Chamas da Paixão romance Capítulo 312

- Coloque-me no chão, tenho muitos assuntos para tratar na minha empresa.

Nuno dirigia o carro sem interrupções, avançando pelas ruas sem parar nem um minuto, sempre com o sinal verde, como se até mesmo o trânsito desse lugar a sua sorte.

- Siga-me, e verá a verdade.

Nuno disse:

- Ou será que você simplesmente quer continuar vivendo na mentira?

Jane cerrou os dentes.

O carro deslizou suavemente para o edifício Grupo Gomes.

- Desça do carro.

Nuno abriu a porta com elegância, saiu primeiro, circulou o veículo e abriu a porta do lado de Jane:

- Claro, eu também posso carregá-la para fora do carro. - Ele brincou, ao ver que Jane não se movia.

Jane lançou um olhar intenso a Nuno, um olhar que fez Nuno sentir uma súbita hesitação, detendo rapidamente seus pensamentos. Em seu rosto bonito, o sorriso zombeteiro voltou:

- Por favor.

Ela desceu do carro, indiferente.

- Agora que chegamos a este ponto, não fuja.

Nuno liderou, brincando com a mulher que o seguia com passos iguais.

- Você se deu ao trabalho de me esperar no edifício do Grupo Pereira, como poderia me deixar ir e vir como quiser? - A mulher falou calmamente, seguindo Nuno.

Os dois entraram no elevador direto, e lá dentro, Nuno olhou para mulher com seriedade.

"A última vez que a olhei tão seriamente, quando foi? Parece ter sido há muito tempo."

A porta do elevador se abriu silenciosamente, e Nuno ficou momentaneamente perdido.

- Nuno, até quando vai olhar? - A mulher perguntou suavemente, com as sobrancelhas arqueadas.

Nuno se assustou, percebendo que a porta do elevador já estava aberta.

A mulher ao seu lado levantou o pé, prestes a sair do elevador.

Ele subitamente estendeu a mão para segurá-la:

- Você não está curiosa para ver o porquê eu a trouxe aqui?

- Não importa, Nuno. O que você planeja, eu poderia realmente escapar debaixo dos seus olhos?

Ela olhou com desprezo.

A zombaria em seus olhos fez o coração de Nuno encolher repentinamente:

- Então, por favor.

- Rafael te enganou!

Os olhos de Nuno brilharam com fervor!

- Cale a boca!

Na entrada da sala de conferências, de repente, estava "Rafael, com a mente revertida à de uma criança de oito anos!" As palavras de Nuno romperam tudo, e o homem dentro da sala, com raiva no coração, olhou para Nuno como se fossem "facas".

- Jane, deixe-me explicar.

O homem olhou nervosamente para a mulher do outro lado, com a boca seca.

Havia outras pessoas na sala de conferências, Sandro, Tiago, e alguns executivos de alto escalão do Grupo Gomes. O olhar de Jane passou por todos, mas parou na multidão, fixando-se em uma pessoa. Em três segundos, ela desviou o olhar, o escárnio em seus lábios tão rápido que quase ninguém o pegou, perdendo-se em seu rosto calmo.

Mas o homem na multidão da sala viu claramente o sorriso fugaz nos lábios da mulher. Ele apertou os punhos, seus olhos amendoados fixos nela.

Nesse momento, todos estavam olhando para Jane.

Tiago abriu a boca:

- Jane, Rafael não quis enganá-la intencionalmente.

- Ok, explique.

Sob o olhar de todos, a mulher não ficou furiosa e enfurecida como os poucos que sabiam o que esperavam. Ela apenas interrompeu calmamente a fraca defesa de Tiago, olhando calmamente para Rafael, suave e sem um pingo de raiva: “Ok, explique.” Ninguém poderia ouvir a menor sugestão de emoção em sua voz. Era tão calma.

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