Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Samantha”

- Tia Sam? – Escutei o Enzo me chamar de dentro da casa.

- Aqui na varanda, Enzo. – Respondi, sem ânimo para me levantar e ir até ele.

Ele apareceu e me viu deitada no chaise, me olhando com uma carinha desconfiada.

- Está tudo bem, tia?

- Está sim, querido, só estou um pouco desanimada hoje.

- Hum. Precisa de alguma coisa? – Ele era muito prestativo, pensei por um momento e sorri.

- Um pedaço daquele bolo de chocolate que está na cozinha com bastante cobertura! – Sorri pra ele, que me devolveu um grande sorriso.

- Acho que vou trazer dois pedaços. – Ele piscou pra mim.

- Então chama a Clara e trás três.

Nos sentamos os três ali e eu devorei o meu pedaço de bolo e ainda roubei umas garfadas do Enzo.

- Quer mais, tia? – Ele riu, me estendendo o prato.

- Melhor não.

- Bolo de chocolate antes do almoço? – Heitor chegou e tinha um sorriso lindo.

- Um pequeno pecado, meu lindo. – Sorri pra ele. – Você quer?

- Não, Rouxinol, obrigada. – Ele deu um beijo no meu rosto quando sentou ao meu lado. – E o que temos programado pra hoje?

- Nada. Hoje vamos ficar de boa, quietos e descansar, porque a tia Sam está cansada. – Enzo respondeu com as instruções do dia.

- Sério? Vocês estão bem? – Heitor nos olhou desconfiado.

- E por que não estaríamos? – Perguntei achando curiosa a sua reação.

- Porque você é a pessoa mais cheia de energia que eu conheço e porque esses dois não conseguem ficar quietos. – Heitor olhou para cada um de nós. – Quem são vocês e o que fizeram com a minha família. – Começamos a rir e eu senti o coração apertar de alegria quando ele me incluiu em sua família.

- Nós seremos bonzinhos hoje. – Falei e deitei no seu colo, pegando no sono.

- Ótima idéia, vamos! – Falei depressa e já fui me levantando. – Vou pegar minha bolsa.

Durante o nosso passeio até a sorveteria, dei um jeito de me desvencilhar do Heitor e ir até a farmácia. Ao chegarmos em casa, ele e as crianças se entreteram em uma partida de vídeo game, que não teria fim tão cedo, então fui para o quarto.

- Ai, meu deus, que eu esteja enganada! – Falei pra mim mesma ao pegar o pacote da farmácia dentro da bolsa.

Quinze minutos depois eu estava em choque dentro do banheiro. Não, não, não. Isso só podia estar errado. Ouvi o Heitor me chamando do quarto e meu coração disparou. Coloquei tudo dentro do pacote da farmácia e guardei bem no fundo de um dos armários do banheiro.

- Só um minutinho, Heitor. – Eu respondi tentando manter a voz firme.

- Sam, o que foi? Você hoje não está bem. Quer ir ao hospital? – Heitor veio todo carinhoso me abraçar quando saí do banheiro.

- Não, eu só estou um pouco indisposta. Vou me deitar um pouco. – Respondi um tanto aérea, por dentro eu estava surtando.

Heitor me deixou deitada e foi ver os garotos. Eu tinha um milhão de coisas passando pela minha cabeça agora. O que eu ia fazer? Eu sabia que o Heitor nunca quis ter filhos e logo agora que nós resolvemos morar juntos e que estava tudo indo tão bem, eu acabei ficando grávida.

Eu fiz três testes diferentes e todos deram positivo. Mas como isso aconteceu? Eu me cuidava. Me apoiei no cotovelo e abri a gaveta do criado mudo, peguei a cartela do remédio e conferi, eu havia tomado todos, não falhei nenhum. Então fechei os olhos e lembrei da médica me avisando, logo que comecei a tomar o anticoncepcional, que nenhum método é cem por cento seguro, no caso das pílulas, elas tinham noventa e nove por cento de eficácia.

Minha ficha caiu, eu era aquele um por cento de chance da pílula falhar. E agora? Isso mudaria completamente o curso da minha vida e talvez eu não estivesse preparada. E como eu contaria isso para o Heitor? Como ele iria reagir? Provavelmente ele me deixaria...

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