“Heitor”
- Bom dia, família! – Entrei na cozinha bastante animado na segunda pela manhã e recebi em resposta um bom dia coletivo cheio de risos.
- Crianças, escovem os dentes depressa e vão, para não se atrasarem para a escola. – Samantha impôs marcha a Clara e ao Enzo.
- Vou esperar lá fora, crianças. – O Sr. Afonso colocou sua xícara na pia e saiu me dando um sorriso, acompanhado pela Maria.
- Bom dia, Rouxinol! – Abracei a Samantha e lhe dei um beijo lento.
- Bom dia, meu lindo! – Ela respondeu com os braços entrelaçados em meu pescoço e depois falou em meu ouvido:
- A casa é só nossa essa manhã.
- Vou colocar esses garotos pra fora depressa. – Me animei, mas ela me puxou para a mesa dizendo que me esperava para o café.
As crianças saíram às pressas e gritando despedidas ininteligíveis. Eu estava achando tudo isso bom demais, mas eu estava ansioso para ficar um pouco sozinho com a minha deusa.
Samantha e eu nos sentamos na sala e estávamos fazendo planos para a semana com as crianças no momento em que a campainha soou, Samantha foi abrir e Patrício entrou como se estivesse em sua própria casa.
- Bom dia, casal maravilha! – Patrício foi entrando e se jogou no sofá, estava com uma roupa menos formal e parecia descontraído como sempre.
- Você não trabalha não? – Perguntei já percebendo que ele ia estragar meus planos de ficar um pouco sozinho com a minha deusa.
- Ah, você e a Sam resolveram prolongar o feriado prolongado e eu gostei da idéia. Então também tirei a semana de folga. Mas a ruivinha está trabalhando. Eu estava em casa sozinho, sem ter o que fazer, aí resolvi vir pra cá. – Patrício falava com toda calma do mundo.
- E você acha isso uma boa idéia? – Perguntei vendo a Sam rir ao se sentar ao meu lado.
- Eu acho! Nada melhor que passar um tempo com os amigos. – Patrício sorriu e piscou pra Sam. – Mas, eu vim te chamar pra ir lá no Alê, ele também tirou a semana de folga.
- Eu tenho escolha? – perguntei um pouco irritado.
- Não! – Patrício abriu ainda mais o sorriso.
- Vou trocar de roupa. – Saí bufando escada acima.
Quinze minutos depois estávamos entrando na casa do Alessandro, que nos aguardava com cara de poucos amigos.
- Pensei que a Cat tivesse conseguido acabar com o seu mau humor, Alê. – Brinquei com o meu amigo que estava sério demais.
- Ela conseguiu, mas você e o Patrício vão me enlouquecer ainda. – Alessandro olhou pra nós dois e eu não entendi onde ele queria chegar, mas me dei conta de que essa reunião não era para jogar conversa fora.
- O que está acontecendo? – Perguntei já ficando impaciente.
- Então é isso, você me dá notícia. – Me levantei para sair.
- Ou, aonde você vai? – Alessandro perguntou.
- Voltar para a minha deusa enquanto as crianças ainda estão na escola. – Sorri e saí caminhando pelo condomínio.
Eu já estava quase chegando em casa, mas senti algo se pendurar em mim, era a praga da Isabella.
- Tchutchucooo! Como você se muda e não me avisa? Eu quero conhecer a sua casa, afinal é onde nós vamos morar quando nos casarmos, não é? – Isabella falava alto demais.
- Tá maluca, Isabella? Acho que você perdeu completamente o bom sendo! – Eu tentava me livrar dela, mas ela parecia uma jibóia, quanto mais eu me debatia, mais ela grudava.
Eu estava completamente atordoado. Se a Samantha visse isso eu estava ferrado! O Patrício tinha razão, nós precisávamos nos livrar dessas loucas. Mas eu nem conseguia fazê-la me soltar.
Mas do nada eu escutei a Isabella soltar um grito que parecia ser de dor e eu senti seus braços afrouxarem do meu pescoço. Ao restabelecer meu equilíbrio olhei pra trás e vi a Sam agarrada aos cabelos dela. Seria cômico se não fosse trágico.
- Ah, puta, hoje você me pegou psicologicamente surtada! Eu vou te ensinar a respeitar o homem dos outros! – Samantha gritava e puxava os cabelos da Isabella que tentava se soltar.
Peguei o telefone e enviei uma mensagem para o Patrício vir depressa com o Alessandro me ajudar. Eu não sabia se separava as duas ou se deixava a Sam dar uma lição naquela cobra.
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