Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 2

“Heitor”

Estávamos sentados na sala combinando um passeio e minha irmã fez uma chamada de vídeo para os filhos.

- Oi, mamãe! Onde vocês estão agora? – Clara atendeu com olhos brilhantes e inocentes, mas eu já não acreditava em tanta inocência.

- Oi, querida! Estamos em Madri, esperando a conexão. Vocês estão se comportando bem? – Hebe tinha uma expressão leve e relaxada.

- Eu sempre me comporto bem, mamãe. Já o Enzo, você sabe, é um garoto adolescente, não dá para esperar muito dele. – Clara falou com desdém, me fazendo sorrir.

- Deixa de ser ridícula, Clara. Eu sou um jovem educado, mãe. Sempre me comporto como um cavalheiro. – Enzo protestou.

- Ótimo, continuem assim para que a mamãe possa viajar mais vezes. – Meus olhos se arregalaram, ela mal tinha ido e já tinha planos de ir de novo. – Deixem eu falar com seus tios.

Sam e eu pegamos o tablet e conversamos um pouco com a Hebe e o Edu, mas eu senti um cutucão insistente nas minhas costelas, a Clara estava indócil, resolvi por fim logo a essa querela.

- Minha irmã, quero te pedir uma coisa. – achei melhor ser direto, seria mais rápido.

- Peça, Heitor. – Edu falava algo no ouvido da Hebe que a fez rir.

- Deixa eu dar um cachorro para os meninos? Eu compro tudo e pago todas as despesas. – Falei logo.

- Como a Clara te convenceu a me pedir isso? – Hebe era esperta.

- Hebe, um pet ajuda no desenvolvimento emocional da criança, cria um senso de responsabilidade, ajuda na redução de estresse e ansiedade, ajuda na socialização, ensina a criança a se concentrar... – Eu tinha lido isso em algum lugar meses atrás, logo que fiz o acordo com a Clara. – Acho que vai ser bom.

- É sério isso, Heitor? Discurso ensaiado? Não pensou em nada melhor? – Hebe reclamou.

- Hebe, por favor, considere um favor pessoal ao seu irmão. – Eu estava implorando, porque senão a Clara não me daria paz.

- Heitor, se eu permitir, você vai ficar me devendo. – Merda, dever pra Hebe era pior que dever para os dois pirralhos dela, ela costumava cobrar dividas como um agiota.

- Então, Clara, como você sempre sabe o que quer, vamos ser objetivos, qual a raça do cachorro que você vai querer? – Perguntei sabendo que ela tinha um plano, ela sempre tinha.

- Quero um SRD. – Clara falou simplesmente mordendo uma batatinha.

- Um o quê? – Perguntei sem entender.

- Um SRD, sem raça definida. – Eu olhava pra ela sem acreditar e ela bufou. - Tio, quero adotar um cachorro, não quero comprar.

- Eu achei que você ia querer um de raça, desses de madame e cheios de pelo. – Falei bem surpreso com a decisão dela.

- Não. Eu quero um amigo, tio, e amigo a gente não pode comprar. – Clara me surpreendia quase sempre. – Além do mais, tem tantos animaizinhos precisando de um lar, eu quero dar um lar para um que precise. E também acho feio esse negócio de comprar um cachorro como se eles fossem um objeto.

- Você é uma anã se fingindo de criança, não é? – Perguntei sério e todos começaram a rir. – Vamos a um abrigo adotar o seu amigo, já que é isso que você quer. – Os olhinhos dela brilhavam.

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