Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Essa situação com o Reinaldo já estava passando de todos os limites. Ele foi longe demais ao tentar violar a garota na festa de aniversário do próprio neto. Isso foi a gota d’água para o Edu. Meu cunhado estava furioso e com toda razão, assim como meu sobrinho. Já minha irmã, estava muito abalada por aquela situação ter acontecido dentro de sua casa e no dia seguinte chamou o paisagista e mandou destruir o jardim escondido e reconstruir totalmente aberto.

No dia seguinte a festa, fizemos uma visita a família da Ivy, tentando nos desculpar por toda a merda do Reinaldo. Felizmente era uma família muito íntegra e de uma gentileza ímpar. Estavam muito gratos a Sam e ao Vini por terem procurado e cuidado da Ivy, evitando o pior.

Ivy foi muito corajosa e registrou a denúncia com riqueza de detalhes e o Edu entregou as câmeras de segurança. Para nossa sorte, o pai da Ivy é irmão de um juiz, e conhecia o juiz que estava responsável pelo processo em desfavor do Reinaldo e, diante disso e de todas as provas que juntamos, inclusive do ataque a Samantha na loja, Flávio pediu a prisão do Reinaldo e o Juiz concedeu. O único problema é que o Reinaldo parecia ter sido tragado pela terra, ninguém sabia onde ele estava.

Fui encontrar o Flávio na delegacia para saber das novidades, eu andava muito apreensivo e percebia a Samantha preocupada. Ela já havia até pensado em adiar o casamento, mas com isso eu não concordaria jamais.

- E aí, Flávio, me dê novidades. – Falei me sentando em frente ao delegado.

- Meu amigo, as novidades não são boas. Seu pai escafedeu-se. – Flávio estava tão insatisfeito quanto eu com a liberdade do Reinaldo.

- Onde esse infeliz se meteu? – Era mais uma reflexão que uma pergunta, mas Flávio era um policial experiente e havia feito uma investigação bem ampla que eu nem imaginava.

- Heitor, ele precisa se esconder, mas desde que você parou de pagar a mesada dele, ele não tem um centavo nas contas, sendo assim, duvido que tenha saído da cidade. Ele também não está em nenhum hotel, já verificamos todos. Alguém deve o estar ajudando, mas mandei alguns policiais ficarem de olho nos amigos dele que você me informou e ele não tem se encontrado com eles.

- Flávio, eu não tenho idéia de quem pode estar ajudando o Reinaldo. – Passei a mão nos cabelos me sentindo impotente.

- Ele sequer tem freqüentado os lugares que sempre ia. Mas a situação dele não é boa, Heitor. O juiz que está cuidando do caso foi informado hoje que existe um pedido de extradição do Reinaldo para os Estados Unidos.

- Como assim, extradição? – Achei isso realmente estranho.

- Ele está sendo acusado de estupro de vulnerável lá. O mesmo modus operandi que ele sempre usa, drogou uma mulher e abusou dela.

- Outra. – Suspirei. – Cara, como pode esse canalha ser meu pai? Eu já me fiz essa pergunta milhares de vezes.

- Esquece que ele é seu pai. Você mesmo já disse, ele só doou o esperma, você não tem nada dele. Pra sua sorte você puxou tudo da sua mãe, inclusive a beleza daquela senhora linda.

- Minha mãe é mesmo uma mulher linda. Não merecia ter se casado com um tipo como o Reinaldo.

- Já foi. Agora ela está de namoro com um príncipe, pelo que eu soube. – Flávio sorriu.

- Pois é, Álvaro Molina, legítimo herdeiro de uma longa linhagem de príncipes, de acordo com a Melissa. – Sorri, lembrando de como minha mãe andava feliz ultimamente.

- E falando em sua mãe, conversei com ela na festa do seu sobrinho. – Flávio me olhou com uma expressão enigmática.

- Lá vem bomba. O que foi agora? – Perguntei já pressentindo algo ruim.

- Sua mãe disse que eu poderia falar sobre isso com você, mas que ela nunca contou antes.

- Contou o quê? – Fiquei curioso, qual seria a nova revelação?

- Ela disse que seu avô, pai do seu pai, logo que ela ficou grávida da Hebe, parecia se preocupar mais com o bem estar dela e do bebê e mencionou algo que ela não entendeu na época, mas que, recentemente, conversando com o Álvaro, fez mais sentido pra ela. – Flávio estava dourando a pílula, como dizem. Ele tinha algo desagradável para dizer e estava dando voltas.

- Ah, não, outra? – Eu já estava me arrependendo de vir a essa delegacia hoje.

- Lamento, meu amigo, mas o juiz concedeu a liberdade ao tal de Rômulo. Acabei de receber a informação.

- Só piora! – Lamentei.

- Não se preocupa, cara, a gente vai ficar atento. – Flávio tentou me acalmar.

- Isso mesmo. Eu já me adiantei e coloquei dois policiais para ficarem a paisana na cola dele. – Bonfim me falou e isso me tranqüilizou um pouco.

- Isso é bom. – Suspirei.

- Quanto a você, Flávio, aquele problema ainda é um problema. – Bonfim entregou uma pasta ao Flávio.

- Porra, Bonfim! Essa merda vai acabar com a minha vida. – Flávio ficou nervoso.

- Eu vou insistir, mas tem alguém insistindo pela outra parte também. – Bonfim alertou.

- É aquele assunto ainda? – Perguntei e ele aquiesceu. – Cara, essa bomba vai explodir na sua cara.

- Muito tranqüilizador, amigo. – Flávio respondeu ácido.

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