“Heitor”
Os dias estavam sendo muito difíceis para a Samantha, ela estava passando por muita coisa e estando grávida suas emoções ficavam à flor da pele. A tentativa da Isabella de matá-la no dia anterior e ela pensar que eu tivesse descoberto amar a Isabella, o que era ridículo, a haviam afetado muito. Foi uma noite trevosa e um longo dia até ela se acalmar.
A levei para caminhar na praia, só para admirar o lugar e passarmos um tempo tranquilo juntos, ela estava finalmente relaxando. Isso até chegamos em casa e encontramos aqueles três, o pai, a madrasta e a filha da madrasta, ali sentados como se fossem reis, convidados importantes, mas eram apenas penetras indesejados. Samantha tremeu de raiva quando os viu, senti seu corpo enrijecer sob meus braços e o ódio emanar dela.
Ela já havia me contado tantas histórias sobre aquele homem que, de acordo com ela, era um aproveitador oportunista, que nunca a quis como filha e que sugeriu a mãe dela que abortasse quando engravidou, histórias sobre todas as vezes que ele a desprezou, que todas as vezes que se aproximou dela tinha o único interesse de causar dor a Perla, pelo simples fato de sentir prazer em fazê-la sofrer, que eu sentia desprezo por ele sem nem ao menos conhecê-lo.
Mas a medida que ele foi falando e ao deixar transparecer que estava ali interessado no que podia obter de vantagem com o meu casamento eu o odiei, odiei por ele estar deixando a Sam nervosa de novo, odiei por ele ser tão mesquinho e ainda por cima vir aqui com essas duas mulherzinhas sem noção.
Claro, a Sam não aceitava desaforo e colocou os três nos seus lugares, com a ajuda da Mel e do Joaquim, deixando claro que eles não eram bem vindos e não faziam parte da vida dela.
O melhor de tudo foi vê-la finalmente reconhecendo o Joaquim como pai, porque eu sempre disse que ele era o pai dela, pois ele a cuidava e a protegia, ele era presente e tinha sempre os braços abertos para recebê-la e apoiá-la. No fim, tudo tinha terminado bem.
Para tirar da Samantha o máximo de estresse possível, minha irmã e a Melissa haviam se desdobrado o dia todo, remarcando o casamento para o dia seguinte. As duas trabalharam duro para rearranjar tudo e ainda ligaram para cada convidado se desculpando e informando a mudança da data dizendo ter havido problemas técnicos com a organização. Mesmo tendo muito trabalho as duas ainda tiveram tempo para pensar em algo leve e divertido para a noite, para que pudéssemos relaxar, elas inventaram um lual na praia, com direito a fogueira, colares de flores, música e comidinhas leves.
Quando a noite caiu, fomos todos para a praia e aproveitamos aquele momento de paz. A certa altura, o Joaquim me puxou no canto, queria falar comigo em particular.
- Heitor, quero te pedir ajuda para fazer uma coisa. – Joaquim parecia ansioso.
- Claro, sogro, o que você quiser. – Respondi animado dando tapinhas em suas costas.
- Tão cedo? – Hebe questionou simplesmente.
- Sim, tão cedo. É importante. Nós vamos começar e terminar o dia com coisas boas amanhã. – Contei a minha irmã o que faríamos e ela ficou empolgada dando pulinhos. – Disfarça, antes que minha amada noiva perceba que vamos organizar uma surpresa. Falei baixo, vendo a Sam me jogar um beijo de onde estava sentada.
- Eu não vou conseguir dormir essa noite! – Hebe estava eufórica. – Joaquim, vai ser perfeito!
- E vocês acham que ela vai gostar? – Joaquim parecia um garoto inseguro.
- Sogro, ela vai amar! – Garanti a ele, sabendo que a Sam realmente ficaria feliz com a surpresa que ele queria fazer a ela. – Agora eu vou lá pra casa fazer uma ligação para ajeitar tudo, me dêem cobertura.
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