Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Eu precisava de aliados, mas não sabia a quem recorrer, porém, quando vi o Enzo ali na maior conversinha com a Melissa eu tive uma idéia. Eu ia mimar o meu sobrinho e convencê-lo a me ajudar. Esse era o plano. E como ele era um falastrão, ele me contaria tudo o que soubesse e pelo visto ele sabia muita coisa.

- Enzo, você vai almoçar comigo? – Perguntei ao meu sobrinho que sorriu.

- Com certeza eu vou. – Enzo respondeu.

- Ótimo, então vamos. – Chamei.

- Esteja no escritório às quatorze horas, Martinez. Não sou obrigada a ficar te esperando! – Melissa advertiu.

- Está bem, Melissa. – Saí chutando o ar como um adolescente emburrado.

O Enzo adorava filé com fritas, então eu o levei no restaurante que servia os melhores cortes de carne da cidade.

- Tio, hoje você arrebentou! Adorei esse lugar. – Enzo falou todo empolgado.

- Que bom, sei que você gosta de filé com fritas, por isso te trouxe aqui. – Falei sorrindo pra ele.

- Isso é por que eu sou o seu sobrinho preferido ou por que você quer me pedir alguma coisa? – Enzo era um bom garoto, mas não era bobo.

- Um pouco de um e muito de outro. – Respondi com a verdade porque nem ia adiantar querer enganá-lo a essa altura.

- Bom, então eu vou aproveitar. – O garçom se aproximou e o Enzo fez o pedido do maior filé da casa com uma porção gigante de fritas à parte. – Você não vai tocar nas minhas fritas.

- Ô moleque abusado! Quem você puxou, Enzo? Sua mãe é uma fina dama e o seu pai um lord... – Impliquei com ele.

- Puxei o prostituto do meu tio! – Ele sorriu pra mim com a resposta mordaz na ponta da língua, me fazendo rir.

- Sua raiva de mim já passou? – Perguntei me lembrando o quanto ele estava chateado no dia anterior.

- Não é raiva, tio. Mas não se trata uma mulher como a Samantha da forma como você tratou, aliás, mulher nenhuma, mas ela especialmente. E foi você quem me ensinou isso! – Enzo apontou muito bem.

- Você está certo. Eu fui um idiota, mas o seu avô tem o poder de me tirar do sério, ele me faz perder a cabeça.

- Eu não considero aquele homem meu avô e você dá poder demais pra ele, assim como a minha mãe.

- Às vezes eu acho que você é um homem de sessenta anos que roubou o lugar do meu sobrinho. – Enzo era um garoto inteligente e às vezes demonstrava uma maturidade incomum para um adolescente.

- Eu observo, tio. Observo e aprendo. – Ele falou. – Mas me diz, qual é o seu plano para fazê-la te perdoar?

- Estou pensando umas coisas, mas vou precisar de ajuda, posso contar com você?

- Foi exatamente pra isso que eu fui te procurar. Não vou deixar outro panaca roubar a tia Sam de nós!

Coloquei a mão pra cima e o Enzo tocou, fazendo um high five. Eu ia acabar roubando esse moleque da minha irmã.

- Primeiro eu quero saber o que eu ainda não sei.

- E o que você sabe?

- Que ela saiu com o panaca do Miguel ontem e vai ao cinema com ele hoje.

- O problema, tio, é que esse Miguel não é um panaca! Além de ser um cara bonitão, ainda é bom moço e de ótima família. Não é o tipo de cara que sai por aí pegando todas, é o tipo de cara que a garota leva em casa e apresenta para os pais. – Enzo estava por dentro de muita coisa.

- Você o conhece?

- A irmã mais velha da Luna teve um rolo com ele. Quando a Mel me contou que a tia Sam tinha saído com ele eu confirmei com a Luna, só as melhores referências. Ao contrário de você!

- Isso complica as coisas. – Suspirei. Estiquei a mão para pegar uma batata e o Enzo deu um tapinha. – Meu deus, você vai comer toda essa batata sozinho?

- Eu te avisei! – Falou colocando um pedaço do filé na boca em êxtase.

- Você sabe em qual cinema eles vão?

- Porque tem significado, era você quem levava os cartões. – Ele me ouviu e pensou por um minuto.

- Não, tio. Tive uma idéia melhor! – Os olhos do meu sobrinho brilharam. – Pra passar cantadas você precisava de alguém charmoso como eu, mas pra pedir perdão você precisa de alguém delicado, meigo, fofo e irresistível, que demonstre que o que você está fazendo tem uma intenção pura e é de coração, e o pedido de perdão é sincero e sem segundas intenções.

- E quem seria, gênio?

- Quantos sobrinhos você tem idiota?

- Olha o respeito, moleque. – chamei a atenção, mas ele continuou me encarando. – Você e a Clara, e daí?

- Qual de nós dois é delicado, meigo, fofo e irresistível? Tá, irresistível eu também sou, eu sei.

- Mas é convencido! – Comecei a sorrir. – Sua idéia é mesmo genial, principalmente se ela for vestida com aquele tutu da aula de balé. Ela fica parecendo uma bonequinha com aquela roupa.

- Isso é moleza, ela faz aula todos os dias à tarde.

- Mas como vamos convencer a Clara?

- Como se convence qualquer mulher, com presentes e muito paparico!

- Você está me saindo melhor que encomenda!

- Então se prepara para convencer a Clara a fazer o que você quer e não contar pra mamãe. Porque se ela contar eu falo que foi tudo idéia sua.

- Deixa comigo. A que horas ela sai do balé?

- Às cinco da tarde. – Enzo chamou o garçom e pediu um sundae enorme de sobremesa.

- Ainda cabe isso aí? – Perguntei chocado.

- Eu estou em fase de crescimento! – Enzo se limitou a dizer.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque