Karina fechou os olhos:
— Me solte.
Ademir, naturalmente, não quis soltá-la:
— Karina, você pode ficar brava, me bater, me xingar, mas não me ignore, por favor.
Ele estava sendo bastante gentil.
Mas Karina ainda não teve muita reação:
— Me solte, estou um pouco cansada, quero deitar um pouco, não quero conversar.
— Tudo bem, eu te levo. — Ademir estendeu o braço, pegou-a no colo e a levou para o quarto principal, colocando-a na cama.
Ele, no entanto, não saiu, ficando ao lado da cama.
— Saia. — Karina piscou.
— Eu vou ficar com você.
— Não precisa. — Karina balançou a cabeça. — Com você me olhando assim, eu não consigo dormir.
Não conseguia dormir?
Ademir franziu a testa, Karina estava brava com ele.
Eles dormiram na mesma cama, ele só estava olhando para ela, como ela não conseguiria dormir? Ela não queria vê-lo, provavelmente.
— Karina...
A campainha tocou nesse momento, era Wanessa, que veio trazer o jantar ao ver que eles haviam voltado.
Ademir teve que parar, soltando-a:
— Vou atender a porta.
Ele foi pegar o jantar e, em pouco tempo, voltou.
Karina mudou de posição na cama, parecendo já estar dormindo.
— Karina. — Ele se sentou ao lado da cama, tocou seu rosto e disse baixinho. — Levante-se e coma um pouco, depois você pode dormir de novo.
Karina não reagiu.
— Karina?
Irritada com os chamados, Karina franziu a testa e abriu os olhos:
— Não consigo comer, vá você, eu quero dormir.
Dizendo isso, fechou os olhos novamente.
Não conseguia comer porque estava brava?
— Não pode ser. — Ademir tentou acalmá-la com suavidade. — Dormir de estômago vazio não é bom. Seja boazinha, coma um pouco.
— Karina! — Ele rapidamente puxou uma cadeira e se agachou na frente dela. — Não chore, a culpa é minha, você pode me bater, me xingar, mas não se machuque.
Karina levantou os olhos, cheios de lágrimas.
— Não, a culpa é minha. — Ela disse. — Eu prometi a você, mas fiquei brava porque você se atrasou por causa dela e não pôde vir. Eu fiquei muito brava.
Karina virou o rosto, as lágrimas continuavam caindo.
— Eu não sou tão generosa quanto pensei, estou brava comigo mesma, como posso ser assim?
Ademir ficou com o coração partido.
Quando Karina chorava, o mundo de Ademir ficava nublado.
Mas, no fundo, ele não conseguia deixar de se sentir feliz.
Levantou-se e a abraçou, segurando seu rosto:
— Karina, você se importa comigo.
Karina ficou surpresa, sem dizer nada.
O homem riu, deslizando os dedos pelo rosto dela:
— Você é maravilhosa assim, eu gosto muito. Karina, eu gosto que você se importe comigo.
Karina arregalou os olhos, ele abaixou a cabeça e a beijou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
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