"Eu realmente não me enganei; você, vestida de baiana, está deslumbrante."
O homem elogiava sinceramente, criando uma atmosfera sutilmente ambígua nesse espaço fechado.
Refletindo sobre os eventos do dia, Jéssica Rocha sentia uma gratidão genuína por ele.
Com o motorista ainda à frente, ela, com as bochechas coradas, sussurrou: "Obrigada."
A mão longa do homem, de maneira gentil, acariciou a suavidade de sua cintura, enquanto o calor da sua respiração fluía perto de seu ouvido. “Como você pretende me agradecer?”
O corpo suave de Jéssica Rocha se encaixava no abraço amplo dele, ela até conseguia sentir o batimento cardíaco forte e firme dele.
Comparado ao seu próprio batimento desordenado, ele era como o mar: profundo e sereno, capaz de acolher tudo o que ela era.
Ele havia cuidado da criança, um feito imensurável, que também fez Jéssica Rocha rever seus preconceitos sobre capitalistas.
Sem resistir ao abraço, ela virou o rosto corado e lhe deu um beijo na bochecha.
Era um gesto sincero de querer estar perto dele, a resposta para aquela pergunta não precisava mais ser dita, ela entendeu.
Ele e Edson Galvão eram completamente diferentes.
Devido à presença de outras pessoas, ela não disse muito.
Felipe Garcia soltou uma risada suave. “Isso é uma forma de agradecimento? Receio que o pano de envolver pés da Dona Maria na entrada da vila seja mais caloroso do que você.”
Ao ouvir isso, Jéssica Rocha passou os braços ao redor do pescoço dele, os lábios encontrando os dele.
Desde aquela noite no hotel, eles não haviam se entregado completamente um ao outro.
Como brasas ainda incandescentes, bastava uma brisa para reacender a chama que ardia mais forte do que nunca.
E essa chama arderia mais forte do que nunca.
Nesse jogo de sedução, ele havia vencido. Após experimentar o sabor de seus lábios, Jéssica Rocha ansiava por mais.
Eles se entrelaçavam com uma paixão avassaladora, como amantes consumidos pelo desejo, com a loucura da intimidade fazendo Jéssica esquecer o mundo ao seu redor.
Para ser precisa, desejava o corpo de Felipe Garcia.
Nesse jogo de caça, ele havia vencido.
Após experimentar seu sabor, Jéssica Rocha saboreava o gosto por mais.
Eles se entrelaçavam com paixão, como amantes embebidos em desejo, a loucura da intimidade fazendo Jéssica Rocha esquecer onde estavam.
Até que o carro freou bruscamente, separando-os. Jéssica Rocha foi jogada para frente, mas logo foi puxada de volta para os braços dele.
O jovem motorista estava quase chorando, tremendo, disse: "Senhor Presidente Garcia, aconteceu um acidente à frente."
Felipe Garcia, consciente de que não era mais um jovem inexperiente, quase perdeu o controle com o beijo dela.
"Hmm," ele respondeu roucamente, "Vamos desviar."
Levou três segundos tentando desfazer a fivela sem sucesso e perdeu o equilíbrio, caindo para frente.
Felipe Garcia, aproveitando a situação, envolveu um braço ao redor da cintura de Jéssica Rocha, levantando-a gentilmente e colocando-a sobre seu ombro.
Desta vez, ele deu a Jéssica Rocha algum espaço para se ajustar, permitindo que ela apoiasse o cotovelo em seu ombro, evitando que se sentisse tão desamparada quanto na última vez.
O barco balançou intensamente, agitando-se na superfície da água.
"Ah!"
Com uma mão, ele a segurava firme; com a outra, pegou seu próprio casaco. A posição em que ele a carregava fazia com que sua adrenalina disparasse.
Não como Jéssica Rocha, que tinha dificuldade em se equilibrar, Felipe Garcia conseguia andar pelo barco com facilidade, mesmo carregando-a em um só braço.
Jéssica Rocha, por algum motivo, sentiu-se como se estivesse sendo raptada por um bandido robusto e áspero, carregando uma dama delicada para a noite de núpcias ao cair da noite.
Enquanto pensava nisso, Felipe Garcia inclinou-se para abrir a cortina com o cotovelo e entrou.
As cortinas dos dois lados do barco, combinadas com o cair da noite, tornavam o interior escuro.
Jéssica Rocha viu o suor no pescoço de Felipe Garcia, fazendo com que a atmosfera que ela imaginava se intensificasse ainda mais.
A perspectiva do que poderia acontecer logo a deixou nervosa, sua boca secou, e até seus ossos pareciam amolecer.
Com o peso que havia sido tirado de seus ombros, ela mal podia esperar pelo que viria a seguir...
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