Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 747

Naquela noite, ninguém iria embora. Todos permaneceriam do lado de fora do quarto, em vigília.

Ficar esperando sem fazer nada não adiantava, então Ademir mandou trazer alguma comida.

— Karina, coma alguma coisa.

— Daqui a pouco. — Karina assentiu com a cabeça.

Se apoiando em Patrícia, Karina se levantou:

— Patrícia, me acompanha até o banheiro?

— Claro. — Patrícia a amparou e foram juntas.

Quando voltaram, Ademir tentava convencer Vitória:

— Coma um pouco, ok?

— Não consigo. — Vitória balançou a cabeça, os olhos vermelhos.

— Mas tem que comer alguma coisa. — Disse Ademir. — Para sua ferida cicatrizar, você precisa de nutrientes.

Enquanto falava, ele abriu um sanduíche e o estendeu para Vitória.

— Toma.

Vitória o pegou, com lágrimas nos olhos, respirou fundo duas vezes e murmurou:

— Eu realmente estou sem apetite.

— Então coma só um pouco...

Karina observava tudo com frieza. Com o apoio de Patrícia, caminhou até o banco comprido e se sentou.

Assim que a viu, Ademir se apressou para se levantar e ir até ela.

— Patrícia. — Karina estendeu a mão na direção da marmita ao lado. — Vê aí para mim? Queria comer arroz.

Patrícia deu uma olhada:

— Tem arroz.

— Então me ajude com isso, por favor.

— Aqui. — Patrícia lhe entregou a marmita.

Sem precisar de ninguém insistindo, Karina aceitou e deu uma boa colherada no arroz.

— Tome um pouco. — Patrícia logo lhe serviu uma caneca de sopa, aproximando ela dos lábios de Karina. — Devagar, cuidado para não se queimar.

— Tá bom.

Ademir ficou parado de lado, completamente sem utilidade.

Vitória, por outro lado, soltou uma risada fria, repleta de sarcasmo:

— Você realmente não tem coração, hein? Numa hora dessas, ainda consegue comer?

Ele então olhou para Vitória e respondeu com esforço, tentando manter o controle:

— A Karina também está sofrendo por dentro. Não fale dela desse jeito.

Com os olhos fechados, Karina curvou levemente os lábios num sorriso irônico.

Ademir se virou novamente. Com medo de que ela ainda estivesse com frio, tirou o próprio casaco e tentou cobri-la.

— Não quero. — Karina abriu os olhos de imediato, jogando o casaco dele de lado com uma expressão de puro desdém. — Está pesado, é desconfortável.

— Entendi, então vou tirar. — Ademir respondeu com extremo cuidado, como se temesse irritá-la novamente. — Quer que eu peça para abrirem um quarto para você?

Mesmo que não fosse o procedimento comum do hospital, se quisesse, ele daria um jeito.

— Não precisa. — Karina recusou mais uma vez. — Você não precisa se preocupar comigo. Só a Patrícia já é o suficiente.

Ademir ficou paralisado. O que ela queria dizer com isso?

Mas Karina já havia fechado os olhos, recusando qualquer tipo de conversa. Ele não teve coragem de insistir, apenas guardou o incômodo no peito.

A noite avançava. Vitória encolhia os braços contra o corpo, esfregando-os para espantar o frio.

Ademir percebeu e, com o casaco que Karina havia rejeitado, se aproximou e o entregou a ela:

— Se cubra com isso.

— Obrigada. — Vitória esticou o braço para pegar o casaco, mas, como ainda estava com dificuldades no braço esquerdo, o gesto foi penoso.

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