“Heitor”
Após examinar a Samantha o Molina lhe deu um remédio para que ela relaxasse, de acordo com ele, ela dormiria até o dia seguinte. Deixei a porta do quarto aberta e o Canela deitado aos pés da cama a vigiando e desci para falar com os outros.
- Como ela está, filho? – Minha mãe correu em minha direção.
- Muito abalada, mãe. O Álvaro deu um remédio e ela dormiu, ele disse que ela vai dormir até amanhã. – Respondi e minha mãe colocou a mão no meu rosto.
- E você, como está? – A preocupação estava nos olhos da minha mãe.
- Não sei te dizer. Tem uma mistura de sentimentos dentro de mim e nenhum deles é bom. – Falei a verdade, eu me sentia cansado, exaurido, mas eu queria matar o Reinaldo.
- Calma, cara, esse merda está preso e não vai sair tão cedo da cadeia. – Flávio colocou a mão em meu ombro.
- Obrigado, Flávio, se não fosse você eu não teria chegado a tempo. – Agradeci por ele ser um lunático e dirigir como se quisesse se matar.
- Nada a agradecer. – Ele sorriu. – Mas eu preciso perguntar, ela falou alguma coisa?
- Ela disse que ele a prendeu no quarto e tentou agarrá-la, ela o empurrou e ele a jogou na cama, na hora em que foi sobre ela nós chegamos. – Falei e me sentei.
- Ainda bem que chegamos a tempo. – Flávio respirou aliviado.
Flávio se encarregou de explicar a todos o que havia acontecido e esclarecer as dúvidas.
- Aliás, Enzo, como você percebeu que tinha algo errado? – Flávio perguntou.
- Na verdade, eu achei estranho foi o tio Heitor não pedir ajuda, aí fiquei curioso e queria saber o que ele tinha feito. Eu esperava que ele me contasse qual era a surpresa. – Enzo falou de cabeça baixa.
- Martinez, agora vai se deitar com a Sam e descansar. Todos nós vamos embora e amanhã, quando a Sam estiver disposta, você nos liga que viremos visitá-la. – Melissa começou a ditar as regras, já fazendo todos se despedirem e irem pra casa.
- Tio, eu posso ficar? – Enzo perguntou cheio de expectativa.
- E eu também, tio. Nós podemos animar a tia Sam, você sabe. – Clara já tinha uma estratégia.
- Claro que vocês podem ficar, ela vai adorar ver vocês no café da manhã. – Falei com um sorriso, porque era verdade. – Mas, se seus pais permitirem.
- São seus, cunhado. Se quiser eu te dou de papel passado. – Edu brincou e empurrou os filhos na minha direção.
- Até parece que vive sem a gente. – Enzo debochou do pai.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque