Ardente Como O Sol romance Capítulo 44

Eraldo gastou uma fortuna e um bom tempo tentando agradar o diretor responsável pela divisão de drones do Grupo Escudo Nuvem, achando que a parceria estava quase fechada, mas, de repente, o careca parou de atender suas ligações.

Esse era o projeto que ele havia apresentado à Tecnologia Estrela Soberana e, sem ele, não teria conseguido se firmar na empresa. Nos últimos dias, a ansiedade o consumiu a ponto de causar-lhe aftas. Foi somente quando as pessoas da Tecnologia Estrela Soberana começaram a zombar dele que ele soube que o Grupo Escudo Nuvem já havia assinado um contrato com a Neve Voadora.

Ele acabara de receber uma intimação judicial, e a Neve Voadora havia contratado um dos advogados mais renomados do setor para processá-lo.

Depois de perder tanto, ele soube que o careca estava almoçando aqui e veio especialmente para confrontá-lo. Mas, para sua surpresa, ele deu de cara com Delfina.

"Vai saber no que você está se apoiando!" - Eraldo descarregou toda a sua frustração em Delfina: "Ouvi dizer que a Família Holanda nem te reconhece como filha, que te mandaram para ser criada por outros. Seu pai iria te ajudar?"

"Glória se esforçou tanto e não conseguiu fechar esse contrato, e você, em apenas alguns dias de volta, já conquistou o Alfredo. Aposto que dormiu com ele!"

As pessoas ao redor olhavam estranho, mas Delfina permaneceu impassível: "Isso é problema seu?"

Eraldo ficou furioso, com sua amargura transparecendo: "Ser bonita realmente resolve tudo, não é? Basta abrir as pernas e todos os seus problemas desaparecem."

Essas palavras ofensivas fizeram Delfina franzir a testa, e ela respondeu friamente: "É melhor você tomar cuidado com o que diz, ou vou processá-lo por difamação."

"Você acha que estou com medo? Que difamação? Se você não dormiu com ele, por que Alfredo mudaria de ideia desse jeito? Deixando de lado uma grande empresa como a Tecnologia Estrela Soberana para assinar um contrato com uma pequena empresa à beira da falência, recusando o que é de graça para pagar caro. Ele é louco, estúpido ou tem algum problema na cabeça?"

Quando ele elevou ainda mais a voz, cheio de raiva, um som de "ding" interrompeu sua fala.

As portas do elevador à sua frente se abriram e Alfredo apareceu inesperadamente na sua frente.

Sua voz calma e desinteressada perguntou: "Surpreso?"

Eraldo ficou mudo instantaneamente, como se tivessem cortado sua língua.

Delfina virou-se surpresa, seguindo o olhar assustado dele.

O herdeiro da poderosa Família Dutra, que cresceu sob uma aura de domínio e arrogância, não escondeu seu desprezo: "Mesmo que eu o tenha enganado, o que você pode fazer? Você não é nada para mim."

Eraldo, mesmo sendo um jovem de destaque, viu seu rosto ficar vermelho de vergonha ao ser humilhado publicamente: "Ser um Dutra é tão especial assim?"

Alfredo deu um sorrisinho irônico: "É sim, especial. Por que, você também quer ser um Dutra? Chama de 'pai' que eu te adoto como meu afilhado, até porque seu avô está em casa doido para mimar um neto."

"Haha..."

Um jovem ao fundo não conseguiu segurar o riso, fazendo com que Eraldo lançasse um olhar furioso em sua direção, ao que o outro rapidamente tentou controlar sua expressão: "Desculpe."

Delfina, por sua vez, teve uma visão indesejada de Eraldo com uma chupeta na boca, aconchegado nos braços do General Dutra...

Ela apertou os lábios, esforçando-se para manter uma expressão serena.