Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Peguei o celular da Samantha e olhei para ela, vendo o quanto estava assustada. Atendi, sem falar nada, mas coloquei no viva voz. Logo a voz ecoou pelo quarto.

- Samanthinhaaaa! Uhuuu! Adivinha quem é? – Uma alta gargalhada bizarra se seguiu. – Samanthinha, não vai falar comigo? Está tão emocionada assim?

- Como conseguiu meu número, Rômulo? – Samantha falou tentando controlar o nervosismo.

- Ah! Você não sabe? – Ele riu mais uma vez. – Quem me deu seu número foi aquela insuportável da Manuela.

- Foi, você? Seu cretino babaca! – Samantha se alterou.

- É, eu peguei o celular dela emprestado hoje. – Ele falava cinicamente. – Pena que meu funcionário não conseguiu enfiar a faca nela como eu mandei.

- Você é um monstro, Rômulo. – Samantha lutava para não chorar.

- Samanthinha, isso é só pra te lembrar que não adianta tentar fugir de mim. Você é minha, Samantha! E eu vou te pegar de volta. – Rômulo tinha a voz carregada de raiva.

- Você é louco! – Samantha estava começando a perder o controle.

- Louco por você, Samanthinha! Hoje foi só um aviso. Da próxima vez aquela chata morre. Mas, se você quiser evitar que sua amiguinha, sua mamãe e o playboyzinho morram, você virá até mim. – Rômulo ameaçou.

- Você não vai encostar neles e eu jamais vou até você. Você nunca mais vai tocar em mim. – As lágrimas caíram dos olhos da Samantha.

- Vamos ver, Samanthinha, vamos ver. – Rômulo desligou o telefone.

Samantha estava nervosa e tão logo a chamada foi encerrada ela se desmanchou em lágrimas e soluços. A puxei para um abraço e fiquei ali, abraçado a ela e acariciando suas costas. Eu precisava fazer alguma coisa para acabar com essa situação.

- Rouxinol, vou buscar o seu chá. O Canela vai ficar aqui com você. – Falei quando ela se acalmou um pouco.

- Não precisa, Heitor. – Ela protestou.

- Precisa sim. Chá com biscoitinhos amanteigados são poderosos calmantes pra você no meio da madrugada. – Ela sorriu do meu gracejo.

Canela já estava a cutucando com o focinho na beirada da cama e isso sempre a fazia sorrir. Esse danadinho de quatro patas fazia mágica com ela, só podia ser.

Na manhã seguinte, deixei a Sam no trabalho e disse que lhe enviaria outro aparelho de celular. Fiquei com o dela, eu iria até a delegacia falar com o Flávio. Ele ficaria uma fera quando soubesse que o ataque a Manu tinha sido obra do Rômulo.

- Quando me disseram que o magnata da tecnologia estava outra vez na nossa humilde delegacia eu não acreditei. – O delegado Bonfim adentrou a sala com seu bom humor e serenidade habituais. – Heitor, está querendo se tornar um de nós?

- Ah, delegado, nem que eu quisesse, eu seria um péssimo policial. – Sorri pra ele.

- Bem, com a quantidade de problemas que vocês atraem, certamente você seria o maior alvo dos criminosos dessa cidade. – Bonfim deu uma gargalhada divertida e eu não pude deixar de rir com ele.

Flávio o colocou a par do que eu fui fazer na delegacia e o Bonfim logo se animou com a possibilidade de uma escuta.

- Uma escuta pode alavancar nossa investigação, que anda muito lenta. Seu pai desapareceu, o Rômulo, até agora, não saiu da toca, e nós ainda não descobrimos se foi ele quem mandou os bombons para a Samantha. – Bonfim enumerou.

- Então ainda não sabem de nada. – Suspirei pensando que isso talvez estivesse longe de acabar.

- Não é bem assim, não somos tão ineficientes. – Bonfim sorriu malicioso.

- Ah, desculpa, Bonfim, não foi o que eu quis dizer. Mas é tão frustrante estar há meses nesse imbróglio e não estar se chegando a lugar algum. – Tentei explicar minha frustração.

- Eu sei, Heitor. E você tem razão. Mas eu estava justamente vindo falar com o Flávio sobre as últimas informações que chegaram. E que bom que você está aqui, pois talvez possa nos ajudar. – Bonfim se sentou ao meu lado.

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