“Heitor”
- Cara, jogando desse jeito nós nunca vamos ganhar da Manu! – Rick reclamou vendo o Alessandro ser massacrado pelo Enzo no vídeo game.
- E aí, Heitor, falou com a Sam? – Patrício perguntou, se lembrando da conversa que tivemos no Clube.
- Que nada, hoje a Sam não estava muito bem. Achei melhor esperar ela estar bem pra gente conversar. – Expliquei.
- Fez bem. E você, Moreno, já resolveu aquele problema? – Patrício parecia no modo inquisidor hoje.
- Que nada, Patrício. Está cada vez mais difícil e eu acho que a Manu já está meio desconfiada. – Flávio sacudiu a cabeça. – Eu já estou começando a achar que isso vai dar uma merda muito grande.
- Ah, pois é, mas eu te avisei e você não me ouviu. – Patrício advertiu o Flávio.
- E agora, o que eu faço? – Flávio parecia perdido.
- Resolve essa lambança rápido e conta tudo pra Manu. – Simplifiquei pra ele.
- E se ela me der um pé na bunda? – Flávio estava quase chorando. – Cara, eu amo aquela baixinha, não sei nem como, mas eu sou louco por ela.
- Mais um motivo pra você resolver isso logo e rezar muito pra ela te perdoar. – Nando bateu a mão em suas costas.
- Pra você é fácil falar, você é um príncipe, nunca faz nada de errado. – Flávio reclamou com o Nando que começou a rir.
- Por falar em príncipe, Nando, seu tio está levando a sério o lance com a minha mãe? – Perguntei e o Enzo se interessou pelo assunto.
- Pra começo de conversa, de acordo com o próprio tio Álvaro, não é um lance, é um relacionamento sério entre duas pessoas que sabem o que querem. – Nando colocou o dedo em riste para explicar. – Meu tio está tão apaixonado por sua mãe quanto você pela Sam, Heitor. Pode ficar tranqüilo que é mais fácil a sua mãe partir o coração dele do que o contrário acontecer.
Saber disso me deixou mesmo tranqüilo, saber que minha mãe havia encontrado alguém que a valorizava e que a adorava era bom, muito bom.
No outro dia, assim que a Virginia chegou na casa do Patrício, Enzo e eu fomos pra casa. Eu estava com saudade da minha deusa. Chegamos e encontramos a Sam e a Clara na piscina, rindo e comentando sobre a festa do pijama. Minha sobrinha estava irradiando felicidade pela sua pequena reunião com as amigas.
- Garotos, já estão prontos para ganhar da Manu no vídeo game? – Sam perguntou com um sorriso de tirar o fôlego.
- Tia, eles são péssimos no vídeo game, não vão ganhar da Manu nunca. – Enzo se jogou na espreguiçadeira e riu.
- Por que vocês não vão se trocar e vem aproveitar a piscina conosco? – Samantha nem precisava insistir, o dia estava quente.
- Ótima idéia. Vamos, Enzo. – Chamei e entramos.
- Pelo amor de deus, eles já tem cinco! – Falei horrorizado com o pensamento.
- Tá, mas e aí? – Patrício perguntou.
- Eu que te pergunto, e aí? O que eu faço? Pergunto pra Sam? Ou finjo que não vi?
- Ah, cara, se você não perguntar eu pergunto, porque eu não vou conseguir esperar até elas terem vontade de nos contar alguma coisa não. Pergunta agora, eu quero saber. – Patrício ficou mais ansioso que eu.
- Eu vou perguntar, depois eu te ligo.
- Depois nada, eu quero ouvir, vai que é da Ruivinha. Cara ia ser bom demais.
- Patrício, eu te ligo depois que eu souber.
- Mas você é chato! Tá bom, você tem vinte minutos.
- Eu te ligo quando souber. – Voltei a falar e desliguei o telefone.
Eu estava ansioso, nervoso, com as mãos suando e com o coração acelerado. Peguei o pacote e voltei para a piscina.
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