois que o segurança me avisou que a Sam tinha voltado para o apartamento e depois me esqueci completamente.

- Quer saber, foda-se. Compro outro. – Falei comigo mesmo desistindo de encontrar o celular.

Tomei um banho, me arrumei e antes de ir para a empresa comprei outro telefone. Cheguei no escritório às dez da manhã, mas hoje a Melissa não ia me encher o saco, não mesmo.

- Martinez, isso são ho... – Ela já começou quando saí do elevador. Parei bem na frente dela.

- Se continuar a falar eu te demito. E não me teste hoje. – Falei sem humor nenhum na voz. E entrei na minha sala.

Não demorou e ela veio atrás.

- Heitor, você...

- Melissa, hoje não! Se você não tem nada sobre trabalho pra me falar volte pra sua sala e fique lá. Aliás, se tiver alguma coisa sobre trabalho pra me falar, manda mensagem ou e-mail. Não quero falar com você hoje.

Ela saiu mais murcha que balão vazio. E eu bufei. Estava chateado, magoado e ela tinha o dedinho dela de culpa nisso. Colocou idéias demais na cabeça da Samantha e puxou a corda demais no meu pescoço.

Eu estava trabalhando e percebi que tinha uns clientes no exterior que eu não visitava há muito tempo. Talvez eu desse passar uns dias fora e ver esses clientes era algo bom para a empresa. Pensei em organizar essa viagem para a semana seguinte. Seria bom.

Não demorou para o meu telefone começar a tocar. O primeiro foi o Patrício.

- Cara, por onde você andou? Tá todo mundo preocupado. – Patrício realmente parecia preocupado.

- Por aí, Patrício... – Respondi unicamente.

- Quer conversar?

- Agora não.

- Quando estiver pronto, me liga.

- Obrigado!

- Filho, vai viajar, quando você voltar a gente conversa de novo.

Me despedi da minha mãe. E comecei a apressar os preparativos para a viagem. Eu iria amanhã mesmo. Mas no meio da tarde a ligação do Alessandro me chamou a atenção, tenho certeza que o Patrício avisou para não me ligar, mas se mesmo assim ele ligou é porque alguma coisa tinha acontecido. Atendi rapidamente.

- Alessandro, está tudo bem?

- Heitor, o Fernando foi encontrado jogado num beco desacordado, parece que apanhou muito. Estou indo até aí dar a notícia pessoalmente pra Melissa, você pode reuni-la com a Taís?

- Mas que grande merda! Sim, vou manter as duas em minha sala.

Alessandro me falou mais algumas coisas e desligamos. Chamei a Taís e ela chegou junto com o Alessandro. Eles foram para a minha sala e deram a notícia para a Melissa que se desesperou. A Sam estava com eles, mas nem me olhou. Também, não era hora para conversarmos.

- Vamos, Melissa, vamos para o hospital. – Coloquei a mão em seu ombro. – Você está de licença até que o Nando se recupere.

- Obrigada. – Ela olhou nos meus olhos e me deu um sorriso fraco. – Você ainda está bravo comigo.

- Mel, eu não consigo ficar bravo com você. Agora foca no Nando. – Falei e ela concordou.

Fomos para o hospital e foi uma agonia. Depois de deixar o Nando no CTI fomos para a casa do Alessandro encontrar com o delegado e saber de tudo o que estava acontecendo. Bolamos um esquema para manter todos em segurança e com a Samantha na casa do Patrício eu ficaria mais aliviado.

No dia seguinte pela manhã, após saber que o Nando se recuperaria bem, embarquei para Boston. Eu ficaria quinze dias fora. Eu precisava desse tempo.

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