Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Meus dedos já estavam coçando para colocar aqueles penetras pra fora, mas a ridícula sem noção da Milena, enteada do meu pai, resolveu me provocar. Foi aí que esqueci completamente de onde eu estava.

- Pata choca, para de show! Você sempre gostou de chamar atenção. Que coisa chata! Anda, apresenta a sua família para o seu noivo e a família dele. – Milena, a filha da esposa do meu pai resolveu se manifestar. Ela sempre me chamou de pata choca e eu a odiava por isso e por muitas outras coisas. – Olha, Heitor, ainda dá tempo de mudar de idéia, porque você está com a irmã errada.

Ela caminhou para o lado do Heitor e colocou aquela mão cheia de dedos no peito dele. Meu sangue ferveu e eu vi tudo vermelho, minha paciência tinha se esgotado. Peguei a Milena pelos cabelos, sem nenhuma dó.

- Melissa, me ajuda aqui. – Chamei a melissa que entregou a pipoca pro Nando e veio mais que feliz.

Quando a Dora, esposa do meu pai, veio pra cima de mim, melissa a pegou pelos cabelos e a segurou.

- Nem pensa nisso, mocoronga! – Melissa já falou com ela, agarrada na cabeleira. – Vamos, Sam, vamos ralar a cara dessas duas no asfalto.

- Pode deixar que do cidadão aqui eu cuido. – Ouvi a voz do Joaquim se aproximando.

Saímos puxando as duas pelos cabelos porta a fora e as jogamos na rua. Joaquim veio logo atrás trazendo aquele homem aos solavancos.

- Suas descontroladas! Olha o que você fez, Samantha, acabou com o meu vestido. – Milena reclamou.

- Olha o que você fez, Milena, nasceu! Ah, vá se lascar! E vê se aprende a nunca mais brotar perto de mim. – Eu estava estressada e isso não era bom para o meu filho.

Me virei e dei de cara com o Joaquim empurrando o Nilo na rua. Joaquim o detestava tanto quanto eu. Nilo era o meu pai biológico, mas nunca foi meu pai de verdade, sempre foi um cretino com a minha mãe e eu já tinha tirado ele da minha vida há muito tempo.

Eu tenho certeza que ele só apareceu aqui para provocar a minha mãe e tentar se dar bem em cima do meu casamento. Ele tinha uma empresinha mequetrefe de segurança e com certeza viu no Heitor uma oportunidade de se dar bem, mas eu não permitiria.

- Vou te dizer pela última vez. – Parei na frente dele e o encarei. – Desaparece da minha vida com a sua família. Você não é meu pai. E como você sabe, eu já tirei o seu nome da minha certidão de nascimento faz tempo.

- Samantha, filha, o que é isso, não faz assim. – Nilo reclamou com a maior falsidade.

- Você é o meu pai, Joaquim! Eu te amo e é isso que importa pra mim, não uma biologia que não faz eu sentir nada por um estranho. Nós construímos nossa relação com respeito, carinho e você me protegeu e cuidou desde que entrou na minha vida. O que faz de você meu pai é um vínculo que está além do que um exame de sangue pode dizer. – Falei cheia de certeza. – Eu sou grata por ter você comigo!

Joaquim me puxou em um abraço e choramos juntos ali abraçados, sentindo nosso vínculo se fortalecer ainda mais. Era esse homem que eu respeitava e amava como pai. Foi ele que esteve na cabeceira da minha cama quando eu fiquei doente, foi ele que me levou e buscou nas festinhas de adolescente, foi ele que trouxe sorvete e chocolate quando eu tive a minha primeira decepção, foi ele que estava me aplaudindo na minha formatura e em cada momento importante da minha vida.

- E eu não preciso pedir pra você... – comecei a falar, mas ele já sabia o que eu ia dizer.

- Não tem a menor chance de eu não te levar até o altar amanhã! – Joaquim apertou minhas mãos em seu peito e me deu um beijo na testa.

- Droga! Se eu continuar chorando assim, não vai ter maquiagem que me deixe linda amanhã. – Melissa reclamou no canto da sala, fazendo todo mundo começar a rir.

- Pra você eu só tenho uma pergunta, Melissa. – Falei abraçada ao Joaquim. – De onde surgiu aquele balde de pipoca?

- Menina, quando o cidadão chegou e falou quem era eu corri pro micro ondas. Sam, seu casamento está melhor que final de novela, já falei! – Melissa respondeu empolgada, arrancando risos de todos que estavam ali enxugando as lágrimas.

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