“Samantha”
Aos poucos a Ivy foi se acalmando, abraçada ao Vini que não desgrudou dela desde que a encontramos. Dava pra ver que ele havia ficado mais do que chateado com o que aconteceu a ela.
- Ivy, como você está? Quer falar sobre o que houve? – Vini perguntou com toda gentileza, já que a Ivy havia parado de chorar.
- Vini, eu fui ao banheiro, quando saí o avô do Enzo me cercou. – Ivy começou a falar. – O Enzo já tinha falado pra minha irmã e pra mim para ficarmos longe dele, que ele é uma pessoa ruim. Mas ele me segurou à força, tapou a minha boca e saiu me puxando pelos fundos. Eu não consegui me soltar.
- Aquele bandido! Isso não vai ficar assim! – Falei cheia de raiva.
- Aqui, querida, toma esse chá que vai te fazer bem. – Vini pegou a xícara de chá e entregou a Ivy, mas ela tremia muito e não soltava o vestido que havia sido rasgado e se ela soltasse exporia seu seio. Fui até ela e segurei o vestido para que ela pegasse a xícara.
- Obrigada! A vocês dois. O segurança me disse que vocês estavam me procurando, foi por isso que eles me encontraram antes que aquele monstro me violentasse. – Ivy soluçou. – Obrigada!
- Eu deveria ter te acompanhado. – Vini lamentou e pousou um delicado beijo na cabeça da Ivy.
- Vini, não foi culpa sua. – Ivy colocou a mão sobre o joelho dele que sorriu fraco e a manteve entre seus braços lhe afagando os cabelos.
- Você vai ficar bem e eu não desgrudo mais de você! – Vini falou a deixando corada.
- Vocês não contaram pro Enzo, né? Eu não quero estragar a festa dele. – Ivy estava preocupada com o Enzo.
- Não querida, apenas nós dois, o Heitor e o Eduardo sabemos, além da segurança. – A confortei. – Mas o que importa agora é você. Vamos cuidar de você.
- Agora, me diz, linda, como você se sente? Aquele cretino te machucou? Posso te examinar? – Vini estava muito preocupado e falava docemente com a Ivy. Apesar da situação ser horrível, era bonitinho ver a interação dos dois.
- Olha só, a Ivy tem médico particular agora. – Brinquei e eles riram, mas não deixaram de se olhar.
Eu sabia que ainda não tinha rolado nada entre eles, a própria Ivy me contou que eles estavam se falando por telefone e saíram umas duas vezes apenas como amigos, como ela disse, estão se conhecendo melhor. Mas eu conhecia o Vini, isso estava ficando sério pra ele.
- Claro, querida. Você está em sua casa. – Edu respondeu com um sorriso. – Ivy, eu gostaria que você prestasse queixa. Tem um delegado amigo nosso aqui, você pode falar com ele depois que você estiver pronta?
- Com certeza. – Ivy sorriu.
- Você conhece o Flávio, Ivy. – A lembrei e ela sorriu.
Uma hora depois Ivy estava pronta. Banho tomado, vestido lavado e consertado, graças a eficiência da governanta da casa, maquiagem e cabelo perfeitos. Quem olhasse não suspeitaria o horror que ela passou uma hora mais cedo. Voltamos pra festa e o Vini não desgrudaria mais dela eu tinha certeza.
- Até que enfim achei vocês! – Enzo nos repreendeu. – Está na hora de vocês cantarem parabéns pra mim!
- Sobrinho, mas você gosta mesmo dessa coisa de aniversário. – Sorri passando o braço nos ombros do Enzo.
- Tia, eu estou fazendo dezesseis, agora sou da idade da Luna! – Ele estava mesmo empolgado. A Ivy foi muito generosa em não permitir que a festa do Enzo fosse estragada pelo cretino do Reinaldo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque