Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Eu estava como um animal enjaulado. Samantha passou da conta essa noite. Não querer transar comigo eu respeito, mas ficar me bolinando pra me manter excitado e impedir que eu me aliviasse sozinho, isso era muita sacanagem.

Eu estava muito irritado, quase tendo um colapso. Qualquer coisa hoje ia me fazer explodir. Minha noite foi infernal. A Melissa já tinha até me dado uma bronca daquelas hoje. Estava olhando pela janela, de um lado pro outro no escritório, e a Julia entrou com uma caneca de café.

- Bom dia, Heitor! Sofreu muito essa noite, hein?! – Ao ouvir isso, estreitei os olhos pra ela que começou a rir.

- Como você sabe? – Me atrevi a perguntar.

- Não é preciso muito pra saber, olha como você está nervoso! – Julia me entregou a caneca. – Mas, sua sorte é que eu gosto de você e ouvi uma coisa que vai te interessar.

- Estou ouvindo! – Ela já tinha toda a minha atenção.

- Eu vou te contar e você vai usar essa informação para resolver sua situação com a Samantha, porque ela é a mulher certa pra você, mas se você ferrar com tudo de novo, eu mesma te capo! – Julia me ameaçou.

- Fala logo, Julia. – Ela olhou feio pra mim e eu revirei os olhos e bufei. – Tá bom, vou fazer exatamente o que você disse. O que você ouviu?

- As garotas estão se falando por vídeo. Ouvi a Samantha contar o que fez com você essa noite e, vou confessar, foi muito engraçado. Bem feito pra você aprender a guardar o passarinho dentro da calça.

- Não abusa, Julia, eu não estou de bom humor. O que mais você ouviu?

- Que foi tudo de caso pensado, aliás, elas combinaram de provocar vocês essa noite, mas parece que o único que se deu mal foi você. – Julia riu e eu fechei mais a cara. – Mas ela disse que foi difícil pra ela fingir que não queria nada com você. Ela queria, de acordo com ela, muito, mas queria te castigar.

- Ah, é isso então. Aposto que isso foi idéia da psicopata da Melissa.

- Bom, não vou apostar porque perderia. Sim, o plano foi arquitetado pela sua doce assessora.

- Ah, mas essas duas me pagam, Julinha! E você, vai ganhar um belo presente hoje! – Dei um beijo na minha secretária e entreguei a caneca de café pra ela. – Vou sair antes que a Melissa volte, se ela perguntar por mim, diz que eu fui tomar café com um cliente.

Saí do escritório depressa. Eu precisava pensar em alguma coisa para dar um jeitinho na Melissa e na Sam, mas isso não ia ficar de graça, ah, mas não ia mesmo!

Quando entrei no meu carro já tinha uma idéia do que fazer. Eu acabaria com a festinha delas. Fui ao shopping. Meu deus, eu estava passando tempo demais nesse lugar! Mas eu precisava comprar umas coisas.

Comecei comprando uma bolsa para a Julia, daquelas grifadas que ela adora. Minha secretária leal merecia! Depois passei numa farmácia e comprei umas coisinhas. Depois fui a uma papelaria. Por fim, parei numa loja de brinquedos.

Voltei para o escritório com várias idéias fervilhando em minha mente. Logo que entrei chamei a Julia de canto e entreguei seu presente.

- Você é o melhor chefe do mundo! – Ela falou baixinho. – Vou levar para o carro pra Melissa não ver.

- Faça isso. E volte depressa para ver o que eu vou aprontar com ela. – Confabulei com a Julia.

- Cuidado! Se ela descobrir que você está aprontando ela arranca a alma do seu corpo. – Julia me alertou e eu sabia que tinha razão, então eu seria cuidadoso. – Ela queria saber com quem você foi tomar café e eu disse que não sabia.

Fui para a minha sala e quando passei por ela, Melissa me seguiu com aquele sorrisinho de superioridade, sabendo que tinha aprontado comigo. Ah, mas eu tiraria esse sorrisinho da boca dela até o final do dia!

- Com quem você foi tomar café, Martinez? Não tinha nada na sua agenda. – Melissa era muito curiosa.

- Um possível futuro cliente. Espero tê-lo impressionado. – Me virei e peguei um copo de água, quando me sentei peguei dois comprimidos e engoli. Eram pílulas falsas, meu plano começava ali.

- Que remédio é esse, Martinez? – Ali estava a senhorita curiosa.

- Pra dor de cabeça. Está me incomodando bastante. – Me limitei a dizer. – O que temos pra hoje?

Melissa começou a falar e realmente estava tudo calmo. Era a hora do castigo da Melissa.

- Mel, eu vou precisar que você faça um trabalho meio chato pra mim. – Comecei bem sério.

- Como assim, Martinez? – Ela perguntou.

- Esse possível cliente com quem eu tomei café, ele já foi cliente aqui da empresa há décadas atrás, quando a gente ainda engatinhava.

- Estou ouvindo.

- Meu deus, Martinez! Isso vai ser um inferno. – Melissa apoiou a cabeça nas mãos. – Mas se precisa ser feito.

Logo a Julia entrou na sala e me entregou um notebook que eu já havia mandado preparar, ele pareceria estar conectado ao sistema da empresa, mas não estava. As informações que ela inserisse não iriam para a nossa base de dados.

- Aqui, você vai usar esse notebook. Ele está com o sistema e tudo o que você precisa. É uma máquina com melhor performance pra fazer isso.

- Tá bom. E quem é o cliente? – Melissa estava na derrota.

- Financeira Monopoly. Tem um funcionário lá no arquivo que vai te ajudar a encontrar as caixas.

- Nunca ouvi falar dessa empresa. – Melissa murmurou.

- É uma gigante, Mel. O Heitor está sendo esperto. – Julia me apoiou, mas eu notei sua mensagem subliminar.

- Bom, eu vou indo, então. A agenda está tranqüila. Se precisar de mim, me liga.

- Muito obrigada, Mel. – Olhei pra ela com as mãos no coração como quem agradece por algo muito especial.

Melissa saiu desanimada. E a Julia me olhou com reprovação.

- Foi longe, hein, Heitor. A Monopoly nunca deixou de ser nossa cliente, só mudou de nome. Quanto tempo você vai mantê-la no castigo?

- Lá tem informação pra ela ficar digitando por um mês! – Sorri. – Mas eu vou ser bonzinho.

- Quando ela descobrir, você é um homem morto! – Julia passou o dedo no pescoço.

- Depois eu me preocupo com isso. Agora vou para a parte dois do meu plano.

- Que seria?

- Minha doce Samantha!

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