Encostada em seu abraço, Karina foi aos poucos se acalmando.
A preocupação ainda permanecia, mas o medo... Esse já havia diminuído consideravelmente.
Ela precisava admitir, Ademir realmente possuía esse tipo de poder, algo forte e seguro.
Após muito tempo, Karina empurrou o homem suavemente, sua voz rouca ao falar:
— Levanta.
— Só mais um pouco.
Era difícil conseguir abraçá-la, e agora, depois de tão pouco tempo, parecia insuficiente.
— Você... — Karina se irritou com ele, empurrando ele com mais força. — A água esfriou!
— O quê? — O homem acordou com um pulo, soltando ela apressadamente.
Se agachou à sua frente, pegou uma toalha seca ao lado e, com muito cuidado, começou a enxugar seus pés.
— Desculpe, desculpe, eu esqueci. — Ele falou com carinho. — Não fique brava, na próxima vez eu vou prestar mais atenção.
Karina virou o rosto, ignorando ele.
Ele não se apressou. Pegou o pé já limpo e o beijou gentilmente.
— Ademir! — Karina ficou irritada. — Você gosta dos pés de outras pessoas, é?
— O quê? — O homem levantou uma sobrancelha, rindo despreocupado. — Essa é uma forma de ver as coisas.
O rosto de Karina ficou vermelho.
Ela deu um empurrão nele.
Depois de jantarem juntos, Ademir ficou até às 22 horas, hora de Karina se preparar para dormir.
Ela olhou para ele, já começando a indicar que era hora de ele ir embora.
— Eu estou com sono.
Ademir sorriu sem muita vontade, dizendo:
— Eu ainda não tenho a "qualificação" para ficar aqui, certo?
— E você acha o quê? — Ela o olhou, questionando. — Qual homem, quando está cortejando uma mulher, fica na casa dela no primeiro dia?
Karina o olhou, e então perguntou:
— Será que sou tão fácil de conquistar assim?
— Claro que não. — Ademir respondeu sério. — O simples fato de você ter concordado em me deixar conquistá-la já é motivo de grande felicidade para mim.
Ademir não queria soltá-la, segurava a mão dela com firmeza.
— Me acompanha até a porta, por favor?
Bem, esse pequeno pedido, ela ainda poderia atender.
Karina foi até a porta, com a mão de Ademir na sua, e a soltou, empurrando ele levemente.
— Vai logo.
— Está bem, eu vou. — Ademir parecia relutante em partir, estendendo a mão para acariciar a face dela. — Hoje... Não estou sonhando, estou?
Karina tinha aceitado seu pedido, aceitado sua corte, certo?
— Ademir, Ademir.
Como se estivessem conectados por um fio invisível, Ademir, do lado de fora, também ergueu a mão, encostando ela na porta.
As palmas de suas mãos, separadas apenas pela madeira da porta, se tocaram.
O homem também murmurou:
— Karina, Karina.
Desde que se conheceram até aquele momento, mais de seis meses haviam se passado, e naquela noite, parecia que, finalmente, seus corações estavam unidos, batendo juntos.
...
Quando desceu as escadas, Ademir estava radiante, seu corpo inteiro, até os fios de cabelo, exalando felicidade.
Enzo e Bruno haviam ido buscá-lo.
Os dois irmãos se entreolharam, e Bruno, sempre o mais direto, falou:
— Irmão, está tão feliz assim? Você e a Karina se resolveram?
Ademir olhou para Bruno e deu um tapinha em seu ombro:
— Às vezes, você é mais esperto que seu irmão.
Os dois irmãos, ao perceberem o que estava acontecendo, sorriram, sem mais dúvidas:
Finalmente, seu irmão tinha vencido!
— Não é fácil, hein, Karina realmente é difícil de conquistar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...