Materiais de isolamento acústico garantiram que as cabines do navio fossem absolutamente silenciosas, mais luxuosas do que qualquer hotel.
Delfina ficou sentada na beira da cama por um momento, sem nenhum sinal de sono, decidindo sair para tomar um pouco de ar fresco.
Naquela época do ano, o mar ainda estava frio, mas a água da piscina estava surpreendentemente quente.
Seu corpo esguio se movia como um peixe ágil, nadando livremente pela água.
Depois de várias idas e vindas, cansada, ela flutuou de costas na superfície, observando o intenso e profundo céu azul da noite.
Ela se deixou afundar lentamente na água.
Todos os sons do mundo foram silenciados, e a flutuação a fez sentir-se envolvida por uma suave tranquilidade, como se estivesse sendo acolhida e protegida.
Thales Dantas significava tanto para ela quanto aquela massa de água.
Ela tentou imaginar: e se naquele dia, quando ela estava chorando desconsoladamente na rua, Thales não tivesse parado? O que teria acontecido?
Teria sido sequestrada por malfeitores ou encontrada por outro benfeitor?
Se Thales não a tivesse resgatado da Família Holanda, ela teria sido deixada à própria sorte, tornando-se uma pessoa com uma personalidade distorcida, ou talvez tivesse morrido naquela casa abandonada sem que ninguém soubesse?
Nesta noite sem lua, talvez todos se sentissem aliviados e felizes se ela desaparecesse.
Quando sua respiração chegou ao limite, Delfina emergiu, limpando a água do rosto, apenas para encontrar um homem na borda da piscina deserta.
Xander Zamith, com seus olhos brilhantes, olhava para ela: "Veio nadar tão tarde da noite, está se sentindo sozinha e não consegue dormir?"
Delfina perdeu o interesse instantaneamente, nadando para o outro lado para sair da água.
Ela havia decidido nadar apenas porque havia discutido com Alfredo e estava se sentindo mal, um impulso repentino, sem nem mesmo trocar de roupa.
O vestido preto grudou em seu corpo molhado e, quando ela se abaixou para pegar uma toalha, Xander sentiu seu sangue ferver.
Ela não era voluptuosa, tinha um corpo esguio com cintura fina, mas isso não impedia que as curvas certas fossem acentuadas, com tornozelos delicados e pele macia por todo o corpo.
Delfina enrolou a toalha em torno de si, pronta para entrar na cabine, mas Xander contornou a piscina e agarrou seu pulso firmemente.
"Seu irmão está muito ocupado com a Adélia para se preocupar com você. Quando ele chegar aqui, eu já terei terminado."
"Você acha que, mesmo que consiga o que quer hoje, ele vai te deixar em paz amanhã?"
"Hoje eu vou me divertir, e amanhã é outro dia!"
As ações de Xander eram mais desprezíveis, aprontando até coisas piores lá fora. Enquanto seu avô estivesse vivo, ninguém poderia tocá-lo.
Thales era um homem educado, ao contrário de Alfredo, que agia impulsivamente. Xander sabia bem disso, mesmo no território de Thales. Mesmo que Thales quisesse matá-lo no dia seguinte, seu avô estaria lá para protegê-lo.
No máximo, ele levaria outra surra. Por isso, ele aproveitaria o momento primeiro e pensaria nas consequências depois.
Delfina usava mãos e pés para golpear Xander, mas, recém-saída da piscina e descalça, seus delicados pés acertaram a perna dele, provocando-lhe mais prazer do que dor.
Ela lutou com todas as suas forças, mas foi facilmente dominada por Xander. A disparidade de força entre homens e mulheres a deixou completamente desesperada naquele momento.
Instintivamente, ela virou a cabeça na direção da cabine, esperando que alguém a notasse, mas no imenso iate, ninguém podia ouvir o que acontecia ali.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...