CASAMENTO PRIMEIRO,DEPOIS AMOR romance Capítulo 138

No dia seguinte, Renata foi acordada por uma série de toques de telefone. Por causa do que aconteceu na noite anterior, o Sr. Luís decidiu dar-lhe alguns dias de folga para que ela pudesse descansar em casa.

Quem ligava era a administração do condomínio, que com um tom cauteloso e tentando um sorriso conciliatório, disse: “Sra. Adams, há duas pessoas no portão que a querem ver, dizem ser o seu pai e a sua irmã.”

“Não quero vê-los.”, disse Renata.

Após dizer isso, Renata estava pronta para desligar quando a voz apressada de Diego soou do outro lado: “Renata, eu encontrei o telefone da sua mãe.”

“…”

Quando era jovem, ela estava tão triste com a suposta morte da mãe num acidente de carro que não tinha cabeça para pensar em posses materiais.

Depois, quando ela começou a suspeitar que algo não estava certo e quis procurar o telefone, descobriu que tinha desaparecido e nem as gravações da companhia telefônica estavam disponíveis.

Ela tinha perguntado a Diego, que disse nunca ter visto o aparelho, supondo que este tivesse desaparecido durante o acidente.

Agora, o telefone, desaparecido há tantos anos, ressurgia. Se Diego não estava a mentir, então a morte da mãe tinha alguma coisa a ver com ele; por isso ele teria guardado o celular, escondendo-o dela.

Renata falou com uma voz gelada: “Deixe-os entrar.”

Com seguranças presentes, eles não seriam capazes de fazer nada, mesmo que tivessem alguma intenção.

Dez minutos depois, Diego apareceu com Rita.

Quando viu a mulher magra como um bambu que mal reconheceu que era Rita, com a pele pálida e amarelada e manchada, Renata quase não acreditou. O mais surpreendente era que Rita, que sempre gostou de se comparar a ela em todos os aspectos, hoje não estava maquiada.

Assim que entrou, Diego repreendeu com voz severa: “Ajoelhe-se!”

Renata inicialmente não sabia a quem ele se dirigia, até ver Rita ajoelhar-se abruptamente diante dela, percebendo então que Diego faria a sua filha mais querida se ajoelhar na sua frente.

Ela deu um passo para o lado. Embora detestasse Rita, não gostava de ser venerada dessa forma.

“Eu ainda não estou morta. Agora é cedo demais para reverências. Se tem algo a dizer, fale diretamente, sem essas formalidades.”

“Essa filha ingrata, eu a entrego a você hoje para disciplinar, Renata. Você não precisa de ter piedade. Deixe-a ajoelhar até que você esteja satisfeita.” A pessoa que falava era Diego, com uma voz cheia de raiva que fazia os ouvidos de Renata zumbirem. Ela tinha sofrido dois grandes choques na noite anterior e só conseguiu dormir quando já era quase de manhã. Agora, os efeitos da insônia estavam todos aparecendo, com tontura e fraqueza nos membros.

Ela franziu a testa e se afastou de Diego: "O que ela fez de errado para você trazê-la aqui para se desculpar tão cedo de manhã?" Renata tinha uma ideia do que tinha acontecido.

As pessoas na noite passada eram incompetentes demais; qualquer um com um mínimo de conexões não contrataria tais "ajudantes".

Olhando para Rita ajoelhada, com uma expressão de desafio, Renata sentiu-se um pouco distraída.

Diego realmente amava a sua filha Rita, caso contrário, ele não teria deixado de lado o orgulho para trazê-la aqui para se desculpar, dizendo que Renata poderia puni-la à vontade. Era apenas uma questão de escolher entre ela e Eduardo, pensando que Renata não seria tão dura.

Involuntariamente, Renata pensou nos acontecimentos da noite anterior... e teve que admitir que não era capaz de ser tão implacável quanto Eduardo.

Diego olhou furiosamente, com um olhar de desapontamento, e disse: “Essa filha ingrata, ela ousou contratar pessoas para assustar a sua própria irmã, é uma maldade sem limites! Hoje eu a castigarei até à morte, não tente me impedir!”

Ao ouvir isso, Renata deu um grande passo para o lado, deixando espaço suficiente para ele agir.

Diego: ...

Ele só queria fingir, mas agora que estava numa situação difícil, teve de dar um forte estalo no rosto de Rita. Um som de 'estalo' foi ouvido, e só de escutar dava para sentir a dor, imaginando a force que ele usou.

Renata sorriu levemente: “Ela não contratou pessoas para me assustar, mas sim para me matar. Se você já sabia que foi ela quem os contratou, não sabia que eles trouxeram facas?”

Após o escândalo, nenhuma empresa queria contratá-la, e ela estava confinada em casa todos os dias, sem ter para onde ir.

Diego repreendeu com voz fria: "Cala a boca!"

Renata discou o número de Eduardo na frente deles e colocou no viva-voz.

Quando a chamada foi atendida, a voz fria do homem soou: "O que foi?"

Essa voz, essa sensação... Era totalmente diferente do louco que quase a forçara na noite anterior.

Essa realização deixou Renata atordoada por um momento; será que ele tinha transtorno dissociativo de identidade?

A diferença entre estar de terno e sem terno era como a de um humano para um animal selvagem!

O silêncio dela deixou Eduardo impaciente: "Renata, fale."

O incidente da noite passada deixou nela um grande trauma psicológico. Com a voz tensa e a espinha ereta, mesmo através do telefone, ela temia que Eduardo pudesse pular na frente dela no segundo seguinte.

"O incidente de ontem à noite, não é preciso investigar mais, vamos deixar assim."

Vendo o quão ansioso Diego estava, Eduardo provavelmente estava perto de descobrir quem estava por trás de tudo.

Do outro lado da linha, não houve resposta, e até o som de folhear papéis desapareceu completamente.

Após um momento, a voz do homem, repleta de raiva contida, soou novamente: "Renata, você sabe o que está a dizer?"

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