Desde o início, com exceção da primeira conversa que foi um pouco áspera e precipitada, Felipe Garcia sempre demonstrou uma atenção notável para com ela.
Observando aquele homem robusto demonstrar tanta gentileza nesses aspectos era algo particularmente encantador.
Foi essa combinação de robustez e sensibilidade que a fazia se sentir cada vez mais dependente dele. Se não fosse pela sua posição e status, ela teria hesitado em se separar tão facilmente desse companheiro de noites.
Encostada em frente ao espelho do banheiro, Jéssica Rocha respirava pesadamente.
O som contínuo da água correndo preenchia o espaço, enquanto Felipe Garcia lavava as mãos com uma calma meticulosa, secando os dedos com uma toalha com uma elegância refinada.
Então, Felipe Garcia a levou até a varanda.
A brisa da noite soprava, trazendo uma temperatura nem fria nem quente, perfeita para dissipar o calor que ainda persistia em seus corpos.
Quando ela tentou se levantar, Felipe gentilmente a pressionou pelos ombros para que permanecesse sentada. Jéssica olhou para ele com uma expressão de confusão, "O que você está fazendo?"
Felipe Garcia pegou o celular em uma mesa ao lado, desbloqueando-o com sua digital.
Jéssica, por instinto, desviou o olhar, respeitando a privacidade que considera essencial em um relacionamento maduro.
"Vem cá," ele disse, indicando para ela se aproximar.
Obediente, Jéssica Rocha baixou a cabeça para olhar a tela do celular, curiosa sobre o que ele queria mostrar.
Os dedos longos e ágeis de Felipe tocaram o ícone do WhatsApp, navegando até o seu próprio avatar. A percepção de Jéssica de sua intenção se tornou clara.
Ela queria fugir.
Com uma mão em sua cintura e a outra guiando seus dedos pela tela, ele sussurrou perto de sua bochecha: "Veja o que quiser."
"Eu só toquei sem querer; não estou particularmente interessada no seu Status do WhatsApp," afirmou Jéssica, suas bochechas corando intensamente.
A risada baixa dele soou ao seu lado, claramente descrente.
Sem muita escolha, Jéssica Rocha cedeu e acessou o Status.
O que encontrou foi surpreendentemente simples. Ao invés das esperadas promoções de produtos ou exibições de luxo, havia apenas imagens – algumas do mar azul profundo, outras do céu límpido ou da neve imaculada.
Havia apenas fotos, sem textos.
Às vezes, o mar azul profundo, outras vezes, o céu límpido, ou a neve branca como algodão.
"Isso foi tirado durante suas viagens?"
Jéssica Rocha não entendeu completamente, mas seu instinto lhe dizia para manter distância desse homem; ele era perigoso demais.
Para evitar prolongar a noite, ela tomou a iniciativa.
Como uma sedutora, aproximou-se dele, suas mãos esbarrando casualmente em uma longa cicatriz visível em seu peito.
Ao tocar suavemente, ela sentiu uma estranha familiaridade, como se já a tivesse visto em algum lugar.
"Está ventando lá fora; talvez devêssemos nos deslocar para dentro?" Ela insinuou, usando um tom que parecia irresistível para qualquer homem.
Esse tipo de manha é algo que nenhum homem consegue recusar.
O corpo é suavemente colocado na grande cama, ela se senta, inclinando-se ligeiramente para trás, dobrando uma perna.
Felipe Garcia fica ao lado da cama, olhando-a profundamente, mas seus olhos parecem desprovidos de desejo.
Como isso seria possível?
Um homem que, a cada encontro, parece querer devorá-la completamente, como ele poderia permanecer indiferente?
Jéssica Rocha morde o lábio e, sussurrando em seu ouvido, diz: "Meu querido, esta noite vou te oferecer algo especial."
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