Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Encontrei os caras no restaurante do Clube Social. Estávamos ali para dar um apoio ao Alessandro que andava rastejando atrás da Catarina. Eu até achava que ela estava certa, mas o cara é meu amigo, não podia deixar de dar um apoio. Contudo, o Rick e o Nando me deixaram meio preocupado falando que as garotas estavam mobilizadas para fazer todos nós rastejarmos por culpa das merdas do Alessandro. Nando havia dito que a Melissa chamou todas as garotas a pedido da Catarina e fiquei pensando onde poderiam estar.

- E vocês sabem pra onde elas foram? – Perguntei. Certamente a Samantha estaria com elas, mesmo que tenhamos combinado de nos encontrar. Talvez eu pudesse passar para pegá-la.

- A Mel disse que não era da nossa conta e mandou eu dizer isso pra vocês. – Nando comentou meio contrariado. Às vezes eu achava que ele tinha medo da namorada, porque eu tinha às vezes, Melissa podia ser assustadora.

- Se a gente descobrisse onde elas estão poderíamos ir até lá. – Patrício comentou. – Rick, você podia rastrear o celular da Taís, né?

- Nem vem, Patrício, da última vez que fiz isso ela quase arrancou minha cabeça e eu prometi não fazer de novo. E foi justamente pra te ajudar... – Rick reclamou.

- Vou mandar mensagem pra Samantha, nós combinamos de nos ver hoje. – Falei e peguei o celular, digitando rapidamente a mensagem.

“Oi, minha deusa! Dormiu bem? Já está em casa? A que horas posso te pegar?”

Não demorou muito e a resposta dela chegou:

“Oi, gostosão! Dormi como um bebê. E você? Infelizmente não vou poder te ver hoje, estou com as garotas.”

Como eu imaginei elas estavam reunidas. Insisti:

“Eu passei a noite em claro pensando em te ver de novo. Me diz onde vocês estão e dou uma passadinha pra te ver.”

- Boa, Heitor! – Patrício estava ao meu lado e viu a mensagem, ficando animado.

Meu celular vibrou de novo e quando abri a mensagem, não era da Samantha, era da Melissa:

“Martinez, tenho certeza que o Nando já deu o meu recado, pois o meu príncipe é bem obediente. Mas se você não entendeu, eu repito: ONDE NÓS ESTAMOS NÃO É DA CONTA DE VOCÊS! E pode parar de ficar mandando mensagem pra Samantha, quando ela estiver em casa fala com você. Ah, e nada de chegar de ressaca no escritório amanhã.”

Passei o celular para os caras e eles explodiram em gargalhadas. Fernando ficou olhando pra tela e balançou a cabeça.

- Fazer o quê, ela manda e desmanda em mim mesmo. E o pior de tudo é que eu acho isso sexy pra caralho! – Fernando arrancou mais gargalhadas de nós.

- Ela faz o mesmo comigo, Nando, mas eu tenho um pouco de medo dela. – Comentei e todos riram.

- Bem, pelo menos a gente já sabe quem é a presidente do clubinho de namoradas. – Alessandro comentou.

- Quer saber, vamos jogar. Uma noite de pôquer vai devolver um pouco da nossa masculinidade. – Patrício sugeriu e todos achamos uma boa idéia e fomos para o cassino do clube.

Logo que chegamos a Isabella já veio com um grupo de amigas e se empoleirou.

- Tchutchucooo! Que delícia te encontrar aqui! – Isabella se empoleirou sobre o meu ombro esfregando seu decote na minha cara.

- Isabella, desamontoa, eu estou aqui pra jogar com meus amigos. – Respondi de cara feia.

- Quê isso, Tchutchuco, deixa de ser chato. Nós vamos fazer companhia pra vocês. – Isabella insistiu. – E eu vou ligar pra Carol vir pra cá, Alessandro, você está precisando se desculpar com ela.

- Pelo amor de deus, Isabella, deixa aquela patricinha do capeta no canto dela. Eu não tenho nada pra me desculpar e você não tem nada que se meter comigo. – Alessandro falou de modo muito rude.

- É, Bella, não liga pra Carol não, deixa que eu faço companhia pro Alessandro. – Malu falou se encostando no Alessandro que a olhou como se fosse matá-la.

- Ah, mas esse bonitão aqui a gente não conhece. Vocês não vão apresentar. – Rafaela estava cheia de graça pra cima do Nando.

Um a um os caras se aproximaram marcando cada um o seu território. Os outros caras, sentados com nossas garotas, nos olhavam como se nos desafiassem. Um deles, que a Virgínia tinha apresentado na noite anterior como sendo seu irmão, nos convidou para nos sentar com eles e aquilo foi uma afronta. Alessandro foi o primeiro a se manifestar e puxou para si a Catarina.

Melissa logo colocou as garrinhas de fora e nos despachou dizendo que elas ficariam onde estavam. Ah, mas eu ia dar um corretivo na minha assessora. Fiquei surpreso quando o Fernando a contradisse e foi firme com ela dizendo que elas iriam nos acompanhar.

Aproveitei a deixa e agradeci o convite e deixei claro que nós tínhamos planos com nossas garotas. Mas os caras pareciam querer se divertir às nossas custa e aí alguém teve a idéia brilhante de apostarmos quem levaria as garotas para jantar. O Patrício, bocudo como sempre, e que estava se arrastando como um cachorrinho carente pela Virgínia, topou a aposta e nós não tivemos escolha. Nos sentamos naquela mesa e o sofrimento estava longe de acabar, o cacife ali naquela mesa era alto.

Eu queria arrancar a língua do Patrício e os olhos do tal de Miguel, que estava se jogando pra cima da Samantha. E o pior é que a Samantha estava dando corda, ela flertou com o cara o tempo todo. Se esse jogo não acabasse rápido eu cometeria pelo menos um homicídio ali.

O jogo começou e o primeiro a sair foi o Leandro que voltou toda a sua atenção para a Taís e estava quase a agarrando. Quando o tal de Miguel saiu do jogo eu imediatamente abandonei também, estava pouco me fodendo para o dinheiro que tinha apostado, mas não deixaria aquele sujeito colocar as mãos na minha deusa de jeito nenhum.

Aos poucos todos foram saindo e ficaram o Alessandro e o Levy. Quando o Alessandro empurrou todas as suas fichas para o centro da mesa eu suspirei relaxando um pouco, se ele fez isso, ele não perderia, eu conhecia bem o estilo do meu amigo, a mão dele era a jogada perfeita. Tinha uma quantia obscena de dinheiro sobre a mesa, qualquer um se intimidaria. Quando o Levy jogou as cartas sobre a mesa e disse que estava fora, eu finalmente senti meus ombros relaxarem.

Levamos as garotas para jantar em um bistrô que servia uma comida fantástica e passamos um tempo muito agradável reunidos. Depois do jantar fui levar a Samantha em casa.

- Minha deusa, vamos lá pra casa, nós temos um assunto pendente. – Falei todo manhoso quando entramos no carro.

- É, temos sim, Heitor, mas eu estou exausta e vou trabalhar amanhã. – Samantha se lamentou e eu sabia que ela devia estar muito cansada mesmo.

- Eu tenho que tirar você daquele shopping. – Resmunguei e ela sorriu.

- Eu vou estar de folga na quarta feira. Você pode me convidar pra ir a sua casa na terça. Até porque, minha mãe vai viajar a trabalho e eu vou ficar o resto da semana sozinha. – Samantha sorriu e falou com uma voz bem sensual. – E eu detesto ficar sozinha!

- Agora você me deu uma boa notícia! – Sorri e dei um selinho em seus lábios. – Vou te levar pra casa.

- Deixei minha deusa em casa e combinei de buscá-la no trabalho no dia seguinte.