Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Eu perdi as contas de quantas vezes li aquela mensagem e vi aquela foto nos últimos dias. Foram enviadas pela Isabella. Era uma foto do meu pai abraçando a Samantha contra uma parede e beijando o seu pescoço, no Clube Social. Um gesto muito íntimo. Na mensagem Isabella se limitou a escrever “a nova conquista do seu pai”. Isso cortou meu coração como uma faca quente.

Eu estava há dias sem ver a Samantha e ela me dizia que estava dando apoio a Catarina, que ia sair com as meninas para tentar animar a Cat, enfim, cada dia uma coisa. Aí, uma bela noite eu recebi essa mensagem da Isabella. Eu quis matar o meu pai, mas não consegui enfrentar a Samantha. Ao invés disso, no dia seguinte fui ao Clube Social, encontrei a Isabella e fodi com ela no estacionamento, como já havia feito tantas vezes antes da Samantha.

Os dias estavam passando. O meu sobrinho já tinha voltado pra casa, mas o meu pai continuava rondando. Minha irmã marcou outro almoço e eu tive que dizer a todos que Samantha não pôde ir porque tinha outro compromisso. Assim que meu pai cruzou a porta eu me levantei e saí. Ele veio atrás de mim.

- Filho, não vai me brindar com a sua presença? – Ele falou e senti o deboche em sua voz.

- Eu não sou seu filho! – Me virei com ódio no olhar. – Faz de conta que eu não existo.

- Impossível! Você e eu somos tão parecidos, compartilhamos tantas coisas... – Seu riso malicioso me disse do que ele falava e eu voei em cima dele e o peguei pelo pescoço.

- Nunca mais, escute bem, nunca mais, fale comigo. EU NÃO SOU SEU FILHO! – Berrei na cara dele e só não o soquei porque a Hebe se meteu.

- Eu te disse, filho, eu sou muito melhor do que você, elas sempre me preferem! – Meu pai gritou pra mim e riu como um demônio nas minhas costas.

Entrei no meu carro e fui embora dali. No caminho liguei para a Isabella, a peguei em casa e passei o resto do domingo num quarto de motel qualquer fodendo com ela. Mas isso não aliviava o que eu estava sentindo.

Eu estava há dias evitando a Samantha, desde que recebi aquela foto e depois encontrei o meu nada estimado pai na casa da minha irmã. Parecia que o mundo ia desabar na minha cabeça. Mas eu não conseguia enfrentar a Samantha e não sei dizer se era por raiva ou por medo dela me confirmar que preferia o meu pai.

Mesmo assim, ela ligava insistentemente. Eu estava estranhando que nem a Melissa e nem os caras haviam tocado no assunto ainda, porque certamente as garotas sabiam. Talvez não soubessem que ela estava andando com o meu pai, porém certamente sabiam que não estávamos nos falando. Mas ninguém falou nada comigo. Só a Julia que insistia em saber porque eu não a estava atendendo, pois eu tinha pedido para não passar as ligações da Samantha.

Pra tentar esquecer a Samantha eu ando fodendo a Isabella mais do que deveria. Até saí mais cedo do escritório anteontem e a levei pro mesmo motel do outro dia. Falei pra Melissa que ia encontrar meu sobrinho, pois ela odiava a Isabella por ser amiga da Ana Carolina e eu até entendia.

A Samantha ligava no meu celular e na empresa e deixava recado todos os dias com a Julia, mas estranhamente hoje ela não ligou, nem uma vez. Será que finalmente desistiu? Eu deveria estar feliz, era o que eu queria, que ela sumisse, mas porque eu não me sinto melhor? Saí do escritório e fui direto pra casa, só queria tomar um banho, encher a cara e dormir.

Pouco depois que cheguei em casa a campainha tocou. Era a Isabella, toda sorrisos.

- Oi, tchutchuco! Você sumiu por dois dias inteiros! – Ela falou e foi entrando. Eu não estava no clima.

- Eu estou cansado, Isabella. Só quero cair na cama. – Respondi fechando a porta e me virando.

- Olha, eu também! – Ela se pendurou no meu pescoço. – Vem, vou te fazer relaxar.

Acabei fodendo a Isabella na minha cama pela primeira vez. A cama onde eu tive a Samantha tantas vezes. Não sei o que me deu, se foi pela bebida ou a dor, mas fodi a Isabella pensando na Samantha.

Eu tinha perdido o clima completamente e não queria ver a Isabella na minha frente naquele momento.

- Quê isso, tchutchuco, não deixa aquela piranha estragar a nossa noite. – Isabella falou vindo em minha direção e eu não sei o que me deu, mas tive ódio da forma como ela falou.

- Sai da minha casa agora ou eu mesmo te jogo na rua. – Falei com a voz gelada e ela sabia que eu faria.

Isabella se trocou e foi embora, me deixando sozinho com o meu desespero. Quando a pizza chegou, paguei o entregador e mandei ele ficar com ela. Voltei para o meu copo e enchi a cara.

No dia seguinte, ao chegar na empresa, encontrei a Manu no elevador, ela me olhou com decepção nos olhos e não poupou palavras.

- Que merda, hein, Heitor! Olha aqui, só eu estou sabendo, então vê se fica com a sua boca grande fechada. A Sam não quer que ninguém saiba ainda, ela disse que o Alessandro e a Catarina já estão com muitos problemas e estão todos sobrecarregados, não precisam do drama de vocês. – Manu parecia enojada. – Sinceramente, pensei que você fosse melhor que isso. – Ela desceu no seu andar, mas antes da porta do elevador fechar ainda falou: - Fica longe dela. E se quiser, me demita!

Eu estava me sentindo péssimo. Me perguntei se a Manu sabia da história toda, porque parecia que eu era o vilão. E como todo castigo pra corno é pouco recebi uma mensagem da minha irmã no meio da tarde:

“Heitor, que merda você fez? Porque a Isabella está espalhando aos quatro cantos que vocês estão namorando?”

Porra! O que eu vou responder agora?

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