CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 61

Eduardo vinha acompanhado por Nicolas, os dois se aproximavam, mas pelo semblante de Eduardo, era impossível discernir sua ira ou contentamento.

Ele parou diante de Renata, ergueu o seu queixo com a mão, e seu olhar sombrio e profundo pousou sobre o rosto da mulher marcado por uma mão, inchado e com o canto dos lábios ferido e ensanguentado.

Eduardo virou o rosto para encarar o Sr. Nicolas, que se mostrava culpado e evitava o contato visual, e sorriu com os lábios, enquanto uma voz baixa e suave emanava de sua garganta: “Sr. Nicolas, ao mexer com a minha gente, como pretende resolver isso?”

Isso significava que havia espaço para negociação?

O coração apreensivo do Sr. Nicolas voltou a se acomodar no peito, e ele disse sorrindo: “Vou ceder mais vinte por cento nos lucros...”

Observando a expressão imutável de Eduardo, ele disse entre dentes: “Trinta por cento, eu cedo trinta por cento do lucro.”

Seu coração sangrava com tal perda; trinta por cento do lucro significava mais de três bilhões – um prejuízo colossal!

Eduardo ordenou a Nicolas: “Traga o contrato.”

Quando Renata ouviu essas palavras, o seu coração cair...

Embora desde o incidente ela não nutrisse esperanças por esse homem, ao ouvir que ele usava a situação para negociar lucros, a decepção e o frio em seu peito eram inevitáveis.

Ela viu o sorriso do Sr. Nicolas, que representava desdém, desrespeito e uma arrogância sem remorso algum.

Como Renata poderia deixá-lo sair tão facilmente dessa situação?

“Eduardo, o Sr. Nicolas acabou de dizer que ele sustentou a sua querida Alice Silva. Dada a personalidade altiva e distante dela, imagino que tenha sido contra a vontade.”

Desde quando Alice Silva se tornou a querida do Sr. Adams?

Antes que o Sr. Nicolas pudesse entender o que estava acontecendo, Eduardo o derrubou com um chuto!

Eduardo era forte e seu choto lançou o homem corpulento vários metros para frente, provavelmente acertando o estômago, pois o Sr. Nicolas sentiu uma onda de náusea e vomitou imediatamente.

Além da comida da noite, havia sangue misturado ao vômito.

Eduardo caminhou calmamente até ele, seus sapatos brilhantes mal faziam ruído no tapete macio.

Mas o Sr. Nicolas não conseguia parar de tremer de frio, ajoelhado no chão, ele implorava por misericórdia.

“Sr. Adams, é um mal-entendido... Eu e a Srta. Silva não temos nada, eu apenas a vi de longe numa festa, eu não sabia do seu relacionamento com a Srta. Silva, ou não brincaria com ela nem que tivesse dez vezes mais coragem...”

Eduardo se aproximou, e o seu último golpe foi pisar nos dedos do Sr. Nicolas pressionados contra o tapete.

O Sr. Nicolas sentiu como se todos os ossos de seus dedos estivessem se quebrando, o suor frio brotava de sua testa e ele falava com respiração ofegante: “Eduardo, acabamos de assinar um contrato, teremos de trabalhar juntos a longo prazo, ver-nos-emos com frequência, porquê deixar um mal-entendido causar discórdia? Além do mais, eu realmente não fiz nada com a Srta. Silva!”

Nesse momento, Nicolas apareceu com o contrato: “Sr. Adams, o contrato.”

Eduardo olhou para o homem ajoelhado com um sorriso que não parecia um sorriso: “Parceria?”

Em seguida, com um som de “rasgar”, um grosso maço de contratos foi rasgado ao meio.

Ela não podia imaginar que apenas mencionar o nome 'Alice Silva' teria tanto poder. Eduardo nem mesmo questionou a veracidade, estava disposto a renunciar o dinheiro por ela. Ela pensou em como tinha se rebaixado por esse contrato, agindo como um enfeite por dois dias e suportando o desgosto de conversar com o Senhor Nicolas.

Ela se humilhou para pagar uma dívida de três bilhões e ainda foi manipulada e ameaçada por Eduardo. Simplesmente com um rumor, sem distinguir se era verdadeiro ou falso, ela conseguiu que ele voluntariamente sacrificasse centenas de bilhões por ela.

Comparado a isso, ela sentia que o seu papel como Senhora Adams era realmente frustrante!

Ela não continuou a observar, virou-se para Vinicius e disse: "Vinicius, você poderia me levar de volta para casa, ou então me emprestar o seu carro?"

A casa de campo de férias ficava na região periférica, onde era impossível pegar um táxi. Ela também não queria incomodar Viviana para buscá-la tão tarde, por medo de preocupá-la.

Vinicius desviou o olhar da confusão: "Vamos."

Quando viram que os dois iam embora, Eduardo deu alguns passos rápidos, segurou o pulso dela e olhou para o rosto inchado dela com uma voz tensa: "Eu levo-a. Você precisa de ir ao hospital para tratar desses ferimentos no rosto."

Renata balançou a cabeça, com um tom de voz sereno: "Não precisa de se incomodar, Senhor Adams."

Ela retirou a mão do aperto de Eduardo, mas como ele poderia permitir que ela fosse embora com Vinicius?

Ele disse, palavra por palavra: "Eu disse que te levaria. Não é necessário incomodar estranhos com isso. Vinicius veio com um amigo, não seria adequado ele te deixar para levar você embora. Além disso, ele não tem a obrigação de fazer isso."

Vinicius franziu a testa ligeiramente: "De aqui até Kyoto são apenas duas horas. Eu a levo e depois volto, não vai atrapalhar."

Eduardo olhou para Vinicius, franzindo a testa cada vez mais, como se estivesse contendo algo, ou como se no próximo segundo fosse explodir de raiva…

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