— O bebê não tem nada de grave, o problema é você. Já teve episódios de perda temporária da visão, e se isso continuar... Bem, você é médica, entende que as coisas nunca são absolutas...
— Eu entendo. — Karina assentiu com a cabeça.
Cada corpo reage de forma diferente, e ninguém pode prever exatamente como as coisas irão se desenvolver.
— Obrigada.
— De nada.
Ao sair do hospital, Karina estava pálida.
Ela abaixou a cabeça, levantou a mão lentamente e a colocou suavemente sobre a barriga.
No começo, ela não queria manter a gravidez.
Durante esses meses, o bebê também lhe causou muitas dificuldades.
Mas agora, com o bebê já tão grande...
Ela podia sentir os batimentos cardíacos dele, e ele brincava dentro de sua barriga...
A conexão sanguínea era algo muito delicado.
Karina já havia se preparado para receber esse filho neste mundo.
Apesar das dificuldades, seus planos para o futuro incluíam Catarina, mas também o bebê!
Mas como as coisas haviam chegado até aqui?
O que ela deveria fazer?
Como poderia desistir agora, quando o bebê já estava tão formado? Ele já era uma pessoa!
Toda a dificuldade que ela havia enfrentado até agora, tudo o que passou, para desistir nesse momento...
Mas, se não abandonasse a criança, ela própria estaria em risco...
A perda de visão poderia até se tornar mais grave...
Karina fechou os olhos com força.
Então, ela se lembrou de Ademir.
Finalmente entendeu por que ele, de repente, pediu para que o hospital suspendesse o seu trabalho.
Ademir fez isso para que Karina pudesse cuidar da gravidez com mais tranquilidade!
Ele estava se preocupando com ela e com o bebê, tanto quanto com ela mesma.
Até mesmo para que ela pudesse se concentrar em cuidar do bebê, ele nunca mencionou isso na sua frente durante todo esse tempo!
Se Karina não fosse médica, e não tivesse uma sensibilidade profissional, ele poderia ter continuado escondendo isso dela...
Karina abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada de imediato.
Então, finalmente, falou:
— Já está tarde, eu vou dormir.
— Tudo bem, durma bem, boa noite.
— Boa noite.
Provavelmente devido aos hormônios da gravidez, assim que desligou o telefone, Karina segurou o celular com as mãos trêmulas e se deitou no sofá, chorando baixinho.
Ademir não sabia, não sabia que o filho era dele!
Mas, mesmo sem saber, ele se importava tanto com ela e com o bebê!
E se Ademir soubesse que o bebê era dele?
Poderia até imaginar o quanto ele o amaria!
O que ela deveria fazer?
Talvez, como Patrícia disse, seu marido, o homem de quem ela gostava, agora tivesse uma nova relação com ela: ele era também o pai biológico de seu filho!
Por que ela deveria permitir que outro ficasse com ele?!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
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