À noite, Delfina não a fez dormir no aquário de verdade. Em vez disso, a conduziu até o quarto de hóspedes.
Aquele quarto ainda estava por estrear, e Carla rolou na cama como um cachorro marcando território, para depois se acomodar serenamente com as mãos cruzadas sobre a barriga.
"Não me acorde amanhã, vou dormir aqui por três dias e três noites."
Delfina voltou para o seu quarto. Antes de dormir, ela verificou seu celular e viu uma mensagem de Adélia.
[Eu realmente espero que você venha, do fundo do meu coração. O Thales certamente quer que você esteja lá também.]
No sábado à tarde, Delfina vestiu roupas leves de caminhada e, com uma mochila nas costas, desceu as escadas e encontrou Thales e Rodrigo esperando por ela.
Era a vez de todos se reunirem. Adélia também estava levando alguns amigos. Vários carros se alinharam, todos cheios.
Adélia, no banco do passageiro ao lado de Thales, disse a ela: "Fina, o amigo do Thales está no nosso carro, você pode ir no carro do meu primo."
O vidro traseiro se abriu, revelando um casal de aparência notável.
O homem era amigo de Thales, um diretor do Banco Horizonte que Delfina havia conhecido por intermédio de Thales. Sua nova esposa era a herdeira da Família Pacheco, de São Paulo.
"Gregório, Kaela." - Ela os cumprimentou educadamente antes de caminhar até o outro carro.
Alfredo estava dirigindo o Cullinan, e Delfina, ao vê-lo, ainda sentiu um certo desconforto. Sem hesitar, decidiu ignorar o assento do passageiro e seguiu direto para os bancos de trás.
Ela subiu no banco de trás, afivelou o cinto de segurança e, quando levantou a cabeça, acidentalmente encontrou o olhar de Alfredo no espelho retrovisor.
Ele estava usando uma jaqueta preta com gola alta, o que tornava seu contorno ainda mais marcante e incisivo.
Alfredo estava mastigando um doce, olhando casualmente para ela pelo espelho.
"Estou parecendo seu motorista?"
Delfina respondeu: "Hoje não estou me sentindo bem, prefiro ir atrás."
"O que há de errado com você?" - perguntou Alfredo.
Delfina: "Tudo."
Alfredo riu de repente.
Delfina não entendeu por que ele estava rindo e continuou olhando pela janela.
Alfredo segurava o volante com uma mão, enquanto a outra apoiava no vidro da janela. Ele quebrou o doce duro entre os dentes, e o som seco e abafado espalhou pelo carro, deixando no ar um leve aroma de laranja.
"Onde você conseguiu esse doce?" - Rodrigo vasculhou o porta-luvas em vão.
Alfredo apontou para trás com o queixo: "Pergunte à princesinha."
Delfina olhou para ele sem entender, pois não tinha doces.
Rodrigo realmente estendeu a mão pedindo: "Princesinha, me dá um."
"… Acabaram." - Delfina disse.
O grupo de automóveis seguiu para leste, chegando ao acampamento Colina Estrelada mais de uma hora depois.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...