Desde que Natan visitou o Restaurante Samsara, o negócio floresceu. Para oferecer um ambiente ainda melhor aos clientes, Otilia Salazar começou a planejar a abertura de um segundo estabelecimento.
Paulina Estrela a acompanhava, enquanto ambas exploravam possíveis locais nas principais áreas comerciais.
Otilia Salazar não estava satisfeita com nenhum deles.
"Acho que a região do Distrito Leste seria uma boa opção", sugeriu Paulina.
"É bom, mas não é o melhor."
Elas continuaram sua busca, saindo do centro e se afastando cada vez mais, até chegarem a um terreno baldio e desocupado, o que foi uma surpresa.
"O que é aquilo?", Otilia Salazar perguntou, apontando para o terreno vazio à distância.
Paulina não sabia.
Foi então que o motorista à frente falou: "Aquilo era uma estação de tratamento de resíduos. A estação foi relocada, deixando o terreno desocupado."
"Vamos lá dar uma olhada."
O motorista e Paulina não entenderam por que ela queria ir lá, mas obedeceram e estacionaram o carro ao lado da estrada.
Otilia Salazar desceu do carro, caminhando pela lama, observando a área cercada e o local de construção que já estava em andamento.
"O que tem de especial aqui?", perguntou Paulina.
Otilia Salazar não respondeu, pois ainda não estava certa se tinha se enganado quanto ao local.
Ela se aproximou da entrada de um canteiro de obras, onde um trabalhador as viu e veio interceptá-las.
"Não podem entrar, é muito perigoso lá dentro devido à construção", o segurança na entrada as deteve.
Otilia Salazar perguntou: "Segurança irmão Rouque, me diga, estão construindo um shopping ou um complexo residencial aqui?"
"Um projeto de habitação popular."
"Qual o nome?", insistiu Otilia Salazar.
"Mirante do Vale."
Era mesmo o Mirante do Vale.
Paulina esforçou-se para ver, mas não conseguiu entender o que havia de tão especial naquele terreno.
"Quanto dinheiro você tem?", perguntou Otilia Salazar.
Embora estivesse longe do centro da cidade de Cidade P e fosse considerado um local bastante isolado e rural, em comparação com outros terrenos em Cidade P, era barato, mas ainda assim mais caro do que em outras regiões. Comprar este terreno exigiria uma quantia significativa de dinheiro.
Pedir dinheiro a Paulina não era por precisar daquela quantia específica, mas sim para oferecer a ela a oportunidade de investir e compartilhar os lucros.
"Quanto você precisa?"
"Quanto você tem?"
"Não muito, talvez mais de um milhão. Se você precisar de muito, posso vender algumas das minhas bolsas e joias", disse Paulina abertamente.
"Não será necessário. Dê-me o que você tiver."
"Para que você precisa de tanto dinheiro?", perguntou Paulina, curiosa.
Será que era para cobrir os custos da abertura do segundo restaurante?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Através de montanhas e mares para a abraçar
Estou adorando a história. Daria para postar mais de 5 capítulos diários?...
Quando vai ter mais capítulos? História é boa....