Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Acordei agarrada àquele homem lindo e que estava fazendo o meu coração sangrar. Mas ali, naquela cama, com o seu corpo junto ao meu e o seu cheiro impregnado em mim, a única coisa que eu conseguia pensar era no quanto eu o queria.

Quando ele disse que era meu, por um segundo eu me agarrei as suas palavras e desejei que fossem sinceras. Por um momento eu deixei me levar pela ilusão que ele me dava.

Eu queria senti-lo mais uma vez, queria ter essa despedida do seu corpo. Sem pensar me despi e me conectei fisicamente a ele e o que senti ali, montada sobre ele fugiu totalmente ao meu controle. Eu queria senti-lo e queria que ele fizesse o meu corpo vibrar, queria que ele me devorasse como já tinha feito tantas vezes, voraz, sem controle, sedento.

Mas eu não estava preparada para aquilo. Ele se recusou a me foder e realmente fez amor comigo lento e apaixonado, me fez tocar as estrelas em plena manhã de sol. E isso me quebrou de uma maneira que eu nem consigo explicar, só sei que não tem conserto.

Enquanto me possuía ele me fazia uma declaração de amor e de posse, com a sua boca, o seu corpo e os seus olhos, ele marcou o meu corpo e o meu coração como seus. E quando atingiu o ápice do prazer ele disse que me ama e que isso o assusta.

Naquela fascinação do amor fácil e efêmero ele transcendeu a minha alma e fundiu-se a mim. O que aconteceu naquela cama foi poderoso, único, pujante. Me fez quebrantar diante dele, me esvaziou das minhas certezas, me fez abdicar das barreiras que tinha erguido, derrubando uma a uma.

Meu coração naquele momento era como um mar revolto, onde os ventos sopram e só agitam mais as águas, numa tempestade sem fim e eu precisava de paz e calmaria, eu só queria ser um rio calmo fluindo pelo meu curso suavemente. Mas não era assim.

Depois do sexo mais íntimo e poderoso que já tive na vida eu estava completamente despida das minhas armaduras e à deriva em um mar de sentimentos. Agarrei-me a ele e chorei, soluçando a minha dor e deixando as lágrimas lavarem minha alma.

Heitor nos virou e me puxou para cima dele, me manteve apertada em seus braços e acariciou meus cabelos docemente, enquanto com a outra mão desenhava círculos em minhas costas.

- Meu amor... minha deusa... nós vamos resolver isso... você vai conseguir me perdoar... eu vou me esforçar pelo seu perdão... vou te fazer feliz... nunca mais eu vou cometer outro erro...

Ficamos um longo tempo ali, entregues um ao outro, abraçados, eu chorando, ele fazendo promessas. Eu não disse uma palavra mais.

Quando conseguimos sair do quarto já era quase horário do almoço. Demos de cara logo com o Patrício, nosso anfitrião, mas o mais bocudo de todos.

- Olha o casalzinho aí! Fico feliz que tenham gostado do colchão. – Patrício sorriu malicioso.

- Cala a boca, Patrício! – Heitor cortou o amigo, mas não disfarçou o sorriso.

- Ê, Sam, o chá foi dos bons, hein. – Melissa entrou soltando sua pérola, me fazendo sorrir meio sem graça.

- Tá bom, chega de graça! – Heitor cortou o barato de todos. – Minha intimidade com minha deusa não é da conta de vocês.

Patrício só aceitou que fôssemos embora depois do almoço. Durante todo o tempo Heitor ficou ao meu redor, possessivo e atencioso. Na hora de ir embora, não tive escolha, tive que ir com o Heitor, antes que começassem a fazer perguntas e nos puxassem de volta exigindo explicações que eu não tinha como dar agora.

Fizemos o trajeto até minha casa em silêncio. Heitor estava nitidamente sendo cauteloso. Quando estacionou na frente do prédio, segurou minha mão antes que eu pudesse sair do carro.

- Sam, quando vamos conversar? – Ele parecia aflito.

- Heitor, podemos nos falar durante a semana. Me liga e marcamos alguma coisa. – Respondi me sentindo cansada.

- Posso te ligar mais tarde?

- Heitor, me dá um tempinho, por favor? Só deixa eu pensar um pouco no que aconteceu naquele quarto hoje.

- Tá bom. – Ele suspirou. – Mas pensa que eu te amo.

- Heitor...

Ele me olhou como se travasse um batalha interna muito difícil e, de repente, como se um lado tivesse saído vitorioso da batalha, me puxou contra sua boca e colou nossos lábios, me invadindo com a sua língua, reclamando um certo direito de posse sobre mim. Só quando perdemos o fôlego ele me soltou.

- Já estou com saudades, minha deusa! – Falou quando em desci do carro.

Cheguei em casa e minha mãe estava me esperando. Na tentativa de esconder dela o que estava acontecendo entre o Heitor e eu, passei rapidamente dizendo que precisava tomar um banho, mas eu precisava me recompor. Depois voltei para a sala e contei para a minha mãe sobre o Alessandro e a Catarina e o quanto estavam felizes.

Minha mãe já estava com tudo pronto para ir morar com o namorado, mas estava ansiosa. Conversamos até o Joaquim chegar para buscá-la. Quando nos despedimos eu fiz a cara mais feliz que pude e desejei a minha mãe felicidade nesse novo começo.

Me vi sozinha no apartamento, mas eu precisava desse tempo comigo mesma para pensar e colocar as coisas em seu lugar. Meu celular chamou e eu fui atender, mas não reconheci o número, pensei em deixar tocar, mas poderia ser algo importante.

- Cat e Alessandro estão indo morar juntos e fomos recrutados para ajudar com a mudança que vai acontecer hoje. – Melissa estava tão empolgada.

- Gente, que notícia incrível! – Falei me sentindo feliz por minha amiga.

- Então se apronta e vê se deixa pra agarrar o Martinez depois, precisamos de vocês lá.

Me despedi da Melissa e já ia ligar para o Heitor, mas ele me ligou antes.

- Sam, bom dia. Como você está? – Heitor perguntou calmamente.

- Estou bem. E você? – Estávamos sendo civilizados.

- Com saudade... – Ele suspirou e rapidamente continuou a falar. – Melissa te ligou?

- Acabei de falar com ela.

- Eu estou aqui na portaria do seu prédio.

- Você não precisava ter vindo.

- Mas eu quis.

- Heitor, eu acabei de acordar. Ainda preciso tomar um banho, me arrumar, tomar um café...

- Eu espero. Não tenha pressa.

- Aaah, Heitor! – Respirei fundo. – Já que vai me esperar sobe.

Em poucos minutos a campainha tocou abri a porta e ele estava parado do lado de fora e me encarava como se fosse me devorar. Só então eu me lembrei do que estava vestindo.

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