Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Flávio”

Mas eu vou te contar viu, essa incursão no Morro do Pipote era só pra cumprir três mandados de prisão por homicídio e virou uma lambança. Três traficantes mortos e dois policiais feridos, tudo porque não queriam que a gente entrasse. Culpa desse bandidinho do Sandro que resolveu colocar uma boca de fumo aqui. E eu só resolvi cumprir esses mandados pessoalmente porque um deles era o gerente da boca de fumo do Sandro e eu queria informação sobre o tal de Rômulo.

Pelo menos nenhum civil foi atingido. As pessoas ficam falando de bala perdida, mas isso não existe, o que existe é bala achada e achada por gente inocente, uma coisa que me deixa realmente chateado. Mas felizmente dessa vez nenhum civil inocente foi alvejado. Só que um dos sujeitos que estavam pedidos nos mandados morreu, era um soldado do Sandro. Os outros dois nós prendemos. Menos seis bandidos na rua.

- Bora lá, tropaa! – O sargento da polícia militar que veio nos dar apoio estava reunindo seus homens. – Delegado, acho que aqui por hoje foi só. O rabecão acabou de recolher os defuntos e as ambulâncias já levaram os feridos. – Ele se aproximou observando os seus homens conduzindo os presos em flagrante.

- Por aqui acabou, Sargento, mas lá na narcóticos vai ter muito trabalho hoje. – Sorri pra ele.

- Verdade, verdade. O ruim é que minhas viaturas vão ficar lá até acabarem os procedimentos com os presos. Meu pessoal já está cansado. – O sargento lamentou.

Fiz um aceno de cabeça pra ele e puxei o celular que tocava no bolso da calça.

- Moreno falando. – Atendi sem nem olhar quem era. – Grande Heitor, pela voz temos problema. – Escutei o Heitor falar alvoroçado. Era uma grande merda, Samantha saiu sem o segurança para ir se encontrar com o Rômulo. – Calma, cara, eu estou em campo, numa diligência no Pipote. Vou pedir para o Bonfim ver a localização do celular do bandidinho do Rômulo. Te dou notícia assim que souber.

Liguei para o Bonfim e pedi a localização e qual não foi a minha surpresa, o meliante estava justamente no Morro do Pipote. Ah, mas era hoje que eu pegava esse escroto.

- Sargento! – Me aproximei da viatura. – Pode me dar apoio em mais uma prisão? Acabei de saber que o meliante está aqui no morro.

- Opa! Mais um pra cana. – O sargento desceu da viatura. – Mas será que ele já não está no meio dos que prendemos?

- Pode ser, eu não conheço o cidadão. Vou pedir uma foto. – Liguei para o Bonfim que enviou para o meu celular uma foto. Mostrei para o sargento e ele sorriu.

- Ô, delegado, nem vamos precisar subir o morro de novo não. Esse aí está no meio dos que recolhemos hoje. – O sargento tinha certeza do que estava falando.

- Ele está na viatura? – Perguntei achando uma grande coincidência.

- Que nada! Ele está no rabecão. – O sargento afirmou sem titubear.

- Não é possível? Essa eu tenho que ver. – Falei e fui em direção ao motorista do veículo de remoção de corpos. – Tem identificação dos corpos recolhidos?

- Sim, senhor, delegado, dois deles as mães reconheceram, uma tristeza só. Esses meninos entram pra essa vida e depois as mães é que ficam chorando. – O motorista lamentou.

- E o terceiro? – Perguntei impaciente.

- Estava com os documentos no bolso. – O motorista pegou o saco com os pertences e os documentos do defunto dentro da van. – Aqui. Esses dois celulares estavam com ele também.

- Bonfim, a viatura que estava observando o Rômulo não informou o deslocamento dele? – Perguntei curioso, pois essa era a ordem para a viatura, se o Rômulo se deslocasse eles deveriam avisar e segui-lo.

- Não. – Bonfim olhou a tela do seu celular que chamava e sorriu pra mim. – Mas olha que coincidência, são eles. – Bonfim atendeu no viva voz, olhando diretamente pra mim. – Fala, Santos.

- Delegado. O alvo acabou de sair do prédio onde esteve todos esses dias. Não conseguimos segui-lo, ele entrou em um carro e saiu em alta velocidade, o perdemos no trânsito. – Santos falou do outro lado da linha e era óbvio que estava mentindo.

- Mas que pena! – Bonfim lamentou como se realmente acreditasse. – Vem pra depol, vamos ver uma estratégia para encontrá-lo.

- Doutor, não é melhor voltar para o prédio? Vai que ele volta. – O policial Santos insistiu.

- Não, Santos, vem pra depol. Não acho que ele vai voltar para o prédio, não. – Bonfim insistiu.

- Está bem, delegado, o senhor é quem manda. – Santos encerrou a chamada.

- Que grandes filhos da puta! Facilitaram para o bandido! – Eu estava puto por isso.

- Uma decepção pra mim. É um policial experiente. Agora vou ter que entregar pra corregedoria. – Bonfim suspirou. – Quando eles chegarem a gente dá uma prensa neles.

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