“Não precisa ficar tão tenso, fique à vontade para se sentar.”
Otilia Salazar sorriu, “Yves é seu pai?”
“Sim, exato.”
Após o choque inicial, Otilia Salazar ficou sem palavras.
O que Yves estava pensando?
Ele estava tentando arranjar um par para ela?
Ela estava ali para buscar uma parceria, não para ser oferecida em casamento.
“Qual é o seu nome?”
“Otilia Salazar.”
“Otilia Salazar?” Quirino murmurou baixinho, “Esse nome me soa familiar.”
Quirino tentou se lembrar, mas não conseguiu.
Sua mente deu voltas, mas ele não conseguiu pensar em nenhuma família influente da Cidade P com esse sobrenome. Talvez fosse de outra província, filha de algum tio ou primo.
Quirino teve que admitir, a moça à sua frente era mais bonita do que todas as que ele tinha visto antes, agradava ao seu gosto. Ele estava de fato interessado em tentar.
Casar-se com uma mulher bonita como ela deveria ser algo bom.
Os dois conversaram educadamente, até que a porta do camarote foi aberta novamente e Yves entrou, vendo seu filho conversando animadamente com Otilia Salazar, entendeu tudo.
Nunca tinha visto seu filho tão comportado.
Yves tinha intenções de arranjar Otilia Salazar para seu filho.
A filha da Família Valentim seria uma boa nora, estava à altura, seria uma união adequada.
“Senhor Maia.”
Otilia Salazar se levantou para cumprimentá-lo.
“Srta. Valentim.” Yves sinalizou para que ela se sentasse, “Não precisa ser tão formal. Eu e seu pai somos velhos conhecidos, você pode me chamar de Tio Maia.”
Otilia Salazar aproveitou a deixa, “Tio Maia.”
“Meu filho, você já conheceu. Ele se chama Quirino, é quatro anos mais velho que você. Não se engane pela idade, ele não é lá muito realizado. Espero que você possa ensiná-lo um pouco.” Yves disse de maneira afável, como se fosse um pai falando com a vizinhança.
Uma presença mais temida que uma tigresa.
Não, algo ainda mais aterrorizante.
“Tio Maia, sobre aquele terreno, qual é o seu plano de desenvolvimento?” Otilia Salazar começou a falar de negócios.
Yves perguntou em resposta: “Você tem alguma boa ideia?”
Ele estava curioso para ouvir o que a jovem tinha a dizer.
“Para não esconder de Tio Maia, eu estava planejando deixá-lo lá por enquanto. Esperar alguns anos antes de agir. Esse é o plano atual, já que não tenho fundos suficientes para operá-lo. Claro, se Tio Maia tiver uma boa ideia, ficarei feliz em participar.”
Yves ficou um pouco surpreso, a moça não pretendia desenvolver o terreno, mas sim acumulá-lo.
Há limites para acumular terrenos, no máximo por três anos, se não começarem a construir dentro desse tempo, pode ser retomado. Ele via com bons olhos o mercado imobiliário, naturalmente sabia que ela poderia lucrar muito vendendo depois de três anos.
Era uma estratégia segura, não muito brilhante, mas decente.
Quirino, calmamente, fez papel de um belo jovem, ouvindo um mais velho e um mais jovem discutirem as perspectivas futuras do mercado imobiliário, e não pôde evitar de soltar uma risada.
Quirino notou que o olhar de seu próprio pai em direção a Otilia Salazar tornava-se cada vez mais brilhante, quase como se desejasse levá-la consigo para torná-la sua própria filha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Através de montanhas e mares para a abraçar
Estou adorando a história. Daria para postar mais de 5 capítulos diários?...
Quando vai ter mais capítulos? História é boa....