Karina estava irredutível:
— Se você não me levar, então também não vai.
Ademir não sabia como lidar com aquilo. Cerrou os dentes e respondeu:
— Tá bom. Mas você só pode ficar no carro! Aconteça o que acontecer, me promete que você e o bebê não vão se machucar!
— Prometo.
Entraram no carro e seguiram para o endereço que Vitória havia enviado.
Era um prédio localizado na região oeste da cidade.
Quando o carro parou diante do edifício, Vitória já havia chegado. Ela desceu de seu veículo e acenava na direção deles.
Naquele dia, ela não estava usando cadeira de rodas. Na verdade, suas pernas nunca estiveram comprometidas, e, com o novo tratamento, as queimaduras já tinham cicatrizado em grande parte.
Assim que estacionou, Ademir se abaixou e envolveu Karina nos braços:
— Fique aqui esperando por mim. O Tiago só quer dinheiro. Eu resolvo isso rapidinho e volto.
— Tá bom.
— Boa menina. — Ademir soltou ela e saiu do carro.
— Ademir! — Vitória correu até ele, lançou um olhar em direção ao banco de trás e esboçou um sorriso torto. — A Karina também veio?
— Sim. — Ademir não escondeu. — A gente acabou de visitar a maternidade.
Mas ele não tinha intenção de se alongar naquele assunto:
— Em que andar ele está?
— Sétimo.
Ademir lançou um olhar para trás. Júlio, Enzo e os seguranças do Grupo Barbosa assentiram ao mesmo tempo.
— Vamos!
Todos entraram no prédio. Antes mesmo de alcançarem o sétimo andar, ouviram o choro desesperado de Eunice:
— Tiago! Como você teve coragem de me tratar assim?! Você gastou todo o meu dinheiro! Nosso filho acabou de morrer, era seu filho também! E agora você me trata desse jeito... Você vai acabar comigo!
— Pare de chorar! — Disse Tiago, com frieza e crueldade. — Ainda tem coragem de falar em filho?! Foi você quem matou aquela criança!
A fúria de Tiago só aumentava:
— Na minha família, todos têm filhos homens, e você me deu uma menina! Todos esses anos e ainda não deixou minha filha me reconhecer como pai! Agora que você estava grávida de novo, nem conseguiu segurar a criança! E ainda tem coragem de chorar?!
— Você... — Eunice o encarava com olhos arregalados, tomada de medo, sem conseguir terminar a frase.
— O que tem eu?! — Gritou Tiago. — Assim que eu conseguir esse dinheiro, vou embora daqui, casar com outra e ter um filho homem! Você, hein... Só serviu para isso mesmo!
Originalmente, ele ainda tinha esperanças de conseguir uma parte da herança da família Costa através de Eunice, mas agora isso era impossível.
— Chegaram!
Ademir ainda assim assentiu:
— Está certo.
Antes de vir, já haviam se preparado.
Júlio estava providenciando o dinheiro no caminho. Felizmente, a quantia exigida por Tiago não era alta, caso contrário, seria difícil reunir tanto dinheiro em espécie em tão pouco tempo.
— Segundo irmão, está a caminho.
— Ótimo. — Ademir assentiu e olhou para Tiago. — Ouviu?
— Muito bem, Sr. Ademir! — Tiago ficou eufórico, não esperava que tudo corresse tão bem.
Ele não conseguiu evitar pensar: será que eles aceitaram tão rápido porque ele pediu pouco demais?
Não importava. Enquanto Eunice e Vitória estivessem por perto, ele não precisava se preocupar, haveria uma próxima vez.
Pouco depois, alguém apareceu no andar de baixo, trazendo uma mala com senha, que foi entregue ao Júlio.
Júlio a pegou, pronto para entregá-la a Tiago.
— Espera aí! — No entanto, Tiago o impediu. — Não quero que você traga até aqui!
Tiago apontou para Vitória:
— Vitória... Você, você traz a mala até aqui!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...