"Que pena," murmurou Otilia Salazar em voz baixa.
Não estava claro se ela lamentava a morte precoce da Senhorita Lacerda ou a incapacidade da Família Lacerda de eliminar seus inimigos por completo.
No segundo subsolo do museu de tecnologia, Philipe e Otilia Salazar saíram do elevador.
"Bang, bang, bang"...
O som de batidas vinha do fundo do corredor, e a pessoa dentro do quarto, ao ouvir passos, rastejou animadamente até a porta, pois não tinha forças para andar.
A porta se abriu, e Lorena Barreto olhou para os dois com os olhos cheios de lágrimas.
Ela pensou que iria morrer, deixada para morrer de fome.
"Comida, me dêem comida."
Philipe colocou a caixa de comida no chão, e Lorena, sem esperar, abriu-a. Desesperada, ela começou a devorar os bolinhos de arroz com as mãos, sem se preocupar em usar talheres.
Dez minutos depois, Lorena soltou um arroto satisfeito, sentindo-se revigorada, e deitou-se no chão, imóvel.
"Por favor, não esqueçam de me alimentar novamente," implorou Lorena com um olhar lastimável, agora que tinha alguma força de volta.
Depois de experimentar a fome, ela nunca mais queria passar por isso novamente; era uma sensação pior que a morte.
Otilia Salazar ignorou-a, aproximando-se para pegar um tufo de seu cabelo.
Lorena, assustada, perguntou: "Você, o que vai fazer?"
"Ploc"...
Otilia arrancou algumas mechas de cabelo e as guardou em um saco.
"Estenda a mão," ordenou Philipe.
Lorena não se atreveu a desobedecer e estendeu a mão. Philipe pressionou-a em um molde, que tomou forma após um minuto.
Observando suas ações, Lorena percebeu o que estavam fazendo.
Não é de se admirar que não a tivessem eliminado; ela ainda tinha valor para eles.
De repente, sentiu-se mais confiante.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Através de montanhas e mares para a abraçar
Estou adorando a história. Daria para postar mais de 5 capítulos diários?...
Quando vai ter mais capítulos? História é boa....