Ardentes Laços do Desejo romance Capítulo 68

Jéssica Rocha resignou-se e fechou os olhos.

Na sua mente, uma única verdade ecoava: homens são todos iguais. Todo o esforço, todas as palavras doces, tudo não passava de um jogo pelo seu corpo.

À medida que a última peça de roupa íntima era retirada, a água da banheira alcançava a cintura de Jéssica Rocha.

A superfície leitosa da água estava coberta por pétalas de rosa, criando uma barreira sutil entre Jéssica e o mundo, uma visão provocante, porém reservada, como se ela se protegesse dos olhares invasivos.

No entanto, o homem não tocou seu corpo, apenas aplicou espuma em sua cabeça e lavou seus cabelos.

Esse ato inesperado surpreendeu Jéssica Rocha.

"Deite-se e feche os olhos."

Sem resistir, Jéssica se deitou, sentindo as pontas dos dedos dele massageando seu couro cabeludo. O toque era cuidadoso, diferente de qualquer experiência anterior, e ela se surpreendeu com o quanto seu corpo tenso começava a relaxar sob aquele gesto quase terapêutico.

Gradualmente, seu humor foi suavizado pelo aroma agradável, e quando a água morna lavou a espuma de seu couro cabeludo, parecia levar embora todas as suas preocupações.

Na temperatura ideal da água, Jéssica Rocha sentiu-se flutuar, como se estivesse em um jardim de rosas.

Um lugar onde o vento era gentil, o céu vasto e azul, e, pela primeira vez em muito tempo, não havia mentiras. Apenas liberdade.

Vendo Felipe Garcia saindo na ponta dos pés, Jéssica Rocha sentiu-se um tanto desapontada, ele realmente não a tocou.

Ela teria entendido errado?

Com o fechar da porta, o rosto de Felipe Garcia, antes sereno, endureceu. Sua expressão fria se transformou em uma máscara de gelo, exalando uma hostilidade silenciosa

Ele fez uma ligação, "Verifique os movimentos da Profa. Rocha esta noite."

E acrescentou, "E também de Edson Galvão."

Do outro lado da linha, Matheus Navarro assentiu, "Entendido."

Jéssica abriu os olhos para encontrar o espaço vazio ao seu redor. Ele já não estava mais lá.

Sua pele estava enrugada de tanto ficar na água, Jéssica se lavou com água limpa.

Ao levantar a cabeça para pegar uma toalha, percebeu que o banheiro estava cheio de novos itens.

Por exemplo, um roupão rosa pendurado, contrastando visivelmente com o roupão cinza claro masculino ao lado, como um pássaro apoiado ao lado de um homem.

Na prateleira, havia vários chinelos.

Jéssica Rocha olhou para a fileira de chinelos — de dedo, de seda e de pelo branco.

Jéssica escolheu um par que se encaixava perfeitamente, sem folga.

Até o roupão pendurado era de seu tamanho exato, envolto em um conforto que parecia um convite silencioso.

Os produtos de higiene no balcão não eram mais amostras, estavam cheios de itens de marcas de luxo, todos ainda selados.

Um hidratante corporal com aroma de rosas estava no lugar mais visível.

Ao lado, havia uma tigela de sopa de mondongo, que parecia ter sido cozida por horas. Aparentemente leve, mas conservava perfeitamente o sabor dos ingredientes.

Alguém disse que a comida pode curar o coração, e Jéssica Rocha nunca acreditou nisso, mas agora ela acredita.

Seu coração não parecia tão vazio.

Especialmente depois de tomar uma sopa de mondongo, ela se sentia toda aquecida.

"Parece que você gostou bastante da comida do meu cozinheiro."

Felipe Garcia apareceu atrás dela sem que ela percebesse, demonstrando uma velocidade ao tomar banho bem superior à das mulheres.

Seu cabelo ainda pingava água, sem gel para segurá-lo, caía naturalmente, perdendo um pouco da dignidade e elegância, mas ganhando em acessibilidade.

Jéssica Rocha havia comido dois terços do prato e bebido quase toda a sua sopa de mondongo, uma quantidade raramente consumida por ela em outras ocasiões.

De repente, seu rosto pequeno ficou rosado e um pouco embaraçado, ela disse: "Hmm, estava delicioso," disse, tentando esconder o constrangimento por detrás de um sorriso tímido.

"Que bom que gostou. Está chovendo muito lá fora, se estiver cansada, fique à vontade para passar a noite aqui. Eu ainda tenho uma videoconferência mais tarde, fique à vontade."

Quando ele estava prestes a se dirigir ao escritório, Jéssica, quase sem pensar, segurou a manga de sua camisa, prendendo-o naquele momento.

Ela não queria mais continuar adivinhando e exigiu que Felipe Garcia lhe desse uma resposta direta.

Seu olhar era claro, e seu rosto sério: "Felipe Garcia, você não acha que já é hora de me dar uma resposta para aquela pergunta?"

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