Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

Minha despedida de solteira foi a festa mais divertida que eu já fui na vida, apesar da cobra. Érica e Emília tinham caprichado. Mas para o Heitor não foi tão divertido, quando ele chegou para me buscar estava tenso e preocupado.

Em casa ele me contou sobre a desconfiança de que a Isabella tenha mandado a cobra e eu fiquei surpresa, não pensei que aquela insuportável fosse tão audaciosa.

Passamos o domingo em casa, descansando e apenas nos curtindo e foi bom aproveitar aquele momento calmo com ele, já que a semana será agitada por causa do casamento, mesmo já estando tudo pronto.

Essa semana eu teria que adiantar todo o meu trabalho, já que na semana seguinte eu viajaria em lua de mel com o Heitor e à partir de quinta feira eu não trabalharia, pois iria pra casa de praia supervisionar toda a montagem do casamento. Eu estava tão atarefada que na hora do almoço só fiz um lanche enquanto trabalhava e dispensei a Manu quando ela veio tomar um café à tarde.

Porém, meu celular começou a tocar. Olhei a tela e sabia que aquele número era do Rômulo, então decidi ignorar. Fiz isso no sábado e ele desistiu de me incomodar no fim de semana, quem sabe se eu parar de atender ele não desiste de me atormentar? Mas ele insistiu, o celular continuou chamando por umas cinco vezes e então parou. Respirei aliviada, pois já estava me irritando.

Mas pouco depois o celular voltou a chamar, eu já estava pensando em desligar o aparelho, mas olhei a tela e era a minha mãe. A atenderia rapidinho e voltaria minha atenção para o meu trabalho.

- Oi, mãe! Tudo bem? – Atendi ainda com a atenção na planilha a minha frente.

- Samanthinha, Samanthinha. Quando você vai aprender que tem que me atender quando eu ligar? – Escutei aquela voz e senti um arrepio de medo no corpo.

- Rômulo, o que você está fazendo com o celular da minha mãe? – Perguntei nervosa.

- Samanthinha, você deveria perguntar é o que eu vou fazer com a minha sogrinha chata. – Rômulo riu.

- Rômulo, não toca na minha mãe, isso é entre você e eu.

- Era, Samanthinha, mas você resolveu dificultar e colocar um monte de gente entre nós dois. Então isso, nesse exato momento, é entre você, eu e sua mamãe. Uma chata, na verdade. Ela nunca gostou de mim, né, Samanthinha. E eu nunca gostei dela. – Isso soou como uma ameaça e eu não gostei.

- Rômulo, por favor, deixa a minha mãe em paz! – Eu sentia o medo tomando o meu corpo inteiro.

- Samanthinha, só tem um jeito de eu deixar a sua mamãezinha em paz, é você vindo aqui buscá-la. Aí, talvez eu a deixe ir embora inteirinha, porque ela ainda está inteirinha, mas não sei por quanto tempo eu vou conseguir deixá-la assim. – Rômulo falava com ironia e despreocupação.

- Rômulo, o que você quer? – Perguntei, mas sabia o que ele queria.

- Não se faça de boba, Samanthinha! Quero você. Então, você vai sair desse seu empreguinho agora, sem o segurança que anda colado em você, vai entrar em um taxi e vai vir me encontrar. Ah, e sem contar pra ninguém, é claro! – Rômulo parecia feliz com o que queria, parecia sentir prazer em me intimidar.

- Rômulo, você está louco! Solta a minha mãe e me deixa em paz. – As lágrimas já caíam pelos meus olhos.

- Sabe aquela lanchonete que tem ao lado do restaurante que eu costumo almoçar? Você pode me trazer um hamburguer com fritas de lá? – Pedi um lanche que eu sabia que levaria uns quinze minutos para ele conseguir voltar, isso me daria tempo de sair e me afastar do prédio sem que ele visse.

- Sim, senhorita. Irei agora. – Michel sorriu pra mim e saiu. O Heitor iria matá-lo quando descobrisse que eu o enganei, mas eu precisava salvar minha mãe.

Assim que vi o segurança desaparecer no elevador, peguei minha bolsa e fui em direção às escadas, eu precisava sair sem chamar a atenção e haviam câmeras nos elevadores, então era melhor descer pelas escadas. Tirei os saltos e desci rapidamente, quase correndo, voltando a calçar os sapatos quando cheguei no primeiro andar.

Saí do prédio e para minha sorte tinha um taxi desembarcando um passageiro e eu já entrei nele, passando o endereço de onde iria. O motorista olhou o endereço e me olhou desconfiado.

- A senhorita conhece o lugar onde está indo? – O motorista perguntou me olhando pelo retrovisor.

- Na verdade não. Vou encontrar uma pessoa, mas nunca fui a esse bairro. – Respondi um pouco nervosa.

- É um bairro bem perigoso, senhorita. Não é da minha conta, mas lá a senhorita vai ter dificuldade em conseguir um taxi para voltar. Talvez seja melhor a senhorita remarcar seu compromisso em outro lugar. – O motorista parecia genuinamente preocupado.

- É, seria, mas infelizmente não é possível. – Falei olhando pela janela e sentindo o coração apertar, pois eu sabia que o Rômulo não me deixaria voltar.

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