A mão de Luke segurava a xícara de chá quente, embora o vapor ascendente não o acalmasse. Em um acesso repentino de raiva, ele bateu a xícara na mesa. O líquido espirrou pela superfície.
"Eu sou exatamente igual ao meu pai! Se eu não sou seu filho, então quem sou eu?" Sua voz quebrou enquanto ele olhava em volta da sala, procurando respostas.
Carter virou seu olhar afiado para Anna. "Você deve saber de algo. Conte a ele."
Anna envolveu seus braços firmemente ao redor do estômago, instintivamente protegendo a vida que crescia dentro dela. Ela não se importava com Luke.
Seus olhos caíram, e sua voz saiu em pouco mais do que um sussurro. "Eu não sei de nada."
Os Sanders, que tinham sido observadores silenciosos, trocaram olhares arregalados. A conversa tinha tomado uma reviravolta repentina e dramática, e nenhum deles esperava por isso.
O rosto de Adam, ainda pálido de choque, mudou quando um pensamento o atingiu. "Pai ... poderia ser ...?"
A expressão de Jeffrey era sombria, mas ele assentiu. "Sim. Seu pai tinha um irmão gêmeo idêntico. Se as coisas tivessem sido diferentes, você poderia ter crescido com ele. Mas você foi trocado ao nascer, e é por isso que você se parece com seu tio."
Assim como eu, Luke estava confuso. Nem mesmo Carter sabia sobre aquele homem. Luke sabia que seu tio morreu jovem, mas além disso, ele estava no escuro.
"Vovô, você está falando daquele tio?" Luke perguntou cautelosamente. "Ele não morreu anos atrás?"
"Todos pensamos que ele tinha ido embora. Mas ele não tinha. Ele sobreviveu. E pelo que descobrimos, ele esteve orquestrando coisas nos bastidores, incluindo a troca entre você e seu primo."
A compostura de Adam se desfez. Momentos atrás, ele tinha sido um espectador externo ao drama, mas agora ele estava no centro dele. O peso da revelação pesava sobre ele.
"Pai, você não pode estar falando sério," Adam disse, sua voz tremendo. "Você não brincaria com algo assim ... certo?"
A expressão de Jeffrey endureceu. "Eu pareço estar brincando? Carter descobriu que Silas é um Bolton. Um teste genético confirmou isso - ele é seu filho."
Adam ficou paralisado, sua respiração presa na garganta. Memórias das palavras duras que ele havia lançado contra Silas passaram por sua mente. As acusações cruéis. As maldições. A amarga ironia de tudo isso o atingiu com força esmagadora.
"Onde ele está?" Adam finalmente perguntou, a pergunta mal audível. Ele sabia agora que não poderia haver mentiras nesta sala - sem trapaças.
Os anos que ele passou sem saber de seu filho pairavam sobre ele, e tudo o que ele queria era ver Silas.
Jeffrey suspirou e fez um gesto em direção à porta. "Traga-o."
A sala ficou em silêncio. Todos os olhos se voltaram para a entrada. Anna, que tinha estado retraída e distante, de repente se sentou mais ereta, sua atenção se estreitando.
Dois homens carregaram Silas em uma maca. Seu rosto, anteriormente obscurecido, agora estava à vista. As lesões que ele carregava eram inconfundíveis, tornando-o pálido e frágil.
Anna correu para frente, abandonando toda pretensão. A verdade estava revelada, e ela não tentava mais esconder suas emoções.
"Silas! Você está bem?" Sua voz rachou enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.
O braço de Silas se contorceu, como se tentasse alcançá-la, mas se recusava a obedecer. Apenas um som fraco e quebrado escapou de sua garganta, preenchendo o silêncio pesado na sala.
"O que há de errado com ele? Por que ele não consegue falar?"
A cabeça de Anna se ergueu, seu rosto marcado por lágrimas contorcido de raiva enquanto ela se virava para nós. Sua voz subiu, afiada e acusadora. "O que vocês fizeram com ele?"
"Não fomos nós," alguém disse firmemente. "Ele arrancou a própria língua."
A mão de Anna voou para a boca, sua expressão desmoronando enquanto novas lágrimas caíam. Elas caíam em gotas constantes, pousando no rosto marcado de Silas, traçando caminhos através da sujeira e do sangue.
Eu já tinha visto Anna chorar antes, mas sempre foi calculado, uma performance destinada a influenciar o coração de alguém ou ganhar simpatia. Desta vez era diferente. O pesar que transbordava dela era genuíno, cru de uma maneira que eu não achava que ela fosse capaz.
"Por quê?" Ela sussurrou, sua voz se quebrando. "Por que você faria isso a si mesmo?"
Ela afundou-se no peito de Silas, agarrando-se a ele enquanto soluços sacudiam seu pequeno corpo.
Adam deu um passo mais perto, sua expressão dividida entre incredulidade e tristeza. Seus olhos se fixaram na forma machucada de Silas, e sua mão tremia enquanto apontava. "Ele é realmente meu filho?"
A pergunta pairou no ar, pesada e sem resposta, até que Carter interveio. Sua resposta foi clara, cortando a tensão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Casamento de Arrependimentos e Revelações
Meu Deus quando eles vão ser feliz...
Não terá mais atualização??...