“Samantha”
Acordei com uma enorme dor de cabeça, isso que eu ganhei derramando um rio de lágrimas ontem, uma enorme dor de cabeça e olheiras. E um péssimo humor.
Cheguei na sala e o Heitor estava passando orientações para um batalhão de pessoas, eram os seguranças e funcionários da casa. Quando me viu, abriu um lindo sorriso e me estendeu a mão.
- Sam, bom dia! – Ele deu um beijo na minha cabeça e começou a me apresentar a todos os funcionários. Era muita gente.
Quando as apresentações terminaram todos se retiraram da sala e o Heitor me puxou em um abraço, que me confortou e melhorou um pouco o meu humor.
- Você está bem? – Perguntou em meu ouvido.
- Não muito. Estou com dor de cabeça e um mal estar que não sei explicar. – Resmunguei deitando minha cabeça em seu ombro.
- Ah, tadinha da minha deusa! – Heitor falou em um tom afetuoso que me arrancou um pequeno sorriso. – Vem, vamos tomar um belo café da manhã e depois você toma um analgésico. Vou ligar para o Alessandro e avisar que você não vai hoje.
- Eu vou sim! – Protestei.
- Mas você não está se sentindo bem. – Ele apontou como se isso pudesse me fazer mudar de idéia.
- E daí? – Perguntei em um tom crítico. – Eu não me sinto bem, mas ainda me sinto capaz de trabalhar!
- Tem certeza? – Heitor não ousou discutir, percebeu que eu estava meio mal humorada.
- Absoluta!
- Então vamos tomar café. – Saiu me puxando pra cozinha.
Meus olhos brilharam ao ver o bolo de chocolate sobre a mesa, comi uma enorme fatia com uma xícara de café e antes de sair para o trabalho tomei o analgésico.
- Sam, marca com a sua mãe e o Joaquim, precisamos falar com eles. – Heitor me lembrou quando me deixou no trabalho.
- Está bem, eu vou ligar pra ela. – Respondi. – Pode ser qualquer dia?
- Quanto antes melhor, Rouxinol. – Heitor me alertou. – É importante que eles também fiquem atentos.
Ele tinha razão. No início eu não estava dando importância às ameaças do Rômulo, mas agora que ele havia descoberto o endereço do apartamento eu fiquei preocupada.
Minha dor de cabeça não passava, eu estava incomodada e irritada. Na hora do almoço pedi algo pra comer no escritório, não estava animada a sair e estava muito impaciente. Aproveitei para ligar para minha mãe.
- Samantha, por onde você andou? – Minha mãe atendeu bem irritada.
- Ah, mãe desculpa. Aconteceu tanta coisa.
- Pelo que o Vini contou você estava pretendendo se reconciliar com o Heitor. O que aconteceu?
- Mas o Vini fala como uma matraca. – Sorri.
- O Vini apenas acalmou as minhas preocupações, já que eu não conseguia falar com você.
- Mãe, eu me reconciliei com o Heitor.
- Finalmente uma boa notícia! Gosto desse rapaz, Sam, e ele gosta muito de você.
- Eu sei. Ele quer conversar com você e o Joaquim, podemos marcar alguma coisa?
- Jantar na minha casa hoje. Espero vocês. Posso chamar o Vini?
- Nesse momento eu amo mais você do que o Heitor! – Falei a fazendo rir.
Nos sentamos com duas canecas grandes de capuccino e começamos a saborear aqueles deliciosos alfajores. Fechei meus olhos sentindo o chocolate na minha língua e o doce de leite suave se misturando com o sabor suave da massa de mel e nozes do biscoito. Era tudo o que eu estava precisando, um doce com chocolate.
- Huumm! Manu, você sempre sabe do que eu preciso. – Comentei enquanto levava a caneca a boca.
- Ah, Sam, quando que a gente não precisa de um doce? – Manu riu. – Como você está?
- Bem. Eu estou feliz, Manu. O Heitor é incrível e eu estava sofrendo sem ele. Eu o amo muito.
- Que bom! Ele é um cara bem bacana. Você merece!
- E você, Manuzinha. Resolveu aquela insegurança com o Flávio?
- Ai, Sam. As coisas estão difíceis. – Manu deu um suspiro profundo. – Mas eu estou totalmente apaixonada por ele. Eu amo o Flávio, Sam. É como se eu estivesse esperando por ele a vida toda. Não existe mais ninguém pra mim. Só de pensar que ele pode me deixar eu fico arrasada.
- Ih, tá lascada! – Comentei. – Manu, se é assim, enfrenta o que tiver que enfrentar por ele, mas não desiste. Você viu que eu quase me acabei longe do Heitor.
- Mas ele está muito estranho, Sam. Eu sinto que ele me ama, ele demonstra isso, mas tem algo acontecendo.
- Se você tem certeza que ele te ama, então conversa com ele, não dá pra ficar se roendo com a dúvida e a insegurança.
- Mas aí é que está, eu não quero que ele pense que eu sou imatura ou que vou ficar pegando no pé por qualquer coisa.
- Por isso você tem que conversar, para não ficar pensando bobagem.
- É... – Manu suspirou.
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