Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Saí do prédio da Catarina e o Miguel estava me esperando fora do carro, caminhou em minha direção e me deu um beijo no rosto.

- Samantha, você é um colírio para os olhos! – Miguel falou todo animado.

Miguel era um homem muito bonito. Não era tão alto quanto o Heitor, mas era mais alto que eu. Tinha os cabelos pretos ondulados na altura dos ombros, a pele de um tom moreno claro, quase como se fosse bem bronzeado, olhos negros e risonhos e uma barba cheia emoldurando um sorriso de dentes muito brancos e perfeitos.

- Você é sempre muito gentil, Miguel. – Entrei no carro e ele fechou a porta.

- Então, minha rainha, vou te levar num lugar mais afastado da cidade, mas você vai adorar. É uma fazenda que tem um restaurante aberto ao público. Pode ser? – Miguel perguntou cheio de expectativa.

- Gostei! Pode ser sim. – Respondi sentindo uma leveza que eu não sentia há muitos dias.

Enquanto dirigia nós íamos conversando sobre coisas simples, Miguel fazia muitas piadas e mantinha um clima animado. Mas era lógico que ele queria perguntar sobre o Heitor.

- Minha rainha, não é que eu queira saber de outros homens, mas eu gostaria de saber o que o Heitor aprontou com você. – Miguel perguntou cheio de dedos.

- Ele me traiu, Miguel. – Falei simplesmente e falar isso em voz alta doía.

- Mas é mesmo um panaca! – Miguel comentou simplesmente e abriu um enorme sorriso. – Bom pra mim!

- Ah é, por que? – Pergunto rindo, no momento em que o Miguel para o carro numa vaga próxima ao restaurante.

- Porque posso ter uma chance de te conquistar.

- Olha ele, que atrevido! – Brinquei.

- Você não viu nada. – Miguel deu um beijo na ponta do meu nariz e saiu do carro vindo abrir minha porta. – Vem, minha rainha, vou alimentar você e nós teremos uma tarde muito divertida aqui.

- Gosto desse plano!

Realmente minha tarde com o Miguel foi muito divertida. Nós almoçamos e a comida daquele lugar é divina, depois fizemos um passeio a cavalo, andamos de pedalinho no lago, conversamos muito sobre família, sobre o que cada um gostava, e no final do dia tomamos um café maravilhoso. Miguel estava se apresentando a mim, queria que eu o conhecesse e queria me conhecer. Era agradável, leve e divertido.

No início da noite, Miguel me deixou na porta de casa. Desceu do carro, abriu a porta e me ajudou a descer como um perfeito cavalheiro.

- Minha rainha, quando posso te ver de novo? – Miguel perguntou com aquele sorriso maroto que fazia seus olhos brilharem ainda mais.

- Quando você me fizer outro convite.

- E isso pode ser tipo amanhã à noite? Algo como te pegar no trabalho e levar ao cinema e depois um jantar?

- Eu adoro cinema! Pode escolher o filme, gosto de todos os gêneros, inclusive ação, terror e ficção científica.

- Você é perfeita! Te mando mensagem pra gente combinar certinho então.

- Combinado. Miguel, muito obrigada por hoje, foi uma delícia.

- Minha rainha, estar ao seu lado é um privilégio! Eu que tenho que agradecer.

Nos despedimos com um abraço e um beijo no rosto. Entrei em meu apartamento e olhei o celular pela primeira vez depois que saí com o Miguel. Tinha várias mensagens das meninas e do Enzo e até ligações perdidas dele. Fiquei preocupada, então liguei pra ele.

- Tia, sua linda! – O Enzo me atendeu com o carinho de sempre.

- Sobrinho, seu fofo! Como você está?

- Com saudade de você, tia. Está tudo bem?

- Está sim. Saí com um amigo hoje à tarde e perdi suas ligações, me desculpe.

- Só amigo, tia? Ou você já está querendo arrumar outro sobrinho?

- Tia, não faz isso comigo.

- Fala logo, Enzo, sei que sua língua está coçando!

- Nossa, a gente tenta ajudar e não tem moral nenhuma!

- Ah, Enzo, não se faz de santo, você é o fofoqueiro da família. Mas quem sou eu pra julgar, né. – Enzo deu uma gargalhada maravilhosa.

- Tia, eu não sou fofoqueiro, sou historiador da vida alheia! – Foi a minha vez de gargalhar, esse menino era impossível. – Mas, já que você não sabe, senta que lá vem história.

Fui até a cozinha, peguei a pizza na geladeira e o refrigerante e me sentei. Pelo visto o babado era forte. E ainda bem que eu me sentei porque o que o Enzo me contou me faria desmoronar.

Enzo me contou sobre a foto que aquela puta da Isabella tirou e enviou para o Heitor no dia em que o pai dele me assediou no Clube Social. Contou que depois disso o Heitor surtou e ao invés de falar comigo foi comer aquela puta. E pra completar aquele velho tarado ficou jogando indireta pro Heitor. Eu tinha sangue nos olhos, eu queria torturar o Heitor até a morte, mas eu também queria eviscerar o Reinaldo.

- Tia, meu tia errou feio contigo e você sabe que tem todo o meu apoio, mas ele tá sofrendo tia, ele tá mal de verdade. Chorou igual um bebê aqui no colo da minha mãe hoje. Achei que ele tinha vindo consolá-la por causa do que o pai dela fez, mas ela que teve que dar consolo pra ele.

- Enzo, você tem noção da babaquice que seu tio fez? Por que ela não veio falar comigo? Mas não, foi lá ficar com aquela puta!

- Tia, eu sei, foi uma mancada ridícula e sem sentido. Acho mesmo que você deve fazê-lo sofrer, mas acho que você deve trabalhar o perdão.

- Trabalhar o perdão, Enzo? Sério? Está assistindo canal religioso agora?

Minha campainha tocou e achei estranho o porteiro não avisar antes. Fui até a porta ouvindo o Enzo me dizer o quanto o tio dele está sofrendo. Olhei pelo olho mágico e quem estava do lado de fora, quem? Abri a porta pronta pra guerra.

- Enzo, a gente se fala mais depois, acabou de chegar um palhaço aqui em casa. – Enzo me perguntou se era o tio. - O próprio! – Enzo me pediu pra não falar para o Heitor que ele tinha me contado tudo, como se precisasse falar. – Tá. Te vejo na quarta. Beijo.

Desliguei o celular, fechei a porta, parei em frente ao Heitor de braços cruzados e falei:

- Que bonito, hein!

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