Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Enzo”

Enquanto meu tio e eu esperávamos no carro a Clara fazer a entrega pra tia Sam, resolvi já ligar pra Luna, a convidei para o cinema e ela topou de cara. Aí falei pra ela convidar a irmã pra ir com a gente. A irmã da Luna tinha uns vinte e um anos e já estava na faculdade de odontologia, era a pessoa mais simpática do mundo e não ficava de frescura porque era mais velha. E hoje eu precisava dela. Luna falou que ia ver se ela queria ir.

Foi um golpe de sorte eu ver a notificação da mensagem da tia Sam no celular da Mel quando ela tinha saído da sala, falando em qual cinema e qual filme ela iria assistir com o tal Miguel.

Assim que desliguei o telefone a Clara entrou no carro e entregou o bilhete da tia Sam para o tio Heitor.

- O tio Alessandro, o tio Patrício e o tio Rick me viram lá. Dá um jeito deles não falarem para os meus pais e faz isso rápido, porque o tio Patrício é bocudo que nem o Enzo. – Clara já foi falando.

- Tá ficando folgada, hein, irmãzinha! – Reclamei com ela.

- A mamãe diz que quem fala a verdade não merece castigo! – Clara respondeu. Ô menina boca dura!

- Pronto, Clarinha! Já mandei uma mensagem pra eles ficarem calados. – Meu tio acalmou a ferinha.

- E aí tio, o que tá escrito? – Perguntei e vi o sorriso da maldade no rostinho da minha fofa irmãzinha.

- “Traição não tem perdão, se tivesse o diabo voltaria a ser um anjo”. Poxa! A Sam pegou pesado! – Tio Heitor reclamou quase chorando.

- Pelo menos ela respondeu, né, tio. – Falei tentando animá-lo.

- É... – ele suspirou.

Mal deu tempo de passar em casa e tomar um banho, cheguei na casa da Luna em cima da hora.

- Oi, boneca! – Dei um beijo na mão da minha namorada e cumprimentei a mãe e a irmã dela que estavam na sala.

- Enzo, vocês não vão chegar tarde, não é? – A mãe da Luna me perguntou.

- Não, pode ficar tranqüila. É só o cinema e um lanche e deixo as meninas em casa. – Respondi confiante. – Porque você não vai recusar o convite do seu cunhadinho, né, Ivy.

- Ah, Enzo, você é até muito gente boa, mas hoje eu não estou interessada não.

- Ah, Ivy, a gente vai ver aquele filme que você queria muito ver! – Insisti.

- Que filme? Não estava querendo ver nenhum filme. – Ivy precisava de um incentivo.

Peguei o celular, digitei o nome do Miguel na tela e mostrei pra ela, sem que a mãe dela visse a tela.

- Esse aqui ó! – Ela abriu a boca pra perguntar alguma coisa, mas eu fui mais rápido. – Vai trocar de roupa rápido pra gente não se atrasar, eu já comprei os ingressos pela internet.

Ivy saiu voando pela sala e gritando pra mãe que tinha mudado de idéia. Ainda bem que a minha mãe deixou o motorista por minha conta, assim seria bem mais rápido. Entramos no carro e a Ivy já foi começando o interrogatório.

- Enzo, de onde você conhece o Miguel?

- Eu não o conheço Ivy, mas ele vai estar nessa sessão de cinema com uma pessoa. – Respondi.

- Que pessoa? – Ela quis saber.

- A namorada do meu tio. – Respondi.

- A Sam está traindo o seu tio? – Luna perguntou chocada.

- Não, meu tio traiu a Sam e eles estão meio que terminados, mas ela conheceu o Miguel um tempo atrás, porque ele é amigo do irmão de uma amiga dela e eles saíram ontem e vão sair hoje. – Expliquei.

- Mas eles estão juntos? – Ivy insistiu.

- Pelo que eu descobri ainda não rolou nada e o objetivo hoje é justamente não deixar rolar nada. – Expliquei.

- Esse plano é bom pra mim. – Ivy falou.

- Mas já vou te avisar, ela é a maior gata. – Expliquei.

- A gente já se conhece, né, Migs! – Ivy falou toda tranqüila e descolada, se aproximando e dando três beijinhos no sujeito que estava quase congelado. Nem parecia que ela estava insegura.

- Ah, vocês se conhecem? – Tia Sam perguntou.

- É, a gente se conhece há um tempo. Mas o que você está fazendo aqui, Ivy? – O cara não sabia nem o que dizer.

- Vim com a minha irmã e o namorado no cinema. Eu queria assistir a esse filme – Ivy apontou o cartaz que estava do nosso lado –, e convidei o casalzinho para me fazer companhia e aproveitar pra passar um tempo com a minha irmãzinha.

- Que coincidência! – Miguel estava constrangido e eu acho que a tia Sam notou, pois ela olhava pra ele com cara de desconfiada.

- Não é?! – Ivy respondeu empolgada com um sorrisão. Ela merecia o Oscar!

- Bom, então vamos entrar antes que a sessão comece. – Eu estava de mão dada com a Luna e coloquei a outra mão nas costas da tia Sam a conduzindo para dentro do cinema deixando a Ivy e o Miguel pra trás e pra não dar muito na cara comecei a falar. – Tia, vou ajudar com a mudança da Virgínia e da Manu...

No fim das contas as meninas e eu destruímos totalmente as chances do tal Miguel, ele ficou sentado entre a tia Sam e a Ivy durante o filme. Quando a sessão terminou, fiz questão de convidá-los para jantar e a tia Sam não conseguiu me dizer não, pois eu os convidei para o restaurante preferido da tia Sam no shopping e frisei isso muito.

Mas na hora de ir embora eu tinha um problema. Como evitar que ele levasse a tia Sam em casa? Durante o cinema e o jantar eles mal conseguiram se falar, então eu precisava pensar rápido. Me lembrei que a tia Sam tinha ficado de me emprestar um material de matemática, era a hora.

- Tia, não querendo ser chato, mas tem como eu pegar aquele material de matemática que você disse que me emprestaria? – Perguntei todo inocente.

- Hoje? – Ela perguntou e eu fiz uma carinha de cachorrinho abanando o rabo. – Tá, tudo bem, mas eu vim com o Miguel...

- Não, tia, longe de mim atrapalhar, se o Migs quiser te levar em casa não tem problema, eu vou com o motorista seguindo vocês. – Falei com a maior naturalidade. Tia Samantha olhou para o Miguel.

- Faço questão de te levar em casa, Sam, afinal você saiu comigo. – Miguel sorriu todo derretido pra cima dela.

- Um verdadeiro cavalheiro. – Bati no ombro dele. – Respeito isso! Onde você estacionou, Migs. Vamos que meu motorista pega a gente lá.

No carro já combinei com a Ivy, que se ficasse tarde ela teria que aliviar a minha barra com a mãe dela e ela concordou na hora. Chegando ao prédio da tia Sam, nós três descemos do carro e ficamos esperando na portaria. Não tinha clima para o Miguel subir se ele quisesse ficar sozinho com ela, pois nós três estaríamos na cola deles. Eles se despediram com beijos no rosto e ele acenou pra gente e foi embora.

- Vamos, sobrinho! – Tia Sam falou quando se aproximou.

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